Saturday

Flash Reviews: RISE ABOVE RECORDS

Admiral Sir Cloudesley Shovell “Keep it Greasy!” (Rise Above Records, 2016)
Terceiro de originais dos Britânicos. Retro Hard Rock setentista de inspirações Pentagram, Hawkwind, Budgie, Blue Cheer, Sir Lord Baltimore, Buffalo ou Bang, para nomear alguns. São 8 novos temas espalhados por 45 minutos que em nada deixam a desejar ao que se fez na década de 70. No meio de tanta banda retro que saltou para a onda nos últimos anos, é bom ouvir alguém que o faz da maneira certa. 80% RDS

Antisect “The Rising of the Lights” (Rise Above Records, 2017)
Saídos da cena Anarco Punk Britânico dos inícios dos 80, os Antisect separaram-se em 1987 deixando para trás um punhado de edições, em particular a pérola do Punk Anarca “In Darkness There is No Choice“ de 1983. Reuniram-se em 2011 para alguns concertos e têm estado minimamente activos. Este ano de 2017 vê a edição do seu primeiro trabalho de estúdio em 32 anos. São 9 temas em 50 minutos do mais puro e honesto Anarcho Punk / Crust / Metal que ouvi em alguns anos. Altamente aconselhável! Para fãs de Conflict, Crass, Killing Joke, Neurosis, High On Fire. 90% RDS

Galley Beggar “Heathen Hymns” (Rise Above Records, 2017)
Folk Rock vindo do Reino Unido, descendente directo de bandas como Fairport Convention, Steeleye Span, Trees, Fotheringay ou Comus. A música dos Galley Beggar tem tanto de Folk tradicional como de rock psicadélico dos finais dos 60s. “Heathen Hymns” é já o 4º disco de originais, mas apenas o 2º para a Rise Above (os dois primeiros foram edições de autor). Aos 6 novos temas originais juntam-se 2 versões bem próprias dos tradicionais “Let No Man Steal Your Thyme” (com a participação de Celia Drummond dos Trees) e “The Girl I Left Behind Me”. São 42 minutos que irão com certeza agradar a ouvintes de Acid Folk, Folk Rock, 70s Progressive ou 60s Psychedelia. Recomendado. 90% RDS

Ides Of Gemini “Women” (Rise Above Records, 2017)
Já no seu 4º disco de originais (contando com EP de estreia), os Ides Of Gemini trazem 43 minutos de vocalização feminina que fundem Goth Rock dos 80s com o peso do Doom Metal tradicional. No entanto, esta caracterização é algo redutora para a sonoridade dos Norte-Americanos, pois também há elementos q.b. de Post-Punk ou 70s Hard Rock, mesclados numa personalidade muito própria. Já tinha ouvido o anterior “Old World New Wave” e achei interessante, mas ficou apenas a curiosidade. Este novo trabalho está uns pontos acima e vai-me obrigar, sem dúvida, a revisitar a discografia anterior. Não confundir com o punhado de bandas retro com voz feminina, pois os Ides Of Gemini estão a outro nível. 85% RDS

Naevus “Sun Meditation” (Reissue) (Rise Above Records, 2017)
Os Naevus são oriundos da Alemanha e tocam um Doom Metal tradicional bem balançado, melódico e roqueiro. A banda esteve activa durante toda a década de 90, dando por encerrada a sua curta carreira em 1999. Para trás ficou este “Sun Meditation” de 1998, o qual vê agora reedição por parte da mesma editora, Rise Above, mas desta feita nos formatos vinil e digital. De salientar que a banda se reformou em 2012, para fazer a primeira parte dos Saint Vitus, e decidiu continuar no activo. Em 2016 lançaram o novo trabalho “Heavy Burden”. Em 2017 surge esta reedição. Uma banda a ter em conta se gostam de Saint Vitus, Trouble, Spirit Caravan ou Cathedral. 80% RDS

