Wednesday

Vengeance – Soul Collector (2009) – Meal Heaven

Os Holandeses Vengeance regressam com novo trabalho de estúdio intitulado “Soul Collector”. Com uma carreira a ultrapassar os 25 anos, esta é uma daquelas bandas que marca mais pela perseverança do que pela música que lança. Não estou com isto a querer dizer que estas sejam bandas más, pelo contrário, mas não passam muito da mediania. A mim até me fazem lembrar, não sei porquê, aquele tipo de bandas que agradam aos “motards” mais “old school”. Podem ter gravado excelentes discos na década de 80, mas acabam por cair no esquecimento, ter problemas internos e posterior abandono de membros, passar pelos habituais problemas com editoras, etc. Os Vengeance encaixam-se neste rol de bandas na perfeição. E este novo disco? Tem bons temas de Hard Rock bem balançado, melódico, e pesado quanto baste, mas sempre com aquele sentimento de “déja vu”. E então a típica balada melosa que não agrada nem às mulheres (porque não é assim tão “bonitinha”), nem aos homens (porque é uma balada, e isso “é para as gajas”)? De qualquer modo, há temas que agradam. Para ouvir numa noite de copos num qualquer bar de “motards”, inserido numa “playlist” que inclua também AC/DC, Deep Purple, Whitesnake, Saxon, UDO, talvez um “temazito” de Motörhead, e a incontornável “Born To Be Wild” dos Steppenwolf (he he). 60% http://www.metalheaven.net/ / http://www.vengeanceonline.nl/ / www.myspace.com/vengeancebackinthering
RDS

Burning Point – Empyre (2009) – Metal Heaven

O quinteto Finlandês volta ao às edições com “Empyre”, um disco que traz 11 novos temas (sendo a introdução uma adaptação metaleira de “The Godfather Theme”). Desde o primeiro disco que estes tipos me chamaram a atenção e, até agora, nunca desiludiram. Nada de novo ou original, isso é verdade, mas gosto da abordagem que fazem ao típico Heavy Metal de descendência 80s, fundindo-o na perfeição com elementos de Hard Rock, Power Metal e até algum Glam Rock. Conseguem destacar-se facilmente de inúmeras bandas do género que inundam o cenário metálico mundial. Nesta nova proposta voltam a surpreender e, quem já os conhece, reconhece imediatamente o estilo pessoal. Desde temas orelhudos e potenciais “hit singles” (se isso existisse no Heavy Metal) como “Maniac Merry-Go-Round” ou “Only The Wrong Will Survive”, passando por temas rápidos e poderosos (“Face The Truth”), até alguns mais épicos (“Fool’s Parade”) e “power ballads” (“Was It Me”, ou a fantástica “Cruel World”). Para fãs de nomes tão díspares como Iron Maiden, Europe, Survivor, Rainbow, Stratovarius, Accept, Helloween, Manowar, Magnum, Running Wild, Skid Row ou Motley Crue. Recomendo também a audição dos 3 discos anteriores. 85% http://www.burningpoint.net/ / www.myspace.com/burningpoint / http://www.metalheaven.net/
RDS

Autumn – Altitude (2009) – Metal Blade Records

Os Holandeses Autumn regressam com um novo trabalho de estúdio intitulado “Altitude”. A estreia “My New Time” foi bem recebida pela imprensa e fãs e eu, particularmente, gostei muito da sonoridade da banda. Esta continua na mesma linha, fusão de Hard ‘N’ Heavy, Gothic Rock, algum Progressivo, samplers electrónicos bem encaixados e certa ideias do Pop / Rock mais tradicional, tudo encimado por uma voz feminina suave, melódica, mas segura. Não é das bandas mais originais ao cimo da Terra mas o que fazem, fazem-no bem. Alguns dos nomes que se podem referir, tal como no disco anterior, como linhas de orientação são The Gathering (segunda fase menos pesada), Paradise Lost (fase mais Rock), Tiamat, Porcupine Tree, Ayreon, After Forever ou até, porque não, ABBA. Recomendo. 80% http://www.metalblade.de/ / www.autumn-band.com / www.myspace.com/autumnband
RDS

The Loved Ones – Distractions EP (2009) – Fat Wreck Chords

Após regressar de uma digressão de suporte à anterior proposta, “Build And Burn”, os Loved Ones voltam a estúdio para registar mais um punhado de temas. O resultado final é este EP “Distractions” que inclui cerca de 16 minutos de música, divididos em 6 temas, entre os quais versões de Bruce Springsteen, Billy Bragg e Joe Strummer. O estilo continua o mesmo de sempre, fusão de Punk Rock melódico com Rock de orientação Americana e melodias quasi-Pop simples mas extremamente eficazes. Não é o meu estilo predilecto mas estes tipos fazem-nos bem e, desde o 1º disco que me atraíram para o seu mundo. A edição é feita em CD, vinil de 12” e “download” digital. 80% http://www.fatwreck.com/
RDS

Sunday

V/A – Swedish Death Metal Compilation (2009) – Index Verlag

Para celebrar a edição Alemã do livro do mesmo título, do autor Daniel Ekeroth, a Index Verlag edita em triplo CD, formato digibook, uma assombrosa antologia do Death Metal Sueco, desde as suas origens na segunda metade dos 80s até aos nosso dias. São 52 temas que ultrapassam as 3 horas e meia de duração. A acompanhar a componente áudio está um livrete de 16 páginas que inclui uma nota introdutória de Daniel Ekeroth, assim como notas para cada tema incluído e muita mais informação relevante. O primeiro CD retrata os primórdios do género e a fase de maquetes, com nomes como Mefisto, Merciless, Nihilist, Carnage, Therion, Tribulation, Grotesque, Dismember, etc. No segundo CD retratam-se os primeiros álbuns e aqui figuram nomes óbvios como Entombed, Dismember, Grave, Unleashed, Tiamat, At The Gates, Edge Of Sanity, Therion, Marduk ou Dissection, por exemplo. As várias vertentes são devidamente exploradas: desde o típico som “old school” de Estocolmo até às experiências “midtempo”, atmosféricas e com toques sinfónicos; passando pela fusão de Death e Black que, nesta altura, ainda não estavam bem diferenciados; a génese do som de Gotemburgo; e até algum Grindcore e material mais recente de inclinação retro. No terceiro CD dá-se o passo em frente no calendário e ouvimos a fase de ouro do estilo através de uma segunda vaga com Seance, Evocation, House Of Usher; Crypt Of Kerberos, etc, e ainda nos é apresentada uma banda mais recente, Katalysator, indicando que o estilo ainda continua bem vivo e recomendável. O som está fantástico e, excluindo um par de temas provenientes de gravações mais antigas e/ou “caseiras” (aí nada a fazer), nota-se que houve um extremo cuidado na recuperação de algumas raridades. Esta é, sem dúvida alguma, a melhor antologia do Death Metal Sueco já editada. Para quem, como eu, viveu o Underground Europeu durante muitos anos, esta é uma edição indispensável. Infelizmente, para mim, esta crítica é baseada em mp3 de avanço faltando, além de um tema, a componente física e gráfica. Mas já serviu para me deixar com água na boca para o produto final, disponível a partir de dia 2 de Março. 90%
RDS