Wednesday

Chip Hanna & The Berlin Three – Old South Jamboree (2008) – People Like You Records

Chip Hanna é baterista dos US Bombs e dos One Man Army mas, neste projecto, agarra as 6 cordas e dá largas às cordas vocais. Faz-se acompanhar dos Berlin Three: Andy Laaf (bateria), Tex Morton (guitarra, lap steel) e Valle (contrabaixo). Mas esta não é a primeira vez que estes senhores se juntam, podendo contar-se ainda com uma estreia homónima. Mescla de Rockabilly, Psychobilly, Streetpunk, Country, Bluegrass e Honky Tonk, este “Old South Jamboree” (nome do local onde a sua mãe Martha Hanna cantava) inclui 14 temas em cerca de 38 minutos. Pessoalmente, não sou grande fã de Country, a verdade seja dita, abomino, mas a fusão levada a cabo por estes senhores agrada-me. Há aqui temas que demonstram uma capacidade inata de escrever grandes malhas, sejam mais Rockabilly, mais Bluegrass, mais Rock ‘N’ Roll ou de outra das vertentes já referidas. Boa parte disso deve-se, com certeza, ao passado musical de Hanna e da sua família. Para fãs dos géneros acima citados mas, atenção, requer-se que tenham uma boa dose de abertura de espírito para suportar as fusões. 80% http://www.chiphanna.com/ / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS

Total Chaos – Avoid All Sides (2008) – People Like You Records

Mais uma descarga destes Punk Rockers Norteamericanos no activo há cerca de 18 anos. Depois de uma colectânea a marcar os 17 anos, e consequente digressão, não perdem tempo e gravam mais 13 temas de Punk da velha escola americana. A linha não muda muito. E para quê? Está muito bem assim. Neste “Avoid All Sides” deixam de lado, por momentos, algumas das influências Rock ‘n’ Roll e Streetpunk do anterior disco para se dedicarem a um Punk bem sujo, agressivo, sempre a abrir, com letras sócio-políticas com especial incidência no actual estado de tensão que se faz sentir nos USA. Não chega à meia hora de duração e nem precisa. É assim que se querem estes discos, curtos mas intensos. Punk As Fuck! 85% http://www.totalchaospunx.com/ / www.myspace.com/totalchaospunx / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS

Crown Of Glory – A Deep Breath Of Life (2008) – Metal Heaven

Os Crown Of Glory são Suiços e “A Deep Breath Of Life” é o seu disco de estreia através da Metal Heaven. O disco é composto por 11 temas de Power Metal com influências de AOR / Hard Rock e alguns toques (poucos) neoclássicos. São cerca de 62 minutos do mais puro Power Metal Europeu, hiper-melódico, pomposo, épico. Todos os tiques do género estão cá. Mas está muito bem feito e muitos pontos acima da média. É até muito melhor do que os últimos trabalhos de Stratovarius, por exemplo. A referida banda Finlandesa é uma das inúmeras influências destes Transalpinos, a par de Sonata Arctica, Edguy, Royal Hunt, Rhapsody Of Fire, Pretty Maids ou Europe. A produção mais “pesada”, em especial na bateria que está potente, o som bem nítido e alguma heterogeneidade (que falta a algumas bandas) ajudam muito ao resultado final. Peca apenas por ser algo longo. Um par de temas a menos, que estão apenas a “encher”, e ficaria muito melhor. Longe de ser a salvação de um género preso às suas restritas fórmulas, “A Deep Breath Of Life” é um disco que se destaca das inúmeras edições da mesma área musical que nos invadem hoje em dia. Falta ainda referir que o disco foi misturado por Dennis Ward dos Pink Cream 69. Apenas para os fãs deste tipo de Heavy / Power mais melódico. Os detractores do género mantenham-se a milhas porque vão odiar! Fica o aviso feito. 70% http://www.crown-of-glory.ch/ / http://www.metalheaven.net/
RDS

