Thursday

Nailed Skull (netlabel): V/A Nails To Your Skull + Requiem Laus

Mais uma netlabel a surgir no panorama nacional. Esta é dirigida para as sonoridades de peso. Para já a Nailed Skull tem duas edições virtuais, uma colectânea chamada "Nails To Your Skull", que contém 21 bandas de diversas proveniências (maioritariamente Portuguesas), e uma promo de 2006 dos Madeirenses Requiem Laus.
Já agora, através do website dos Requiem Laus também podem fazer o download da referida promo e das duas maquetes anteriores.

Nailed Skull: www.nailedskull.com
Requiem Laus: www.requiem-laus.com

V/A "Nails To Your Skull": www.nailedskull.com/nailedskull001.htm
Requiem Laus "Promo 2006": http://www.nailedskull.com/nailedskull002.htm

Bons downloads!

V/A - Falésia (2007)

A netlabel Portuguesa Enough, em associação com a revista Elegy Ibérica apresentam "Falésia", uma compilação tripla de dark ambient inteiramente constituida por contribuições de projectos musicais de origem Portuguesa. Serve esta compilação, disponivel para download gratuito no site da Enough, como demonstração da diversidade, quantidade e qualidade do dark ambient e géneros circundantes que se produzem e ouvem em Portugal do ano 2007.
O link da Enough, onde podem baixar muito mais música electrónica, completamente gratuita: http://enoughrecords.scene.org/

Samuel Jerónimo – Rima (2006) – Thisco

Já li várias críticas a este disco (e ao anterior de Samuel Jerónimo) e todas elas são verdadeiros ensaios filosóficos. Os críticos de música dão o gosto ao dedo e escrevem e descrevem o que o comum dos mortais não quer, nem consegue perceber. A sensação que dá ao ler esse tipo de críticas é que, a música em revisão, não está ao alcance de qualquer um. Como se os discos e a música neles contidos fossem representados por essas mesmas palavras. A música (como outro tipo de arte) é uma linguagem universal e não é necessário nenhum tipo de explicação racional e/ou filosófica para a entender e sentir. Todas as pessoas têm a sua reacção única à arte, seja ela música, pintura, escultura, literatura, etc. Posto isto, passo a fazer a minha crítica, simples e directa, apenas para dar a conhecer ao leitor o que é que está contido em “Rima”, em termos musicais e de temática geral. Assim, o leitor fica logo a saber se está no seu território no que diz respeito aos gostos musicais, ou não! E se não é seu género musical, pode ser que fique curioso com o conceito inerente à obra.“Rima” é a segunda parte de uma trilogia (Trilogia da Mudança) iniciada em “Redra Ända Endre De Fase” (Thisco 2004) e que terá fecho com o próximo “Ronda” (título provisório). Em “Rima” temos 4 faixas, todas intituladas “Verso” (e numeradas de 1 a 4), em cerca de 44 minutos de duração. As faixas ímpares são exercícios de minimalismo electro-acústico / ambiental / industrial que contrastam com as faixas pares, as quais são peças clássicas executadas ao órgão. Existe portanto, em primeira análise, uma rima alternada, isto pensando no sentido de um poema escrito, no qual os versos ímpares fazem uma rima, assim como os versos pares também o fazem entre si. Numa segunda análise existe uma certa dicotomia entre o passado, a herança cultural / musical, as tradições (representadas pelas faixas pares) e o progresso, a sociedade moderna, a evolução (representadas pelas faixas ímpares). No livrete que acompanha o CD, Samuel Jerónimo explica o sentido desta dicotomia musical e “temporal”, a qual, se adquirirem o CD, poderão ler. Depois de lida a explicação do Samuel, ouvido o disco, e tirado as minhas conclusões, a minha simplista análise e resumo da ideologia de “Rima” pode resumir-se do seguinte modo: a interligação do passado com o presente, e do presente com o futuro (e este por sua vez ao passado), sem apagar o que se fez no passado com a criação da nova arte, incorporando-a isso sim, e acumulando numa mesma obra várias estéticas distanciadas entre si pelo tempo (e pelas próprias diferenças inatas). Isto daria muito mais “pano para mangas” mas, como já referi, leiam a explicação incluída no livrete do CD, depois ouçam o disco e tirem as vossas próprias conclusões. Gostei muito mais da música e conceito deste disco do que do anterior (também com os seus pontos de interesse), o qual é, a par com a faixa “Fuga Transfigurada”, o meu trabalho de eleição de Samuel Jerónimo. Uma obra avantgarde / modernista / pós-modernista, criada por um jovem músico Português que já deu provas da sua genialidade musical, e que recomendo vivamente a mentes abertas. RDS
90%
Thisco: www.thisco.net
Samuel Jerónimo: http://jeronimosamuel.no.sapo.pt