With the Dead “Love From With the Dead” (Rise Above Records, 2017)
Segundo álbum de estúdio para os Britânicos With The Dead, banda que conta nas suas fileiras com músicos ilustres como Lee Dorian (ex-Cathedral, ex-Napalm Death), Leo Smee (ex-Cathedral, ex-Firebird, Chrome Hoof), Tim Bagshaw (ex-Electricx Wizard, ex-Ramesses) e Alex Thomas (ex-Bolt Thrower). Doom lento, pesado, opressivo, apocalíptico é o que nos apresentam neste mais recente projecto. Depois da estreia homónima em 2015, voltam à carga com mais do mesmo em 7 temas que perfazem 66 minutos (estava lá quase o outro 6). Por cima dos riffs monolíticos pesados e da cadência arrastada, as letras niilistas são acentuadas pela voz grave de Lee Dorian. Se dúvidas havia em relação a isto ser apenas mais um projecto paralelo, estão dissipadas com “Love From With The Dead”. 85% RDS

Thursday

Hoofmark "Stoick Winds" CD (Ultraje, 2017)


Hoofmark é um projecto de onda “one-man lo-fi Black Metal”. Só isto já é suficiente para alguns o proclamarem como “trve”, enquanto para outros é motivo para arrumar de lado e não voltar a pensar no assunto. Nuno Ramos é o homem por detrás deste projecto e “Stoick Winds” é o primeiro disco de longa duração. Originalmente lançado no ano passado apenas em formato cassete e digital, vê agora uma edição oficial em CD. Deveria confessar que, dos dois grupos atrás mencionados, eu pertenço ao segundo. O que me assusta nessas “one man band” de Black Metal é a ineptidão dos “músicos”, falta de produção disfarçada de trve (gravações caseiras são baratas) e a escassez de ideias. Não é o caso de Hoofmark, pois nota-se que estamos a lidar com um músico capaz, com as suas notórias influências, sem dúvida, mas com boas ideias, concretizadas da melhor maneira. Embora não seja um nome que irei seguir com afinco no futuro, não me desagradou o que ouvi. Há pontos que me agradam e outros que desagradam mas, como qualquer outra crítica musical, isto é apenas uma opinião pessoal e não a verdade absoluta. Como se costuma dizer, gostos não se discutem. Se é a vossa onda, experimentem e poderão gostar. Eu ouço ideias interessantes, tal como a influência de Metal épico dos 80s, algum Doom tradicional, Anarcho Punk britânico e inclusive algum Country e Blues. Para terem uma ideia, as influências são tão diversas como Bathory, Motorhead, Amebix, Manilla Road, Darkthrone, Primordial ou Johnny Cash. A voz é que falha de vez em quando e me faz alguma confusão (principalmente nas partes mais limpas / épicas). Se o Nuno transformar isto numa banda completa (e com um vocalista diferente), a coisa talvez se transforme em algo digno de relevo. Para já ficamos com a potencialidade (que não lhe falta). RDS 65%

https://www.facebook.com/ultrajept
https://www.facebook.com/hoofmarkofficial
https://ultraje.bandcamp.com/album/stoic-winds

The Modern Age Slavery "Stygian" CD (Innerstrength Records, 2017)


Quando me é apresentada uma banda com o rótulo Deathcore é difícil não me retrair um bocado e ficar com urticária. Felizmente, os Italianos TMAS não abusam da componente Hardcore do estilo. Death Metal brutal de toada mais moderna, com bem-vindas variações de ritmo e ambientes mais atmosféricos e apocalípticos é o que nos apresentam em “Stygian”, o novo álbum de estúdio. As comparações a outras bandas do estilo são inevitáveis, e nomes como The Black Dahlia Murder, Job For A Cowboy, Heaven Shall Burn ou The Red Chord vêm imediatamente à cabeça. Um dos pontos positivos, como já referido, é o distanciamento da infame variante que serve apenas para desfilar miúdos super tatuados, com roupa de marcas específicas, mais preocupados com a estética do que com a música. Aqui a componente musical não é descurada, e as diversas influências levam-nos a pensar em nomes já consagrados como Cattle Decapitation (principalmente), Origin, Aborted e inclusive algumas passagens à la Behemoth. Estava apreensivo no início, mas após os 32 minutos fiquei mais à vontade. De salientar ainda a roupagem própria que deram ao tema que encerra o disco, “Sandblasted Skin”, versão dos extintos Pantera. Não irá salvar o género, mas é um disco sólido e maduro que proporciona meia hora de boa música. RDS 80%