Viron – Ferrum Gravis (2008) – Metal Heaven

Depois da tão aclamada estreia “N.W.O.G.H.M.”, os Germânicos Viron regressam com “Ferrum Gravis”, o segundo disco. Não tive a oportunidade de ouvir o disco anterior logo, este é o meu primeiro contacto com a música da banda. Apesar de serem Alemães, o seu som deve muito mais ao Heavy / Power Norteamericano do que propriamente à cena Alemã / Europeia. Esqueçam alguma ideia pré-concebida sobre a sonoridade da banda, que poderá advir da sua nacionalidade. Aqui não há Power Metal hiper-melódico e pomposo com letras sobre dragões, reis ou castelos. Nos 9 temas do disco ouve-se Heavy / Power / Speed / Thrash saído directamente dos 80s mas com uma aproximação moderna ao género, influência directa de nomes como Iron Maiden, Accept, Saxon, Metal Church, Helstar, Omen, Manilla Road, Onslaught (fase “In Search Of Sanity”) ou Flotsam & Jetsam (fase inicial mais Speed), para nomear alguns. Potentes riffs de guitarra bem metaleiros, secção rítmica forte e segura e uma voz a meio caminho entre o grave e o melódico. Som forte, pesado, ora rápido ora a meio tempo, mas sempre com muita melodia e aquele ambiente épico inerente ao Heavy Metal de raiz. Quanto ao som propriamente dito, este ficou forte, pesado, agressivo e áspero, tal como se quer no género, mas limpo e nítido o suficiente, cortesia dos Kohlekeller Studios (Crematory, Sieges Even, Killers). E para não fugir à regra dos 80s, ainda temos direito a um fantástico tema épico, que encerra o disco, e que ultrapassa os 11 minutos de duração. Uma excelente aposta para quem gosta do seu Heavy Metal mais tradicional e sem muitos floreados. Metal up your ass! 85% www.myspace.com/viron1 / http://www.metalheaven.net/
RDS

Antillectual & Part Time Killer - Portugal




The Slackers - 14 de Março


Gazua - Lançamento de "Convocação"


Tuesday

Ascension Of The Watchers - Interview + Live 06

Ascension Of The Watchers – Numinosum (2008) – 13th Planet Records

Por esta altura, já todos devem saber que este é o projecto de Burton C. Bell dos Fear Factory, projecto esse que vai sendo trabalhado desde há 5 anos até à data. Além do referido músico, o projecto envolve também John Bechdel (Ministry, Fear Factory, Prong, Killing Joke) e Edu Mussi (Echoes And Shadows). Contam-se também participações de Al Jourgensen (Ministry, Revolting Cocks), o falecido Paul Raven (Ministry, Prong, Killing Joke) e Ben Bell. “Numinosum” é o disco de estreia, depois de um EP disponível apenas via online, e foi produzido pela banda em conjunto com Al Jourgensen. Ao longo dos 11 temas que compõem este disco, Burton C. Bell explora uma sonoridade que vai desde o Ambient ao Dark Folk, passando pela electrónica inspirada nos 80s e inclusive algumas passagens mais Goth / Dark. Alguns temas são mais inspirados que outros mas, mesmo não sendo uma obra-prima, não é um disco assim tão mau quanto isso. Para apreciar algum do material aqui contido (e repito, apenas algum!) basta ter uma mente aberta e não pensar muito no passado musical deste senhor.
Inicia bem com “Ascendant” num registo Dark / Industrial. “Evading” e “Residual Presence” continuam bem, com tendências 80s Dark / Gothic Rock e a característica voz de Bell. “Canon For My Beloved” inicia com o crispar de um vinil, gostei, mas depois segue uma orientação que não me agrada muito, fusão de canção linha songwriter / ambiental. O final já é mais intenso e agrada-me um pouco. “Moonshine” tem uma certa influência Folk / Pop. Não é mau, mas também não convence. “Mars Becoming” é um dos melhores temas, a par dos dois primeiros, e tem uma orientação muito Dark Folk / Industrial / 80s Dark Goth. Gostei muito. “On The River” é muito Pop. Não gostei do resultado final. “Violet Morning” é o pior tema deste trabalho. Um tema acústico, linha songwriter, muito “Popzito”, desenxabido, muito lindinho, “kitsch” ou, em português correcto, foleiro e azeiteiro ao máximo. “Like Falling Snow” puxa para o lado electro do trabalho. Linha trip hop mas com batidas mais fortes. Não gostei do resultado final. “Sounds Of Silence” é uma versão do original de Simon & Garfunkel. A escolha do tema já não é a mais certa. A orientação Ambient da versão também não ajuda muito. Fecha-se com “Quintessence”, um tema experimental / ambiental que ultrapassa os 9 minutos de duração e que se prolonga quase até aos 16 minutos com som de crispar de vinil para, finalmente, acabar com um refrão Gospel. Algo inútil e não tão bem conseguido este tema final.
Um disco mais heterogéneo do que poderia parecer à primeira. Essa é uma característica que poderia ser uma mais valia para este tipo de sonoridades mais “calmas” mas que, aqui, apenas serve para descer mais uns pontos pela falta de qualidade de alguns temas. Além disso, a excessiva duração do disco ainda lhe retira mais uns pontos.
Se estavam à espera de algo mais “pesado”, desenganem-se, esta é a outra faceta do conhecido músico. Ou alias, talvez a sua verdadeira identidade. Aliás, ele sempre afirmou que não é um “metalhead” de raiz. A audição do trabalho e consequente satisfação (ou falta dela), fica à vossa inteira responsabilidade. 60% http://www.thewatchers.org/ / http://www.myspace.com/aotw / http://www.thirteenthplanet.com/

RDS

Distribuido em Portugal por Compact Records: http://www.compactrecords.com/

Dinosaur + Powersource

Uma mensagem do caro amigo Dico:
-
Caros amigos,
Informo-os de que na minha página MySpace, localizada em http://www.myspace.com/dico_metal_incandescente, encontram para download gratuito alguns registos que gravei com os Dinosaur e Powersource, que incluem fotos e artigos de imprensa. Estão igualmente disponíveis outros trabalhos em que participei.
Um abraço,
DicoDinosaur

March Of Metal Fest - ADIADO!