In Tempus – Luna Sapiens (2007) – Thisco

In Tempus é um projecto que foi formado em 2003 por David Reis (ex-guitarrista de Phantom Vision) e que inclui Pedro Morcego (Phantom Vision), Jorge Oliveira (Secrecy), André Ventura (Roncos Do Diabo), Elisabete Barros, Pedro Antunes, entre outros. A música dos In Tempus vai beber tanto à música tradicional Portuguesa como à música de origem medieval e ao Gótico, transportando-nos no tempo até outras eras, neste território hoje apelidado de Portugal, às antigas tradições e heranças Lusas, através de poesia, cânticos, mas sempre com uma toada intervencionista. Uma espécie de “Cantigas de Escárnio e Maldizer” do século XXI. Para levar a cabo esta tarefa utilizaram instrumentos acústicos e tradicionais como a guitarra Portuguesa e clássica, piano, além dos habituais instrumentos do formato de banda (guitarra eléctrica, baixo, bateria), aliados a uma componente electrónica. Existe no entanto uma certa dicotomia tradição / progresso, o que se consegue através dessa fusão de elementos tradicionais e instrumentos acústicos com elementos modernos (electrónica). Gostei do que ouvi, mas torna-se um pouco monótono a partir do meio do disco. Falta qualquer coisa, não sei o quê! Ainda assim, uma boa aposta que pode agradar a apreciadores de música tradicional Portuguesa, Folk e Gótico. Uns pontos acima do projecto Megafone e do que João Aguardela tentava fazer nessa altura. Não é uma obra-prima imaculada, mas a ideia é bem-vinda neste mar de marasmo que é a música Portuguesa hoje em dia; e um segundo disco irá confirmar se o projecto tem pernas para andar, ou se irá ficar apenas por este registo. O único senão para já é a apresentação, uma simples capa a branco e preto com o logotipo da banda e o título, isto a adornar uma simples invólucro de cartão, acompanhado por um livrete fotocopiado. Um trabalho destes merecia um trabalho gráfico e de apresentação muito mais cuidado! Falta ainda referir que este disco é dedicado à preservação do Lobo Ibérico. RDS
75% (+)
Thisco: www.thisco.net
In Tempus: www.myspace.com/intempus

