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Morkobot – Morto (2008) – Supernaturalcat

O trio Morkobot (constituído por Lin, Lan e Len) encera a sua primeira trilogia (que inclui ainda “Morkobot” e “Mostro”) com este novo trabalho, “Morto”. É constituído por um único tema instrumental (dividido em 3 faixas ou partes) que atinge quase os 40 minutos de duração. Metal experimental de contornos drone, com toques psicadélicos e industriais, é o que nos apresentam. Pesado, intenso, sufocante, psicadélico, é assim este “Morto”. E não há guitarras! É isso mesmo, apenas dois baixos, bateria e sintetizador. Há já muito tempo que não ouvia algo do género que me agradasse imenso como este disco (quando ouço as palavras “drone” ou “post” assusto-me logo). Um trabalho absolutamente genial! Para fãs de John Zorn, King Crimson, Jesus Lizard, Melvins, Sunn O))), Guapo, Zu, Isis ou Neurosis. 95% http://www.morkobot.com/ / www.myspace.com/morkobot / http://www.supernaturalcat.com/
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Morkobot - Zorgonllac (Live @ Roma)

Born From Pain – Survival (2008) – Metal Blade

Os Holandeses BFP estão de regresso com o novo de estúdio intitulado “Survival”. São 11 novos temas em pouco mais de 34 minutos que não trazem nada de novo. São os mesmos BFP de sempre, o mesmo estilo, as mesmas letras (ainda estão agarrados à cena 9/11, terrorismo, “new world order”, USA, etc), as mesmas influências (Sick Of It All, Biohazard, Agnostic Front fase 90s, Sepultura fase “Chaos A.D.”, Strife ou Hatebreed). A linha é, portanto, a mesma dos inícios da década de 90 e do Crossover que se fazia entre o NY Hardcore e o Thrash Metal. Até a imagem de tipos musculados acabados de sair do ginásio, os braços completamente tatuados, e a pose de durões está lá. E isso é mau? Em certa parte é, mas por outro lado, a música está bem feita, é potentíssima, tem peso, groove, rapidez, riffs bem sacados às 6 cordas, secção rítmica demolidora, voz áspera reminiscente de A.F. ou Strife (o que agrada). Uma excelente banda de Hardcore / Metal mas que, infelizmente, ficou presa num “loop”. Ou talvez seja essa mesma a intenção deles! Um álbum sem qualquer carácter relevante na música pesada mas que se curte muito bem (faz abanar a cabeça de início ao fim, e isso já é um feito). Para se curtir em casa e ir assistir à devastação ao vivo. 70% http://www.bornfrompain.com/ / www.myspace.com/bornfrompain / http://www.metalblade.de/
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Sam Alone – Dead Sailor (2008) – Raging Planet

Apolinário “Poli” Correia (Devil In Me, For The Glory) deixa de lado o Hardcore por momentos para se munir de uma guitarra acústica e uma harmónica, e assim enveredar pelos mesmos caminhos dos “songwriters” Norte-Americanos e a Country / Folk-Rock de nomes como Bod Dylan, Johnny Cash ou Bob Seger. A ideia chama a atenção e o primeiro tema, “Too Cold, Too Dark”, apesar de não ser nada de transcendental, agrada. Mas essa sensação de estar perante algo interessante desvanece-se rapidamente. A partir daqui, e até ao fim do disco, é um repetir de fórmulas, já por si, com pouca substância, tornando “Dead Sailor” monótono, insípido e perfeitamente dispensável. E, sinceramente, a voz de Poli começa a mexer com os nossos nervos passado um bom bocado. Além disso, a versão descaracterizada de “Instinct”, dos Strike Anywhere, deixa muito a desejar. Eu dispenso. 20% www.myspace.com/samalone / http://www.ragingplanet.pt/ / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal
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Capitão Fantasma – CF720 (MCD+DVD) (2008) – Raging Planet

