Monday

Paganini – Medicine Man (2008) – PaZouZou / GerMusica

Marco Paganini já foi vocalista dos Britânicos Tygers Of Pan Tang e dos Alemães Viva. Depois de deixar os Viva, embarcou numa carreira solo, na qual já trabalhou com diversas nomes da cena Hard Rock. Hard Rock melódico de influências Glam e Blues Rock é o que ouvimos nos 11 temas de “Medicine Man”. Nada de original por aqui, soa até datado. Parece que ainda há pessoal que ficou agarrado aos 80s. Não que isso seja mau mas, uma modernização do som não fazia nada mal ao senhor Paganini. A voz faz-me lembrar uma fusão entre Alice Cooper, Tom Keifer (Cinderella) e Jesper Binzer (D.A.D.). Isto já foi feito nos 80s. Para efeitos de saudosismo, eu prefiro ouvir os originais. Para trintões fãs de Alice Cooper (fase Trash / Hey Stoopid), D.A.D., Cinderella, Ramones, Guns ‘N’ Roses, Poison, Quiet Riot ou White Lion, por exemplo, e que viveram a era Glam Rock. 50% http://www.paganini.ch/ / http://www.germusica.com/
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Charing Cross – We Are… Charing Cross (2008) – Metal Heaven

Apesar de terem tido uma breve existência nos 80s e, após isso, uma reformulação em 1993, só em 2008 é que estes Suíços vêem a sua estreia em disco. Produzido pela própria banda, este “We Are… Chring Cross” inclui 12 temas de Hard ‘N’ Heavy com muito Groove, forte, melódico e com boa onda. Infelizmente, o que nos oferecem não é muito original e já foi feito inúmeras vezes por outras bandas. E com resultados bem mais positivos. Mas não me interpretem mal, o que aqui está é bom, mas não atinge a meta do genial. Nem de longe. Alternam entre os temas de Hard Rock mais melódicos e groovy e os temas mais rápidos de Heavy Metal (com algumas tendências Power). Como não podia deixar de ser, a famigerada “power ballad” também marca presença. Pretty Maids, Stratovarius, Europe, Victory, Ratt ou Edguy são nomes a ter em conta quando se fala dos Charing Cross. Ouve-se bem mas acaba por se esgotar rapidamente. Para os completistas e fãs “diehard” do género. 65% http://www.charing-cross.ch/ / http://www.metalheaven.net/
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Dreamtide – Dream And Deliver (2008) – AOR Heaven

Este é já o terceiro disco dos Germânicos Dreamtide e o primeiro para a AOR Heaven. A banda inclui músicos que tocam ou tocaram com Fair Warning, Scorpions ou Uli John Roth. Hard Rock melódico de tendências AOR é o que nos oferecem nestes 14 temas (são 70 longos minutos de música). Excelentes músicos, uma voz fantástica, melodias cativantes, refrões cantaroláveis, tudo faz as delícias do amante deste tipo de sonoridade. Os Dreamtide apostam naquele típico formato de canção que já fazia falta. Hoje em dia todos querem demonstrar uma técnica instrumental exacerbada, com aquelas tendências progressivas, e acabam por se esquecer do mais importante: a canção em si. Gostei do que ouvi mas, como já disse, o álbum é muito longo e peca por isso mesmo. Os “velhinhos” 40 minutos servem o seu propósito. É mesmo necessário encher o CD ao máximo? Então incluam alguns extras em formato multimédia, se a intenção é agradar o consumidor (leia-se: os desgraçados dos fãs que pagam balúrdios por um CD em detrimento de o “baixar” da net). São muitos temas que acabam por saturar e, principalmente, porque a maior parte dos temas alinha na power ballad melosa. Queremos mais “rockers” e menos “ballads”! Para fãs de Scorpions, Whitesnake, Europe, Pretty Maids, Survivor ou Helloween (na sua faceta mais Hard Rock). 65% http://www.dreamtide.de/ / http://www.aorheaven.com/
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Fuck The Facts – Disgorge Mexico (2008) – Relapse

Novo trabalho para os canadianos Fuck The Facts. Estes inserem-se num conjunto de bandas da nova cena extrema que faz a fusão de estilos como Grindcore, Crust, Hardcore, Sludge, e tudo o mais que vier à rede. Vale tudo para criar um som extremo mas original (ou com intenções disso). Isto pode ser bom ou pode ser mau. Pode resultar ou não. Depende sempre da banda em questão, da sua motivação, das suas capacidades musicais, da percentagem de cada estilo adicionada à mistura, entre outros factores. E os Fuck The Facts? Não são propriamente novatos, mas também não são veteranos. Não conheço muito bem o corpo da sua obra mas, pelo que ouço neste novo “Disgorge Mexico”, as variáveis acima referidas verificam-se pela positiva. Há capacidades instrumentais, boas ideias bem encaixadas, atitude, espírito. Alternando entre o Grind mais desenfreado, o groove de orientação Sludge / Crust ou passagens mais experimentais, a música dos FTF é tudo menos monótona. Não é das minhas favoritas nesta linha mas é uma boa opção em detrimento de inúmeras bandas com uma tendência mais Metalcore / Deathcore. Estes fogem mais para o lado Grind / Gore / Experimental. Para fãs de nomes como Brutal Truth, Nasum, Misery Index, Converge, Botch, Job For A Cowboy, Gorerotted, The Black Dahlia Murder, The Red Chord, Tragedy ou Integrity. 75% www.myspace.com/fuckthefacts / http://www.relapse.com/ / www.myspace.com/relapserecordseurope
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