Sci-Fi Industries – Drafts And Crafts (2007) – Thisco

Para quem ainda não conhece o projecto, ou não está ao corrente das novas sonoridades electrónicas que se vão fazendo em Portugal, este é o projecto individual de Luis van Seixas, membro fundador da Thisco. “Drafts And Crafts” é, e não é, o 4º álbum de Sci-Fi Industries. Passo a explicar. Esta rodela prateada feita de acrílico, alumínio e policarbonato inclui temas novos e remisturas de temas de discos anteriores e serve o lançamento para comemorar 10 anos de Sci-Fi Industries. Além dos temas novos / originais, temos aqui as colaborações / remisturas de Xotox, Shhh…, [F.e.v.e.r.], Ah-Cama Sotz, Mimetic, Mikroben Krieg, Flint Class e Structura. Lida-se aqui com electrónica de cariz “artesanal” ou “old-school” em termos de composição e gravação (nada de PC ou Mac) mas contemporânea, moderna, actual, urbana, em termos de ambiência, expressão e resultado final. Ao longo das 16 faixas e dos 77 minutos de duração passa-se pelas várias vertentes da música electrónica, desde Ambiental, Minimal, passando por Power, Noise, algum Electro-Industrial e até mesmo algum Electro-Rock. As influências passam tanto pela electrónica mais primordial, experimental e pioneira de nomes como Iannis Xenakis (p.ex.), a década de 80 e nomes tão díspares como Gary Numan ou Throbbing Gristle, e as tendências mais modernas da década de 90 e século XXI. Tudo isto se deve ao facto das remisturas terem sido feitas por músicos e projectos das mais distintas proveniências geográficas e musicais, com diversas influências e aproximações nos seus trabalhos. O próprio Luís van Seixas deve ter diversas influências de várias décadas e géneros / sub-géneros da música electrónica, o que se reflecte na sua música. Gostei muito desta heterogeneidade que não deixa o disco cair na monotonia habitual neste tipo de registos. Há um pouco de tudo para os apreciadores de boa música de base e/ou inspiração electrónica. Gostei também muito da apresentação, a caixa, a capa, diferente da habitual caixa de CD e livrete interno. Porque não inovar também neste sentido? Não é obrigatório que os CDs venham nas mesmas caixas de sempre! Um registo interessantíssimo e que deve fazer parte da discografia de todo apreciador de música electrónica / avantgarde. RDS
90%
Thisco: http://www.thisco.net/
Sci-Fi Industries: www.myspace.com/scifiindustries

P.S. Também na comemoração dos 10 anos de Sci-Fi Industries, foi lançada uma compilação de 12 temas nunca antes editados chamada "Laocoonte", através da netlabel Enough, a qual podem baixar gratuitamente: ftp://ftp.scene.org/pub/music/groups/enough_records/enrmp115_sci_fi_industries_-_laocoonte.zip
Enough Records: http://enoughrecords.scene.org/

Wednesday

Monstrosity – Spiritual Apocalypse (2007) – Metal Blade Records

Mais um álbum para esta instituição do Death Metal Norteamericano. Depois de muitas mudanças de formação, mudanças de editora e outro tipo de problemas, eis que surge como manifesto de indignação e teimosia em não desaparecer este “Spiritual Apocalypse” através da Metal Blade. Aqui trata-se do mais puro Death Metal old-school de origem Norteamericana, sem fusões ou influências de outros estilos, por mais insignificantes que sejam. Brutal, técnico, rápido, com um certo groove e com alguma melodia (dentro dos parâmetros do Death Metal, claro!). São 10 novos temas num total de 46 minutos em que os veteranos demonstram que quem sabe, sabe, e que os anos de experiência contam, e muito! Um “must” para os amantes do género! RDS
88%
Metal Blade Records: www.metalblade.de
Monstrosity: www.monstrosity.us

Beyond The Sixth Seal – The Resurrection Of Everything Tough (2007) – Metal Blade Records

A sonoridade destes Beyond The Sixth Seal é uma amálgama de sons de diversas proveniências, mas sem soar heterogéneo, muito pelo contrário, há até uma certa homogeneidade em todo o álbum. Encontra-se aqui um pouco de tudo, passando por Death Metal, Thrash, Doom, Hardcore, Stoner, e inclusive algum psicadelismo dos 70s e toadas mais Funky, tudo sempre com muito groove, peso e alguma melodia. Apesar do grande sentimento de diversão e atitude descomprometida que o álbum transparece, nota-se que houve um grande cuidado na composição, nos riffs, nas melodias, nos ritmos. É notório o gosto e cuidado com que foi feito este disco mas mantendo sempre um pouco de naturalidade e descontracção. Até mesmo as letras são direccionadas para a curtição e para alguns temas típicos do Heavy Metal (mas numa vertente mais solta e menos séria), abordando temas como o “headbanging”, cerveja, lobisomens, dinosauros, coisas a explodir, coisas a levarem pontapés, ursos a comer pessoas, feiticeiros, vulcões, gigantes, Vikings, etc. A acompanhar a rodela cinzenta e como meio de apresentação imediata temos ainda uma capa fantástica! Falta ainda referir que este é o segundo álbum e que a banda inclui na sua formação dois membros de The Red Chord. Não é o disco que vai salvar o Metal, mas que dá um gozo enorme a ouvir, lá isso é verdade! RDS
80%
Metal Blade Records: www.metalblade.de
Beyond The Sixth Seal: www.beyondthesixthseal.net