 

Tuesday

Hourswill “Harm Full Embrace” (Ethereal Sound Works, 2017)




O segundo álbum de estúdio dos Lisboetas Hourswill apresenta uma banda mais madura, apesar das grandes mudanças de formação que sofreu. O que se nota logo à partida é a mudança de vocalista, passando a exercer essa fundação Leonel Silva (Mindfeeder). As vocalizações passam agora a ser completamente limpas e os (ocasionais) guturais do primeiro álbum (“Inevitable”) desaparecem. Não tendo eu nada contra os guturais, creio que este registo assenta melhor à banda, criando inclusive uma alternativa ao Metal moderno que, se não tiver vocalizações mais rasgadas, não vende. Caso sejam novos à sonoridade da banda, esta assenta numa onda de Metal Progressivo lento e pesado mas com muita melodia, com vastas influências do Power dos 90s e Doom tradicional. A banda está a criar a sua própria identidade mas nomes de referência são sempre uma ajuda para atrair potenciais ouvintes. Neste caso podemos salientar nomes tão diversos como Nevermore, Morgana Lefay, Fates Warning, Tad Morose, Evergrey, Heathendoom ou Candlemass, por exemplo. Uma boa aposta no campo do Progressive Metal feito em terras lusas, género que infelizmente escasseia por estas bandas.
RDS. 80%

Sunday

ENTREMURALHAS 2017 – FESTIVAL GÓTICO VIII EDIÇÃO – 24, 25, 26 AGOSTO CASTELO DE LEIRIA


ENTREMURALHAS 2017 – FESTIVAL GÓTICO
VIII EDIÇÃO – 24, 25, 26 AGOSTO
CASTELO DE LEIRIA


A 8ª edição do festival gótico Entremuralhas regressou novamente Castelo de Leiria nos passados dias 24, 25 e 26 de Agosto. Depois de três cancelamentos e da associação cultural Fade In ter visto à prova a sua resistência, o festival arrancou em força como previsto. De louvar a perseverança de Carlos Matos e da Fade In. São poucos os que hoje em dia o fazem por amor à causa.
Diariamente apenas é permitido um total de 737 pessoas no recinto. Esta é uma imposição que evita danos de maior no interior do Castelo de Leiria. Acaba por servir também como questão estética e confere um carácter mais intimista ao festival. O próprio ambiente em que se enquadra, o Castelo de Leiria, confere um ambiente único que não se encontra noutro festival.

No dia 24 as actuações decorreram apenas no palco corpo. O espanhol Ramos Dual iniciou a celebração pelas 21 horas. O baterista de projectos como Beggar’s House, La Inesperada Sol Dual e Malparaíso trouxe na bagagem a sua mais recente proposta "DrumSolo”, um álbum de Techno-Punk Lo- fi a solo e centrado na bateria. Ao vivo fez-se acompanhar pela sua Pupila e os visuais de Lämpara. O aquecimento para os 3 dias estava feito.

Cerca de 1 hora depois é a vez de subir ao palco Bestial Mouths. O quarteto oriundo dos EUA pratica uma fusão de electro-goth, industrial e post-punk com vocalizações reminiscentes de Diamanda Galás, Siouxsie Sioux ou Lydia Lunch. Tal como no anterior projecto, também aqui as projecções vídeo têm um papel preponderante. Uma actuação irrepreensível e que soube a pouco. Aguarda-se uma segunda vinda ao nosso país a nome próprio.

