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Green Machine - Entrevista

1 – Green Machine é uma banda relativamente nova e de certa maneira desconhecida para o público em geral. Podes fazer um breve relato dos momentos mais importantes do percurso da banda desde o início até à edição deste novo trabalho “Themes for the hidebounds”?
A banda já existia em 1999 com uma formação um bocado desleixada, a coisa começou a ser mais séria em 2005 com a entrada de 2 novos elementos para a banda, o Pedro Oliveira e Ângelo Sousa, para a bateria e baixo respectivamente, a partir daí temos encarado as coisas com mais profissionalismo e dedicação, até que resolvemos gravar o disco Themes for the hidebounds e desde aí temos tocado muito que é esse o nosso grande objectivo.

2 – Para os ouvidos mais desatentos os Green Machine talvez sejam uma banda que envereda por um estilo retro que hoje em dia está muito em voga mas, para quem tenha algum conhecimento da história do Rock no geral apercebe-se de que os Green Machine são uma banda mais inspirada nas linhas mais tradicionais e Underground do Garage Rock, lo-fi, Punk e até por algum Blues. De onde provêm as inspirações para a sonoridade da banda?
Nós acabamos por ser a nossa própria inspiração! O nosso som acaba por ser o reflexo de tudo o que ouvimos, e posso dizer que são coisas bem diferentes umas das outras. Temos grande influência da música negra. Eu gosto de definir como Rock n Roll outros gostam mais de Garage, até há quem diga que e Blues/Soul Power. Eu concordo com todos os pontos de vista.


3 – Fala-me um pouco das letras deste disco e dos assuntos abordados nas mesmas. E já agora, que obsessão foi essa com o Screaming J. Hawkins?
As letras acabam sempre por falar dos relacionamentos mais ou menos falhados do João que é o vocalista, ele gosta de falar de coisas pessoais, pelo menos foi essa a temática deste disco, do próximo não sabemos. O Screaming J. Hawkins é uma maneira de escapar aos problemas, não há nada que ele não nos faça esquecer.


4 – No disco encontram-se diversos músicos convidados. Como é que estes surgiram e de que maneira é que o seu contributo traz algo de novo ás músicas em que participam?
Os convidados do disco são principalmente amigos de longa data que foram aparecendo no estúdio e nós arranjávamos sempre qualquer coisa para eles fazerem! E claro depois o resultado final acabou por ser do nosso agrado. São pessoas que de uma ou outra maneira acabaram sempre por marcar a nossa vida pessoal e musical que acabaram por meter um pouquinho da sua identidade no disco!

5 – Como é que tem sido a aceitação ao EP, tanto a nível de imprensa como de público?
Tem sido muito variável, mas acima de tudo estamos satisfeitos com o resultado final do disco!

6 – E em relação às actuações ao vivo, têm surgido muitas oportunidades de apresentar esta nova edição? Como é que têm corrido esses concertos?
Os concertos tem corrido lindamente, salvo 1 excepção têm estado sempre cheios o que até para nós é algo estranho. Não estávamos à espera de criar tanta curiosidade nas pessoas. Mas ainda bem que assim é, estamos satisfeitos por isso!

7 – Este EP tem edição de autor, ou se quisermos dar uma roupagem mais vanguardista à coisa, é uma edição DIY. Porquê esta opção?
Não havia editoras interessadas na proposta dos Green Machine?Nem sequer tentamos nenhuma para dizer a verdade. Queríamos que o primeiro registo mais sério fosse editado por nós para podermos ter mais controle sobre a maneira de como queríamos fazer as coisas. O próximo ainda não sabemos como vai ser.

8 – Quais são os vossos projectos para um futuro próximo? Para quando o disco de longa duração de estreia?
Proximamente os nossos objectivos são tocar, é aí que a banda se sente melhor. Temos também uma edição de um vinil a meias com uma banda brasileira (AUTORAMAS) pela editora GROOVIE RECORDS que sai em Abril, e contamos que em Setembro possa sair um novo disco, mas sem grandes comprometimentos. Queremos que todo o processo seja descontraído.

9 – Como vês a cena musical actual, Rock, Punk, Hard ‘N’ Heavy, etc, no geral e em particular em Portugal? Que novas bandas e/ou tendências te têm despertado mais interesse?
Acho que as bandas portuguesas se estão a afirmar cada vez mais, entre 2000 e 2005 a coisa andou um bocadito fraca, mas penso que agora está no bom caminho. Temos muitas bandas portuguesas que gostamos, os Dead Combo, os Bunnyranch, os Act ups e muitas outras, somos grandes consumidores de música portuguesa também.

10 – Em jeito de despedida, queres deixar uma última mensagem ou ideia ou algum assunto importante que tenha ficado por referir?
Gostaria apenas de dizer às pessoas para continuarem a aparecer aos concertos que são sempre bem-vindas. Obrigado pela entrevista.


Entrevistador: RDS
Entrevistado: Pedro Oliveira - Bateria

Green Machine: www.myspace.com/greenmachinesucks

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