Rwake - Leviticus (Relapse 2007)

Fiona At Forty – Bloodloss Is A Sport (2007) – Raging Planet Records

“Bloodloss Is A Sport” é o álbum de estreia dos Portugueses Fiona At Forty, através da também Portuguesa Raging Planet. O primeiro nome que vem logo à cabeça ao ouvir estes FAF é At The Dive-In. A extinta banda parece ter um lugar privilegiado nas discografias pessoais dos membros da banda Portuguesa. Mas não se ficam pela mera cópia, os FAF conseguem inserir na sua sonoridade outros elementos e influências. Emo, Rock, Hardcore, Screamo e algum Metal fazem a sua fusão nestes 10 temas, entre os quais se encontra uma versão de “My Funny Valentine”, um standard do Jazz, aqui devidamente transferido para o Universo Fiona At Forty. Som potente, limpo, com muita atitude e garra, um trabalho de composição cuidado, mas sempre com uma forte inclinação para os territórios da já referida banda de inspiração (não que isso seja mau, pelo contrário). Um pouco mais de rodagem ao vivo e de garagem podem trazer um segundo álbum com mais identidade. Falta ainda referir que o disco foi gravado nos estúdios Crossover pelo Sarrufo, local já habitual para as sonoridades mais pesadas, e de onde têm saído muito boas produções. Habitualmente, não sou grande apreciador deste tipo de sonoridades (os ATDI foram uma das poucas bandas a chamar-me a atenção) mas este disco até está bem feito. Muitos pontos acima do que algumas bandas fazem lá fora com muito mais sucesso de vendas, crítica e aceitação pelos fãs. É já mais que tempo para que as bandas Portuguesas consigam um lugar de relevo na cena musical internacional! E tudo começa cá dentro, com o apoio dos seus conterrâneos! RDS
80%
Raging Planet Records: www.ragingplanet.web.pt
Fiona At Forty: www.myspace.com/fionaatforty

Nem Truz Nem Muz - Apresentação / Entrevista

1 - Breve História:
O grupo “Nem Truz Nem Muz“ foi formado em 1992 pelos músicos Fernando Guerreiro e José Pacheco, com objectivo de divulgar a música tradicional portuguesa, a música portuguesa em geral, mas muito em particular a música anterior ao 25 de Abril de 1974.
Este grupo faz uma interpretação muito sua de todos os temas, emprestando-lhes sempre um som que lhe é próprio e que se identifica com os elementos do “Nem Truz Nem Muz”.
Este som caracteriza-se muito pela voz e pela forma como o seu vocalista principal interpreta os temas, pela mistura e diversidade de instrumentos usados, e pela força que a musica adquire impulsionada pela técnica musical dos elementos do grupo.

2 - Pontos Altos:
Este som em particular, tem feito com que alguns meios de comunicação internacionais tenham colocado o grupo “Nem Truz Nem Muz“ na sua programação, é o caso da rádio BBC internacional, que fez dois programas, um primeiro em 2002 e o outro em 2004 no programa “MUSICA SIN FRONTERAS” para o Serviço Latino-americano da BBC de Londres.
O grupo “Nem Truz Nem Muz” foi um dos quatro grupos apurados na vertente recriação, para a final do Festival Cantares de Abril que decorreu este ano em Almada.