Passava pouco das 23 horas quando os franceses Position Parallèle subiram ao palco. O duo pratica um synthpop minimal de orientação 80s vocalizado na língua materna. Geoffroy Delacroix (dos Dernière Volonté) e o fotógrafo Andy Julia (Soror Dolorosa, Dernière Volonté) apresentaram assim o seu 3º e mais recente trabalho “En Garde À Vue”. A sonoridade dançável e melódica com refrões cativantes deixou o público do Entremuralhas a dançar. Uma prestação extremamente positiva que fez o projecto ganhar mais alguns fãs.

Por volta da meia-noite subiram ao palco os portugueses Pop Dell’Arte. Há já algum tempo afastados dos palcos e das edições (salvo um par de prestações ao vivo) a banda liderada por João Peste trouxe a Leiria um concerto antologia que percorreu as três décadas de existência. Houve tempo ainda para material novo a figurar no novo disco de estúdio que está a ser preparado. “Querelle”, “My Funny Ana Lane”, “La Nostra Feroce Volontà D'Amore”, “Sonhos Pop” ou “Rio Line” forma alguns dos temas que se fizeram ouvir. O ponto alto do primeiro dia do festival.

No dia 25 já tivemos direito a actuações nos três distintos palcos. Pelas 18 horas as festividades iniciaram no palco da Igreja da Pena. Simone Salvatori dos Spiritual Front apresentou-se a solo, mundo apenas da sua guitarra, e em formato acústico interpretou temas da sua banda de origem em toada Folk. Será difícil descrever a prestação do mesmo pois a limitação física da Igreja da Pena não permite um grande número de espectadores. Entre umas espreitadelas de lado e o som que se ouvia do lado de fora, conseguiu-se captar o tom intimista da prestação do músico Italiano.
Ao mesmo palco subiu o duo francês Dear Deer com o seu post-punk de contornos electrónicos e influência no-wave NY e industrial. Formados em 2015 traziam na bagagem o seu álbum de estreia ”Oh My…” e que serviu de mote para a sua prestação. Mais uma vez, e pelo motivo acima descrito, será difícil explanar o que são os Dear Deer em palco, mas o ambiente geral e recepção por parte do público foi positiva.

Da Igreja da Pena partimos para o palco secundário chamado de Palco Alma. Este foi um ano de estreias em Portugal, sendo também este o caso do trio francês Bärlin com a sua música negra e densa de forte componente jazzística e cabaret, inspirada em nomes como Tom Waits, Morphine, Nick Cave ou Tuxedomoon. A sua inclusão no cartaz do Entremuralhas poderá ser algo estranho mas, é mesmo desta diversidade de sonoridades que vive o festival.

Depois dos franceses foi a vez de um dos nomes mais fortes do cartaz, os veteranos In The Nursery, liderados pelos gémeos Humberstone. Desde 1981 a destilar música neoclássica / dark wave / martial de contornos cinemáticos. O que se poderá dizer de uma banda veterana em palco? Algumas perdem a vitalidade e a urgência. Não é o caso destes britânicos que ainda estão em boa forma e se recomendam vivamente. Outro dos pontos altos do festival.

Já no palco principal, denominado de Palco Corpo, os franceses Vox Low apresentaram a sua fusão de electrónica dançável, psicadelismo e krautrock dos 70s. Com influências tão diversas como Suicide, Bauhaus, Joy Division, The Cure, Can ou Neu é outra prova da diversidade saudável do festival, provando que gótico não é apenas um estilo definido de música, mas um estado de espírito. Não foi a minha prestação favorita, mas tem apontamentos interessantes e foram bem recebidos pelo público presente no castelo de Leiria.
A fechar o segundo dia o, também francês, James “Perturbator” Kent. Synthwave de inspirações 80s e cyberpunk com um forte estilo cinemático foi o que Perturbator nos apresentou. Em termos visuais não vejo muito interesse numa única pessoa em cima de um palco com o olhar constantemente nos sintetizadores. Torna-se algo impessoal e pouco apelativo ao sentido visual. No entanto, a música agrada, e foi isso que se fez sentir. Uma atmosfera de festa e dança.

