Friday

D3O - Box Tour


Thrashmania 5


Gazua – Convocação (2008) – Edição de Autor

Finalmente o disco de estreia dos Gazua! Ainda me lembro do gozo que me deu ouvir a demo que me enviaram há um par de anos. O meu grande medo na altura foi: “ok, é porreiro, mas daqui a nada estão a acabar por falta de apoio de editora e público”. Ainda bem que me enganei e a banda insistiu e persistiu. Infelizmente, não houve nenhuma editora a apostar neles e tiveram que lançar isto por conta própria. O que é que andam as editoras a fazer? Lançar bandas pré-fabricadas saídas de telenovelas juvenis? Bah! Em frente! Essa triste história já nós conhecemos. O disco está nos escaparates e isso é que interessa. Agora cabe ao público Português apostar neles, comprar o disco, comprar t-shirts e outro merchandising, marcar concertos com eles e ir aos mesmos.
Gazua é um power-trio, na verdadeira ascensão do termo, composto por João (voz / guitarra, ex-Corrosão Caótica, ex-Carbon-H, ex-No-Counts), Paulinho (baixo, ex-Jardim Do Enforcado, ex-M.A.D., ex-Spitz Buben, actualmente nos Kamones) e Quim (bateria, ex-Condenação Pacífica, ex-Civic) que não gravou a bateria no disco mas que faz parte da banda actualmente. O passado dos 3 membros já fala por si!
Em relação à gravação propriamente dita, resta apenas dizer que foi feita nos estúdios Crossover com o Sarrufo. Tudo o que tem saído destes estúdios, com mão do Sarrufo, tem uma qualidade inegável. Som forte, poderoso, limpo, mas com aquela crueza necessária ao género. Até a capa e toda a apresentação do disco estão sublimes. E vem em formato digipack, um formato que eu adoro e que prefiro em detrimento da normal caixa de plástico.
“Convocação” inclui 10 temas de puro Rock ‘N’ Roll / Punk Rock em cerca de 35 minutos que remetem para os primórdios de Xutos & Pontapés, Censurados e Peste & Sida, revelando também influências de nomes míticos como Ramones, Clash, New York Dolls, Patti Smith, Motörhead, AC/DC, Rose Tattoo, Thin Lizzy, MC5, Sex Pistols, entre outros. Abre em força com “Se tens vontade de gritar”, um tema potente, rápido, com melodia e refrão sing-a-long contagiantes, a lembrar Censurados no seu melhor; seguem “Morres devagar” e “Fazia tudo outra vez” a trazer à memória os Xutos dos 80s; “Evolução (1974)” traz de volta a velocidade num registo mais agressivo e mais Punk; “Sair da escuridão” é um forte candidato a hit-single; “O que é que estás aqui a fazer” continua com o pé no pedal, Peste & Sida / Censurados à memória; “Mil dedos” é mais lenta mas não perde a força do Rock tradicional, cru e puro; “Freneticamente falando” traz como convidado João Pedro Almendra (vocalista dos Peste & Sida); “Punição” tem uma batida fortíssima; fecha-se o ciclo (sim, porque ao acabar voltamos a carregar play e reiniciar o disco!) com “Vou explodir” com mais um refrão cantarolável.
Uns segundos de silêncio… O quê? Já acabou? Carrega no play depressa! Quero mais! Não deixes baixar a adrenalina! Ainda estou de braços no ar com a minha “air guitar”, a riffar como se não houvesse amanhã!
Para colocar ao lado de “No One To Follow” dos Anti-Clockwise, outro do género que também respira Rock por todos os poros. Infelizmente passou algo despercebido neste marasmo que a cena musical nacional actualmente! Esperemos que não aconteça o mesmo a este “Convocação”.
Um forte candidato a disco do ano em Portugal E só agora começou 2008. O Rock não morreu em Portugal! Estão todos convocados para a celebração. Dá-lhe Gás(zua)! Rock ‘N’ Roll Up Your Ass!!! RDS
95%

Thursday

Waste Disposal Machine + Urb + Synergy


Woven Wheat Whispers

A Woven Wheat Whispers é um portal com muita informação sobre Folk, em todas as suas vertentes, tradicional, Dark, experimental, Wyrd, celta, Rock, etc. Além da informação têm um extenso catálogo de venda online.
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Para os iniciados, aconselho vivamente as 3 excelentes compilações:
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Gazua - Entrevista

1 – Fala-me um pouco da história dos Gazua desde a sua concepção até à data.
Os Gazua tiveram um arranque um pouco atribulado... A banda começou por minha iniciativa e do Fred (ex baixista de censurados), e nessa altura tinhamos o Pedro Cardoso na bateria (que participa neste disco como convidado). Deram-se alguns concertos, e depois da saída do Fred por falta de disponibilidade para um projecto a tempo inteiro a banda sofreu algumas alterações à formação até chegar aquilo que é hoje. O Paulinho surge através de um amigo em comum, e o Quim trabalhava nos estúdios em que nós ensaiávamos. Desde há um ano que temos esta formação fixa, e por isso estava na hora de avançarmos para o disco.