3 - Discografia:

Místico
Este novo disco “Místico“ marca o princípio de uma nova faceta da vida do grupo “Nem Truz Nem Muz”.
Estamos assim a partir de agora, apostar mais na criação de temas inéditos e muito menos na divulgação da música tradicional portuguesa ou na recriação de temas relacionados com o cantar Abril.
Achamos que já fizemos o nosso trabalho nessa área e que agora é tempo de outras lutas.
Tudo o que aprendemos ao logo destes mais de vinte anos, é a base de sustentação deste nosso novo desafio.
Este primeiro disco desta nova fase e apenas instrumental, o que não quer dizer que os próximos trabalhos do grupo “Nem Truz Nem Muz” não sejam cantados.Neste disco encontramos a sonoridade que queremos.
Um som novo onde uma nova Guitarra Portuguesa tem um papel fundamental.
Fernando Guerreiro

Guitarra Só
Presentemente, a Guitarra Portuguesa está a passar por um processo de fusão musical.
É dentro desse processo de fusão musical e de inovação na composição para Guitarra Portuguesa que este trabalho "Guitarra Só" se situa, mostrando que há ainda muito que explorar na potencialidade da Guitarra Portuguesa, e que um instrumento que se quer vivo, tem que sofrer alterações, tem de se actualizar ao nível do repertório, e tem de deixar de ser um instrumento apenas nacional para se tornar num instrumento conhecido e tocado internacionalmente.

Acústico
Este trabalho do grupo "Nem Truz Nem Muz" é totalmente acústico, como o seu nome indica, apenas uma guitarra portuguesa, uma viola e uma voz gravadas de primeira como se ao vivo se tratasse, mostrando o trabalho destes dois músicos quando tocam juntos, nos hotéis do Algarve.

Ao Vivo
Trabalho Gravado em 2004 num espectáculo de comemoração dos 30 anos do 25 de Abril na Cidade de Lagos, com a participação dos músicos: Fernando Guerreiro – Guitarra Portuguesa – Bandolim – Braguesa, José Pacheco Voz e Guitarra Clássica, Paulo Ribeiro -Teclas, Aníbal Filipe – Acordeão, Duarte Costa – Baixo Eléctrico, José Ribeiro – Bateria.

Na Rota da Música
É um trabalho que representa aquilo que o grupo"Nem Truz Nem Muz" é capaz de executar nos espectáculos ao vivo, é também uma amostragem do repertório e das diversas sonoridades que a banda pode apresentar.
Este CD serve também para comemorar os 10 Anos de existência do Grupo.

Por Mares...
É um trabalho que tem como base romances tradicionais, originários dos séculos XVI e XVII.
Fala-nos de histórias que se referem às viagens dos portugueses no mundo, nos séculos XV e XVI.
Por Mares... é assim o nosso contributo para a divulgação da nossa história através da música.
Este trabalho foi patrocinado pela comissão nacional dos descobrimentos entre outras entidades.

4 - "Místico":
Quanto a mim o melhor de todos os trabalhos do grupo
Por ser um disco com 12 temas totalmente inéditos dos elementos do grupo
Por termos encontrado ao fim de muitos anos o som que identifica o “Nem Truz Nem Muz”
Por ser o trabalho tecnicamente falando mais perfeito.

5 - Conceito / Ideologia:
Temos como ideologia que o nosso som tem de ser um som que se identifique com a raiz da nossa música tradicional.
Nesse som tem de existir três influências principais: a africana, a árabe, e muito principalmente a celta depois poderá existir outras, mas de uma forma mais subtil.
Em relação à poesia temos como temas principais o Amor, a Natureza, a Politica.

6 - Concertos:
O próximo será em Loulé dia 20 de Julho pelas 22h30 numa Feira de artesanato

7 - Projectos para o futuro:
Estamos já a preparar poesias para o próximo disco que vai ser cantado ao contrário deste ultimo acabado de sair que é apenas instrumental

Na caravela da vida
Fernando Guerreiro 2007-05-06

Na caravela da vida
Navegamos sem saber
Onde a rota por fim finda
Ou o mar, que vai fazer

Se vamos ter de enfrentar
Calmarias, tempestades
Ou se vamos abalroar
Uns rochedos disfarçados

Nunca se sabe se o barco
Aguenta a maresia
Ou se mesmo a calmaria
Não deixa encalhado o casco

Na Caravela da vida
Quem a vai a tripular
Ou a sabe aparelhar
Ou perde o rumo que grita

Na Caravela da vida
O importante é o fado
Que já vem bem amarrado
À poupa da caravela