O último dia de festival iniciou de novo na Igreja da pena com os espanhóis Àrnica. Folk Ibérico de contornos ritualistas e uma forte componente visual. Volto a remeter para o reduzido espaço disponível na Igreja que não permitiu assistir em pleno à actuação desta e da banda seguinte. Sendo o único projecto do género no cartaz serviu para “aliviar” da componente electrónica que premeia o festival.
Seguiram-se os Gregos Selofan. Duo composto por Dimitris Pavlidis e Joanna Badtrip, responsáveis pela editora Fabrika Records. Post-Punk / Darkwave gélida e minimalista foi o que nos apresentaram através dos temas dos seus três discos, sendo o mais recente “Cine Romance” deste ano de 2017. Não conhecia mas gostei da componente musical e, do pouco que consegui ver em palco, também me agradou a sua prestação. Aguardo com expectativa mais uma vinda dos Selofan a território nacional.

Este ano de 2017 está a marcar o regresso com força do fadista Paulo Bragança. Depois de na década de 90 ter editado quatro discos e, infelizmente como é habitual em Portugal, a sua forma arrojada e vanguardista de encarar e interpretar Fado não ter sido bem aceite pelo público, imprensa e pares da indústria, este fez um retiro de vários anos na Irlanda. A prestação no Palco Alma do Entremuralhas 2017 veio demonstrar que Paulo Bragança está de volta e com vontade de reclamar o seu lugar na música em Portugal. Além de temas dos discos anteriores, houve tempo para temas novos a incluir no próximo registo de originais, assim como a versão de “Soldado” dos Sitiados (dedicada à memória de João Aguardela), e o tema “A Névoa“ (colaboração com Carlos Maria Trindade para ”Onda Sonora: Red Hot + Lisbon” em 1998). Foi sem dúvida a minha prestação favorita de todo o festival. Como já li numa das notas de imprensa do festival, e concordo especialmente, se existe fado gótico, estamos perante o seu expoente máximo.

O último nome a pisar o Palco Alma veio da Suécia. Nicole Sabouné apresentou-se em formato de quinteto e apresentou temas dos seus dois discos de originais. Foi o único projecto deste ano com uma toada mais roqueira, o que me agradou imenso. Musicalmente encontram-se influências de nomes como Cocteau Twins, Dead Can Dance, Siouxise And The Banshees e até mesmo The Gathering na sua fase mais experimental. A nível vocal Nicole apresenta registos próximos de Siouxsie Sioux ou Lisa Gerrard. Outra das surpresas do festival e que espero voltar a ver ao vivo noutra ocasião.



Já no Palco Corpo e preparados, ou não, para a descarga que se seguiria. Os alemães Atari Teenage Riot foram uma das últimas aquisições para o cartaz do Entremuralhas. Poderia parecer um nome algo desenquadrado do carácter mais dark do festival mas, se dúvidas haviam, estas dissiparam-se durante a actuação dos mesmos. Pecou apenas pela curta duração e a falta de alguns temas emblemáticos como “Atari Teenage Riot”; “Too Dead For Me” ou “Revolution Action”. Focaram-se muito nos últimos trabalhos e material menos abrasivo. De qualquer modo, a força e irreverência esteve lá. Gostei imenso mas soube a pouco.

A fechar com chave de outro, os veteranos Front Line Assembly. A fazer a sua estreia em Portugal, o projecto Canadiano liderado por Bill Leeb (ex-Skinny Puppy) e Rhys Fulber, aliados a Michael Balch (FLA, Revolting Cocks, Ministry), trouxeram 30 anos de electro-industrial ao Castelo de Leiria, com um som pesado de vertente Rock mas dançável, e que pôs o público a mexer. Não poderia ter melhor cabeça de cartaz a encerrar a celebração de 3 dias.
Para o ano, sem dúvida, há mais. Entretanto vão ficando atentos às actividades da Fade In, que não se resumem ao Entremuralhas, mas a um sem fim de ideias interessantes que valem a pena seguir.

Texto: Ricardo dos Santos
Fotos: Carlos Palavra I CAPhoto Formação