Os míticos Capitão Fantasma regressam em 2008 com uma nova edição discográfica e a comemoração dos seus 20 anos. “CF20” é um conjunto de dois discos, um EP e um DVD. No CD encontramos 7 novos temas de estúdio na habitual linha Psychobilly / Rockabilly com influências de Punk e Garage. O DVD inclui os 3 vídeos promocionais do anterior álbum “Viva Cadáver” (“Cidade Suja”, “Se Eu Enlouquecer” e “Nem 20 Anos”), e 60 minutos em palco divididos por 3 actuações distintas (no Culto Bar como banda de abertura para os Meteors; no MusicBox aquando do lançamento de “Viva Cadáver”; e finalmente no Festival Optimus Alive 2007). Quanto ao CD, nada de novo a apontar, os temas seguem a mesma linha do anterior registo; apenas posso dizer que é um prazer ver que desta vez os C.F. estão a apostar na continuidade, não nos deixando muito tempo sem material novo. São apenas 22 minutos, mas servem muito bem o seu propósito e, tendo em conta a recente actividade da banda, não tardará muito a termos novo longa duração na rua. Além disso, temos também o formato vídeo para nos entreter. O único senão no DVD é o facto de o menu não ter as ligações identificadas. Não se sabe se estamos a aceder a um registo ou outro, funcionando um pouco ao acaso. Pelo menos e tivesse uma função de “play all”, o problema ficaria minimizado. Os promoclips são fáceis de identificar assim que os estamos a visualizar; quanto às actuações ao vivo, a prestação do Alive é fácil de assinalar (palco maior, mais público), mas as outras duas não (pelo menos para quem, como eu, nunca visitou o Culto ou o MusicBox). Fora este pormenor do menu, a imagem está muito boa, o som está bombástico, o trabalho de câmara está muito bom, recomenda-se portanto. Mais um lançamento essencial na carreira destes rockers tugas. Agora só falta mesmo a reedição dos dois primeiros trabalhos (ai esse “Hu Uá Uá”, quando é que eu vou encontrar um exemplar?!). 80% http://www.capitaofantasma.com/ / www.myspace.com/capitaofantasma666 / http://www.ragingplanet.pt/ / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal
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Capitão Fantasma - Cidade Suja

Sunday

Tadashi Goto – Innervisions (2008) – Progrock

O teclista / baterista Japonês Tadashi Goto regressa em 2008 com um novo trabalho de originais. Este é já o segundo disco e inclui 12 temas instrumentais de orientação progressiva com sério enfoque nas guitarras e teclados. Uma enorme lista de ilustres convidados presta o apoio nas guitarras (Ty Tabor, Sean Conklin, Chris Poland) e baixo (Tony Levin, Tony Franklin, Randy George). Mais Hard Rock que Progressive Rock, este disco faz lembrar os discos solo de guitarristas nos já longínquos 80s, mais centrados no formato canção do que nas longas e aborrecidas demonstrações de virtuosismo. Guitarras fortes, teclados omnipresentes, alguma experimentação quase obrigatória no género, perfeito balanço entre a vertente mais roqueira e a mais ambiental / experimental, estes são alguns dos elementos que compõem, “Innervisions”. O único senão é som mecânico de bateria programada. Não irá salvar o género mas, se já perderam a fé em discos instrumentais de Hard Rock / Progressive Rock, esta é uma boa aposta. 70% www.myspace.com/soundscape50 / http://www.progrockrecords.com/
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Seven Steps To The Green Door – Step In 2 My World (2008) – Progrock

Este septeto Alemão já conseguiu algum reconhecimento aquando da edição da estreia “The Puzzle” em 2006, tendo vencido nas categorias de Progressivo e Experimental nos German Rock and Pop Awards. Não conhecia o seu trabalho antes de me ter chegado este disco às mãos mas, pelo que ouço aqui, o referido prémio faz algum sentido. A fusão de progressivo, sinfónico, Pop, Jazz, Hip Hop e Rock é condimentada pela harmonia de 3 vocalistas distintos, músicos competentes, boas ideias, poder de composição e um sentido de canção Rock que faz falta a muitas destas bandas. O único senão é a longa duração do disco e ao fim de algumas músicas parece que está fechado num “loop” a reciclar as mesmas ideias. Fora isso, um disco fantástico. Para fãs de nomes como Genesis, Marillion, Pain Of Salvation, Porcupine Tree, Evergrey ou Ayreon. 85% www.sevenstepstothegreendoor.de / www.progrockrecords.com
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Rewiring Genesis – A Tribute To The Lamb Lies Down On Broadway (2008) – Progrock

O produtor / engenheiro de som Mark Hornsby e Nick D’Virgilio (voz / bateria; Spock’s Beard) juntaram esforços para reproduzir, na totalidade, o mítico álbum dos Genesis. Juntam-se a Nick D’Virgilio os seguintes músicos: Dave Martin (baixo), Jeff Taylor (teclas) e Don Carr (guitarras). Além da clássica formação voz/guitarra/baixo/bateria, o disco conta com arranjos orquestrais e outros pormenores interessantes proporcionados por violino, trombone, saxofone, piano, flauta, violoncelo, etc. Não suplantando, como é evidente, o clássico disco conceptual, este tributo consegue levar a música dos Genesis a outro nível, dando-lhe uma roupagem nova e trazendo uma obra-prima musical com 30 anos para o século XXI. Serão até capazes de conseguir “converter” mais algumas pessoas e leva-los a procurar o original. Eu gostei do que ouvi e recomendo-o a todos os fãs do original e meros curiosos. 85% http://www.ndvmusic.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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RC2 – Future Awaits (2008) – Progrock