E na ponte firmando o leme
Vai o homem que não teme
Que acredita que a glória
O vai levar à vitória

8 - Mensagem Final:
Vou me despedir em verso quem sabe assim se perceba melhor o que nos vai na alma…Gostava ainda de agradecer ao Ricardo dos Santos webzine / blogspot "Fénix" porque ainda nos fazem acreditar que vale a pena continuar a lutar...
Somos livres pra cantar

Fernando Guerreiro 29-4-2007

Somos livres, somos livres
De pensar e de falar
De dizer a toda a gente
Não nos podemos calar

Era uma vez, não era...
Um país pro´mar voltado
Onde o banal era rei
E a cultura, um triste Fado

Nas TVs, nas Rádios
Nos Jornais dessa nação
Promove-se o matador
O vígaro e o vilão

O artista, esse coitado
Para que quer promoção?
Pra vender cds, espectáculos...
Tem de pagar, pois então

Se quer cantar na TV
Em vez de receber, caché
Paga portagem, gasolina
Não quer pagar, vai a pé

Paga almoço, paga jantar
Paga até estacionamento
Depois se lhe falta o bago
É livre, dorme ao relento

Nas rádios, se lá quer entrar
A cantar em Português
Não pode ser, está maluco
Tem de ser em Inglês

Ai liberdade, liberdade
Que triste sina a tua
Agora que há liberdade
O povo, não vai pra rua

Para obrigar os cabrões
Que andam só pra tramar
A cultura, a nossa língua
A terem de emigrar


Nem Truz Nem Muz: www.inforarte.com/nemtruz/

Tuesday

Union Mac – Lost In Attraction (2007) – Escape Music

Union Mac é um projecto formado por dois músicos Suecos (voz e guitarra) e complementado por um baterista e um teclista de sessão. Quando ouço falar em Hard Rock melódico ou com inspirações nos 80s fico um pouco de pé atrás, isto porque habitualmente este tipo de bandas e projectos deixa sempre muito a desejar. Não há grandes canções, nem temas com refrões memoráveis, nem melodias e riffs cativantes, a voz é apenas aceitável (na maior parte dos casos), etc. Mas, neste caso, assim que carreguei no “play”, a surpresa foi enorme! Grandes malhas, belas melodias, uma voz fantástica, riffs e melodias bem sacadas às 6 cordas, secção rítmica potente, teclados bem encaixados e inventivos, som poderoso quanto baste mas limpo, é tudo perfeito nesta estreia “Lost In Attraction”! Há imenso tempo que não ouvia um disco tão bom de Hard Rock de influências oitentistas. A banda tem a sua identidade própria mas alguns dos nomes que podem ser associados, apenas para ajudar o leitor a localizar-se, podem ser: Journey, Saga, Whitesnake, Survivor ou Europe. E pensem apenas nas melhores fases dessas bandas! Essencial para os amantes deste tipo de sonoridade! RDS
95%
Escape Music: www.escape-music.com

BlackSunrise – Engulf The World In Frozen Frames (2007) – Raging Planet Records

Segundo disco para os Portugueses BlackSunrise. A sonoridade do primeiro disco mantém-se, fusão de Death (vertente nova escola Sueca), Thrash (um pouco de old-school e um pouco da nova vaga), Hardcore e breves passagens pelo Emocore (“In The Land Of The Blind”) e até Doom (“A Lifetime Of Winter” e “Reborn”). São no total 10 temas mais introdução e dois interlúdios acústicos, tudo numa contagem de tempo que se acerca dos 43 minutos. Como disse anteriormente, a sonoridade da banda mantém-se a mesma da estreia “The Azrael”, embora aqui esteja mais refinada, os temas estão mais pesados mas simultaneamente mais melódicos. Secção rítmica poderosa, alguns riffs e solos de guitarra bem sacados com contraste velha escola / nova escola, boas melodias a contrastar com o poder e brutalidade. Fecha-se o disco em toada instrumental Doom / Ambiental. Mais um capítulo do livro BlackSunrise em particular e do Metal nacional em geral a ter em atenção. RDS
85%
Raging Planet Records: www.ragingplanet.web.pt
BlackSunrise: www.myspace.com/blacksunrise