2 – Descreve os processos de composição e gravação deste disco de estreia “Convocação”.
A composição deste disco parte de uma série de ideias que vinham já de trás, ainda antes desta formação estar composta. O que fizemos foram alguns arranjos, mas o disco já estava pensado e pronto a arrancar há algum tempo. Em relação à gravação, correu muito bem. Estivemos 16 dias nos estúdios Crossover em Linda-a-Velha a trabalhar com o Zé Pedro Sarrufo, e penso que se encontrou um excelente ambiente de trabalho. E acima de tudo, muito profissional.

3 – Sobre que assuntos incidem as letras contidas neste disco?
Este conjunto de letras têm um cariz muito pessoal, falam muito de persistência, de lutarmos por aquilo em que acreditamos. Falam também das interrelações entre pessoas, e da forma como às vezes é tão difícil alcançar uma harmonia.

4 – Quais são as vossas influências musicais, assim como outro tipo de influências externas à música?
Penso que somos essencialmente três viciados em música. Temos idades compreendidas entre os 34 e 36 anos e estamos metidos nisto até ao pescoço. Eu pessoalmente estou neste momento a ouvir muito os Clash, a Patti Smith, o Wayne Kramer (ex-MC5), Thin Lizzy... o Quim sei que é fã incondicional dos Iron Maiden, Slayer... e o Paulo ouve bandas como Discharge, AC/DC... são gostos variados, temos todos um espectro de gostos musicais muito alargado.

5 – O disco é lançado em regime de edição de autor. Porque é que a banda optou por esta via? Não há editoras a apostar nesta sonoridade ou não surgiu nada entretanto e decidiram levar a vossa avante, não deixando “morrer” o trabalho da banda?
É mesmo essa segunda hipótese. Ninguém se mostrou interessado em investir neste disco, e se essa parte nos teria que caber a nós, então não se justificava ter o selo de um editora. Penso que nesta fase de arranque da banda e com o mercado em baixa não é fácil arranjar quem arrisque um investimento num produto que não dá garantias. Não foi nada que não estivéssemos à espera. Já cá andamos todos há muito tempo, e não vamos deixar de passar a mensagem por uma questão destas.

6 – Como é que estamos de concertos de promoção ao disco? E em relação a outro tipo de promoção, tais como entrevistas, rodagem em rádios, etc?
O lançamento oficial do disco é no dia 16 de Fevereiro na Academia de Linda-a-Velha, e vamos ter uns quantos concertos a partir dessa altura. Antes disso só mesmo o concerto com os Italianos The Cummies no Espaço dos Desastres. Confirmado está também um concerto em Sintra no dia 23 de Fevereiro, e estamos a aguardar umas quantas respostas em relação a alguns concertos no norte e sul do país. Vamos tendo a agenda actualizada no nosso espaço do Myspace. Em relação a rádios o CD já chegou a algumas e sei que tem passado por exemplo na antena 3. As entrevistas vão chegando, mas penso que os meses de fevereiro, março e abril serão mais atarefados nesse sentido.

7 – Como vês a evolução da cena Underground nacional desde que nela entraste até hoje? Que bandas, editoras, promotores de concertos, revistas e outros da cena musical podes realçar?
Acima de tudo realço sempre as iniciativas de pequena dimensão, que se conseguem mexer quase sem meios e o fazem sem a interferência da indústria mais mainstream. De qualquer forma acho que hoje temos que ser melhores para entrar na cena musical. A fasquia subiu muito e isso agrada-me. É difícil ter uma opinião em relação à industria sendo-se músico... achamos sempre que não fazem o suficiente. Quando as bandas começam a crescer é que entendem que muitas vezes tudo se resume a números, e isso é muito desmotivante, mas é isso que faz mexer a indústria. Talvez ache que nos deixamos influenciar demasiado pelo que vem de fora e desvalorizamos muito o que temos cá dentro.