Actualmente encontra-se radicado na Espanha mas o projecto RC2 tem origem na Venezuela, tendo-se formado após a dissolução dos Radio Clip, uma popular banda Rock desse país (e o país de origem deste vosso escriba). “Future Awaits” é o segundo disco de originais, após um longo hiato de 5 anos (“RC2” data de 2003), e contém 8 temas de Rock Progressivo com toques de Jazz e influências latinas. Não é nada de novo, soa cliché, e revela falta de ideias. Os temas parecem ter sido escritos em sessões de improviso e que não tiveram direito a uma reavaliação antes de entrar em estúdio. Poderá agradar a fãs acérrimos deste tipo de sonoridades de descendência Genesis, Yes ou Pink Floyd. Eu prefiro ouvir os originais, foram os pioneiros e são melhores. 50% http://www.rc-2.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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Presto Ballet – The Lost Art of Time Travel (2008) – Progrock

O projecto paralelo de Kurdt Vanderhoof (Metal Church) volta à carga com o 2º disco e 7 novos temas da linha Progressiva. As influências vão todas para a década de 70 e os nomes clássicos mas, em oposição aos seus pares, os Presto Ballet conseguem dar uma roupagem Hard Rock bem forte à sua música. Esqueçam a típica banda progressiva com material muito calmo, introspectivo, espiritual. Aqui o que podemos encontrar é o melhor dos dois mundos: o ambiente e características instrumentais do 70s Progressive Rock aliado ao peso a balanço do Hard Rock. Gostei muito e recomendo vivamente! Para fãs das bandas como Yes, Genesis, Kansas, Magnum, Deep Purple, Savatage ou Dream Theater. 90% http://www.prestoballet.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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Jack Foster III – Jazzraptor’s Secret (2008) – Progrock

O músico Norte-Americano Jack Foster III (voz / guitarra; Mojophonic, Full House) regressa com o 4º disco de originais, “Jazzraptor’s Secret”. Neste faz-se acompanhar por Trent Gardner (teclas; Magellan) e Robert Berry (bateria, baixo). São 10 temas de Symphonic Rock o que nos apresentam estes 3 músicos. Composições geniais, fantásticos riffs e solos de guitarra, uma secção rítmica segura e competente, teclados ambientais bem encaixados, tudo encimado pela fabulosa voz de Foster. Ora mais roqueiros, ora mais introspectivos, mas sempre com muita melodia (tanto a nível instrumental como vocal). Gostei muito. Irá com certeza agradar a fãs de nomes como Genesis, Yes, Asia, Pendragon, Kansas ou Magnum. 85% http://www.jazzraptor.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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Factory Of Dreams – Poles (2008) – Progrock

Factory Of Dreams é o novo projecto de Hugo Flores, guitarrista de Project Creation. Em 11 temas faz-se a fusão de sonoridades Progressive / Symphonic Rock, electrónica (vertentes trip-rock e ambiental) e elementos do universo Gótico. Ao Hugo Flores juntam-se a vocalista Sueca Jessica Letho e o baixista Chris Brown (com uma breve participação). Tenho sentimentos contraditórios em relação a este projecto / disco. A música de F.O.D. não anda muito longe daquilo que fazem certos nomes da cena Symphonic / Gothic Metal com voz feminina como The Gathering, Leaves Eyes, Sirenia, Theatre Of Tragedy ou Within Temptation, embora com uma aproximação mais “calma” e ambiental ao género (o nome do projecto pode dar algumas pistas). Está bem feito, contém boas ideias, a voz é fantástica mas… há aquela constante sensação de “déjà-vu”. E no entanto não consigo deixar de ouvir. Basta estar no estado de espírito certo e “Poles” pode ser uma agradável companhia. Está, no entanto, longe de ser uma peça indispensável. 70% http://www.sonicpulsar.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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Poles - Exclusive Album Preview

Evolve IV – Decadent Light (2008) – Progrock

É já habitual hoje em dia, na cena Progressiva pelo menos, músicos de diversas nacionalidades criarem projectos musicais. Neste caso temos o Britânico Peter Matuchniak (guitarra / teclas; Mach One, Janysium) e o Norte-Americano Michael Eager (voz / guitarra; Vitamin Funk, Mind Expansion, HED). A estes juntam-se ainda o baterista Paul Sheriff e o baixista Jim DeBaun, os quais conheceram através de anúncios na internet. Habitualmente este tipo de projectos deixa muito a desejar; são pessoas que nunca se conheceram pessoalmente antes do projecto (sem contar a interacção via internet), e não existe, na maioria dos casos, aquela empatia e amizade que se encontra numa banda “normal”. A música acaba por soar mecânica, fria e forçada. É o que acontece aqui? Em parte, mas também há ideias interessantes que até resultam. Mas, no geral, não há nada que não se tenha feito antes, e de melhor forma. As influências passam tanto pelas bandas clássicas como Genesis, Pink Floyd, Yes, Beatles ou projectos Pop / Rock recentes como Coldplay ou Radiohead. 50% http://www.musicevolve.com/ / http://www.progrockrecords.com/
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