Sonic Reign - Entrevista

1 – This debut album “Raw Dark Pure” was released through your own label Sovereignity Productions but now it’s being re-released by Metal Blade Records. How did you ended up signing with them?
We had big problems in promoting the album ourselves and also could not find a distribution partner to work with. Just when we were thinking of how we could get the album the attention it deserved Metal Blade called us. They somehow got a copy of “raw dark pure” which was strange for us since we did not send any promos to any labels. Well to cut a long story short, they were amazed by the album and offered us a deal right away. We had big discussions inside the band and also with the Metal Blade staff since we needed to make sure to have absolute degree of freedom in all creative issues. They included everything we wanted to the contract so we signed.

2 – Are you satisfied with this new album, the songs, the recording process, production, final product?
Absolutely. Only the recording process sucked pretty much. The recordings endured over one year for diverse reasons and we also faced many technical issues since this was the first real big production we did in our studio. But when I listen to the album now I know that it was worth every fucking minute in the studio.

3 – Your approach to Black Metal is similar to the early Satyricon, and we can even read in the MB website “Sonic Reign pick up were Satyricon left off after Rebel Extravaganza“. Are you ok with this kind of comparisons?
Labels and fans need comparisons, especially when a previously unknown band such as Sonic Reign is promoted. That is ok for me although I think we have a lot more to offer than just a Satyricon influence. Everyone listening to “Raw Dark Pure” will agree to that.

4 – What kind of subjects influenced you to write the lyrics for “Raw Dark Pure”?
I am influenced by what's happening in the world, by what lies behind the masks we're all wearing, by what drives us to act as we act and by the vast field of existentialism. I don't like fantasy lyrics, I am not interested in a “reality” that has nothing to do with the reality we're all living in.

5 – Do you have a tour prepared to promote the record?
No. We don't have the time for such an undertaking. It is not easy to find the time to rehearse with Sonic Reign, so we can't waste it on touring, we keep creating music, that is much more interesting for us right now.

6 – You can leave now a final message if you want to.
Thank you very much for the support. Cheers go out to our fans. We salute you!

Entrevistador: RDS
Entrevistado: Ben (Vocals / Guitars)

Metal Blade: www.metalblade.de
Sonic Reign: www.sonicreign.de

# Neo-Folk

Mais um local na internet onde podem fazer o download de material devidamente autorizado pelas bandas. O website Italiano "# Neo-Folk" tem 4 (2 são duplas) colectâneas online de Neo-Folk / Dark Folk / Industrial com muitas bandas do género (entre as quais uma Portuguesa, Sangre Cavallum). Podem fazer o download das colectâneas aqui: www.neo-folk.it/productions/productions.htm
A página principal, onde podem encontrar entrevistas, críticas, cultura, etc, encontra-se aqui: www.neo-folk.it
Boas escutas! RDS

Monday

Fonzie - Crashin' Down (Movieplay 2007)