8 – Como é que surgiu a colaboração do João Pedro Almendra dos Peste & Sida?
Bom, este disco fala de persistência, e quem conhecer pessoalmente o João Pedro sabe que ele é um sobrevivente.
Há com certeza outros, mas ele é uma pessoa que reflecte exactamente aquilo que quisemos transmitir com este disco. Já nos conhecíamos, por isso foi simples e estamos muito satisfeitos. Foi sem dúvida uma mais valia.

9 – Tens agora espaço para deixar uma última mensagem aos leitores da Fénix.
Venham conhecer os GAZUA. Em disco ou ao vivo!!
E de uma maneira geral, não fiquem em casa agarrados aos computadores... vão aos concertos, a outros espectáculos e saiam para os copos com os amigos.
Um abraço a todos!!

Gazua: http://www.myspace.com/gazua

Questões: RDS
Respostas: João (vocalista e guitarrista)

Tuesday

Facebreaker – Dead, Rotten And Hungry (2008) – Pulverised Records

Este é o segundo disco para os Suecos Facebreaker, uma banda que tem como vocalista Roberth “Robban” Karlsson (ex-membro de nomes como Edge Of Sanity, Pan Thy Monium, Incapacity, Ashes ou Darkified). À semelhança da estreia “Bloodred Hell” de 2004 este foi gravado e misturado por Jonas Kjellgren (responsável pelo som de bandas como Scar Symmetry, Carnal Forge ou Centinex) nos seus Black Lounge Studios. Death Metal da velha escola Sueca dos inícios dos 90s. Era isso que tinham em mente os músicos ao formar Facebreaker. Essa preposição ainda se mantém hoje em dia. “Dead, Rotten And Hungry” mantém o espírito da referida altura e de bandas como Nihilist, Carnage, Emtombed, Dismember, Grave, Edge Of Sanity ou até mesmo Repulsion, Impetigo, Carcass, Mortification ou Gorefest. Tudo em referência à dita época, veja-se, pois muitas das bandas mencionadas mudaram a sua sonoridade entretanto. Mas este disco vai mais além da mera proposta saudosista. Os Facebreaker conseguem recriar com mestria o dito sub-género com um som, poder e técnica próprios dos tempos que correm, sem perder, no entanto o ambiente sujo, podre e decadente que se quer e exige. A ajudar à podridão (no bom sentido, claro) temos ainda a capa (e respectiva arte do livrete) da responsabilidade de Mick Kenney dos Anaal Nathrakh. 80% http://www.facebreaker.com/ / www.myspace.com/facebreaker666 / http://www.pulverised.net/ / http://www.sureshotworx.de/

Suicidal Winds – Chaos Rising (2008) – Pulverised Records

Os Suicidal Winds são Suecos e existem já desde 1992. Desde então têm vindo a editar material em diversos formatos, incluindo 4 demos, 3 álbuns, um EP, 2 splits com Bestial Mockery e Gravewurm, assim como um disco ao vivo e um par de 7”s. Actualmente contam no line-up com membros e ex-membros de bandas como Áxis Power, Ill Natured, Psychomantium, Conspiracy, Chtonium ou Azeazeron. “Chaos Rising” é a nova proposta de estúdio destes veteranos da cena Underground e é editada pela Pulverised Records de Singapura. Death / Thrash rápido e brutalíssimo é o que nos oferecem nestes 11 temas. Os temas são curtos, indo desde os 2.34 aos 3.58, não chegando a atingir os 4 minutos sequer em tema algum. Descarga pura e dura, directa ao assunto e sem rodeios, portanto. Riffs old school fantásticos, a fazer lembrar o Death / Thrash / Speed do Underground de finais dos 80s / inícios dos 90s; ritmos rápidos e potentes; vocalizações rasgadas. Uma autêntica descarga de Metal extremo da velha guarda. Único ponto negativo é a utilização de uma faixa final (já fora do alinhamento principal) com cerca de 7 minutos de silêncio seguidos de uma brincadeira de 4 minutos no baixo. Tenho uma certa aversão a este tipo de “enchimentos” de CD. Mas também é a última faixa, quem não quiser, não ouve. De referir ainda a fabulosa capa desenhada pelo artista Chileno Daniel Desecrator e que o disco foi gravado no Studio Evocation sob a achancela de Vesa Kenttäkumpu dos deathsters Evocation. Aconselhado a fãs de Hellhammer, Venom, Destruction, Sodom, Kreator (antigo), Sepultura (antigo), Centinex, Impaled Nazarene, Maze Of Torment, Anasarca, Hypocrisy (antigo), Raise Hell, entre outros. 90% www.myspace.com/suicidalwinds / http://www.pulverised.net/ / http://www.sureshotworx.de/

Ashes - 10º Aniversário


Skypho + Promethevs