Light Pupil Dilate - Interview

1 – With this new wave of insane, complex and technical Mathcore / Tech-Metal with Progressive and Jazz influences, aren’t you scared that Light Pupil Dilate can be labelled as “just one more trying to jump into the train”? How would you say LPD differs from the rest of those bands and what do you to have to offer?
Our music isn’t too complex and technical. We focused more on writing cohesive songs for Snake Wine, rather than just playing a bunch of cool sounding parts together. Snake Wine is really just a rock record w/ some teched out drums. A lot of the bands that play techmetal type stuff are METAL dudes. Eric and I are definitely not metal dudes. A good bit of the stuff we listen to is not metal. We just get hyped and pissed and what we write ends up being heavy, and Mr. Metal Mike Green constructs metal beats for the rock songs we write. It seems to work out well that way. Both Eric and I are pretty snotty and sarcastic, and you can see that in our lyrics.

2 – Are you satisfied with this new album, the songs, the recording process, production, final product?
We love this album and the songs. We can’t wait to put out the next one. The final product’s pretty awesome too, except that the distributor put a big fat ugly sticker over half of the cover art, which is pretty fucking stupid.

3 – There is a wide range of genres mixed up here and it seems that you have influences from several musical styles (Metal, Punk, Progressive, Post-Rock, etc) and bands like Sepultura, Slayer, Mastodon, King Crimson, Jesus Lizard, Fugazi, Man Or Astroman?, Dysrhythmia, Don Caballero, Converge, etc. What kind of bands do you listen and influence you to write music for LPD?
I like bands with strong bass presence, Eric likes bands with strong guitar presence, and Green likes bands with strong drum presence. We fight and play against each other to make our music. We listen to SOOOOOOOOOOOOOO many bands collectively, it’s hard to say. This week I’ve listened to Morphine, Techno Animal, Joy Division, Swervedriver, The Birthday Party, Helmet, Shiner, Seam, Arcwelder, 16 Horsepower, Mermen, Nels Cline, Godflesh, Deep Turtle, Demilich, and Wayne Shorter. I think I heard Eric listening to Schplongle, Berlin, and Panda Bear this week. Mike Green said he likes Gorillaz to me the other day. I think we’re all enamoured by the masterful songcrafting of Right Said Fred, that queen can write a song! We listen to and consume a ton of music, but it really doesn’t affect our writing very much. Songs just ooze out slowly like puss from an open wound. LPD is a big infected scabby mess of sound.

4 – Lifeforce Records is a label more focused on Thrash / Death / Metalcore, but they started to expand their catalogue signing a different array of bands like LPD. How did you ended up signing with Lifeforce?
Drew from Lifeforce America came and saw one of our arena shows in south Georgia, either in Griffin or Peachtree City. He was blown away by the huge amount of people there to see us, who were all moshing and singing all the words to all the songs… before the album was even released. He was blown away by the fact a small band like us has such a huge following with such die-hard fans and knew we’d be a cash-cow ripe for exploitation.

5 – What kind of subjects influenced you to write the lyrics for “Snake Wine”?
My lyrics half based on personal/life experiences and half abstract and weird. Eric’s are probably the same, but his lyrics tend to be a bit more abstract than mine. All the lyrics are very personal and very dark. We don’t write happy lyrics.

6 – The cover artwork for this record is quite enigmatic. Who is responsible for the front cover and what does it mean? Is it connected somehow with the lyrics?
The front cover is a snake skull was drawn up by an old roommate. The whole album has a snake motif, “Snake Wine”. Snake Wine is fucking menacing and creepy… which parallels a lot of the style of music we write and play, we thought it’d be a perfect title. And it is totally fitting. Snake Wine is liquor that Vietnamese folks cut open live snakes and bleed them into the booze, then stuff the body of the snake in the bottle.

7 – Do you have a tour prepared to promote the record?
We went on a DIY tour of the east coast/Midwest USA with another Lifeforce band Harlots, last fall. We’re working on another DIY tour for the US again this spring, and hopefully we’ll be hitting Europe this fall if everything works out right. Cross your fingers.

8 – One final question. Why “Light Pupil Dilate”?
Cause we fuckin’ rule, that’s why!

9 – You have now some space for a final message.
Body Massage.
http://www.youtube.com/watch?v=Ww3GTNv9hHk
Seriously. Body Massage MACHINE.

www.myspace.com/lightpupildilate / http://www.lifeforcerecords.com/

Questions: RDS
Answers: M. Chvasta