Fonzie – Shout It Out (2007) – Movieplay

Ora, uma crítica aos Fonzie nesta webzine, esses vendidos, pensam vocês. E porquê não? Eu não sei bem o que pensar dos Fonzie. Vendidos? Hum… Isso tem sempre muito que se lhe diga. Nem sequer vou entrar por aí, senão transformava esta crítica numa crónica sobre o assunto. Por um lado gosto de algumas coisas que eles fazem, mas por outro, detesto algumas das coisas que eles fazem. Têm algumas ideias boas, outras são do mais puro lugar-comum do género. Desde o início que os Fonzie me deixam a pensar se são uma boa banda que toca este género de música porque gostam ou se o fazem porque vende. Tiveram sucesso porque lutaram para isso ou porque, mais uma vez, o género vende? Eu penso que é um pouco de ambos. Gostam daquilo que fazem e lutaram para conseguir o que conseguiram, mas por outro lado também esticam um bocado o factor sorte e oportunidade. E fazem bem. Que músico é que não quer viver da sua música? Poucos músicos conseguiram tornar-se grandes nomes, respeitados, com uma legião de fãs enorme, objecto de culto, sem fazer concessões. Pouquíssimos. Apenas alguns génios, pioneiros ou que venderam a alma ao diabo tal como o fizeram alguns músicos de Blues e Rock (mitos ou não, acreditando ou não, estes fazem parte da cultura musical moderna, e um bocado de misticismo e romantismo sempre dão outra dimensão à obra musical). Ora, este novo disco dos Fonzie é apresentado como o mais pesado da banda. Aqui o “pesado”… bom, não pensem já que estão a tocar Hardcore agora ou algo do género. Tem alguns riffs de guitarra mais puxados, alguns temas mais rápidos, algumas influências aqui e ali de Hard Rock (nos solos) e até algum Heavy Metal, mas apenas isso, alguns pózinhos. A verdade seja dita, eu também nunca fui muito fã deste estilo, preferindo o lado mais cru e pesado do Punk Rock melódico. De qualquer maneira, há aqui algumas coisas que me chamam a atenção e me prendem a atenção e me obrigam a continuar a ouvir, mas depois vêm outras coisas que me dão cabo dos nervos e quase que me levam a partir o leitor aos murros e pontapés. Hum... Depois desta dissertação e de ouvir o disco 3 vezes seguidas continuo sem saber o que pensar dos Fonzie. E este nome? Fonzie? Nem sei se é engraçado e original, ou se é meio aparvalhado e infantil. Ao vivo até gosto, é enérgico, potente, mais pesado, muita adrenalina. E vocês o que pensam? Já agora deixem os vossos comentários. RDS
75% ?! Hum… Ainda vou mudar de opinião!
Fonzie: www.fonzietime.com

Devil In Me – Brothers In Arms (2007) – Sons Urbanos

Sick Of It All. É logo o primeiro que nos vem à cabeça ao ouvir estes Portugueses Devil In Me. E se isso não bastasse, temos aqui participação especial de Lou Keller e Craig Setari da já referida banda Norteamericana. Além destes também se encontra por aqui uma participação de Martijn dos No Turning Back, além de alguns músicos nacionais, entre eles Ex-Peão dos Dealema (numa versão hip hop lo-fi de “God’s gonna cut you down” de Johnny Cash) e músicos de bandas como Easyway, For The Glory, SK6. Hoje em dia também parece ser hábito masterizar os discos fora de Portugal por nomes conhecidos, neste caso trata-se de Alan Douches, senhor que já trabalhou com Misfits, Madball, entre outros. Paga-se um pouco mais mas, o autocolante na caixa do CD com o nome da pessoa em questão e das bandas com quem já trabalhou vale a pena! Dito isto, e para que não digam que já estou a deitar abaixo a banda, passa-se a referir alguns dos aspectos positivos. O som dos Devil In Me, como já referido atrás, segue a linha dos SOIA, ou seja, NY Hardcore duro, potente, ora com groove ora mas rápido. Em cerca de 33 minutos são apresentados 12 temas (mais intro) bem tocados, poderosos, e com atitude. O que aqui está é bom, muito bom, sim senhor, mas será que precisamos de mais uma banda de Hardcore Nova-Iorquino que nem de Nova Iorque é? Mas isso é o de menos, eles têm o direito a tocar o estilo que gostam, e havendo fãs, a música é sempre bemvinda. Mais uma vez, o aspecto negativo, a colagem aos SOIA! A voz, as estruturas, as melodias, as letras típicas (união, coragem, força, etc). Para os fãs do estilo e da já referida banda veterana, isto é um “must”, para todos os outros, mantenham-se a uma certa distância, mas que seja minimamente perto, até porque os DIM revelam potencialidades, basta apenas que lhes dêem tempo para que encontrem a sua rota. Um segundo álbum pode marcar essa diferença entre a veneração a uma banda e a identidade própria. RDS
70%
Sons Urbanos Records: www.myspace.com/sonsurbanos
Devil In Me: www.myspace.com/devilinme
Xuxa Jurássica: www.xuxajurassica.com