Monday

The Black Halos – We Are Not Alone (2008) – People Like You Records

Ah, mais um álbum de originais destes Canadianos! Toda a sua discografia é fabulosa. Este novo “We Are Not Alone” não foge à regra. O estilo é o mesmo de sempre, não há nenhuma mudança em relação ao passado, não há experimentações. E isso é não é propriamente mau. Pelo contrário. Para uma banda destas, mais do mesmo significa mais do melhor. Fusão Punk, Rock ‘n’ Roll, Glam e Hard Rock. Sex Pistols, Vibrators, New York Dolls, Social Distortion, Johnny Thunders, AC/DC, Tattoo Rose, Motörhead, Ramones, Kiss, Johnny Cash, MC5, Backyard Babies, Rancid e Bouncing Souls, tudo no mesmo caldeirão. São 12 novos temas sing-a-long, descontraídos, divertidos, cheios de alma, divididos em cerca de 41 minutos produzidos pelo conceituado Jack Endino (Nirvana, Soundgarden). Aconselhável a fãs do género. Rock ‘N’ Roll Up Your Ass! 75% http://www.blackhalos.net/ / www.myspace.com/blackhalos / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS

Burning Skies – Greed. Filth. Abuse. Corruption (2008) – Lifeforce Records

Terceiro trabalho para os britânicos Burning Skies. Nesta nova proposta enveredam por um estilo mais brutal, violento e pesado que nos predecessores “Murder By Means Of Existence” e “Desolation”. As influências Hardcore ainda abundam, mas o estilo é muito mais Death / Black / Grind. Já me tinham chamado a atenção nas anteriores propostas, mas neste “Greed. Filth. Abuse. Corruption” estão muito mais ao meu gosto. Aprimoraram a fórmula e neste momento encontram-se no topo da sua forma. Riffs incisivos, secção rítmica brutal, vocalizações alternadas entre o guttural, o gritado e um registo mais “core”. Para fãs de Morbid Angel, Suffocation, Cannibal Corpse, Converge, Slipknot, Job For A Cowboy, Neaera, Regurgitate ou Nasum. Aconselho vivamente! 80% www.myspace.com/burningskies / http://www.lifeforcerecords.com/
RDS

Sideblast – Flight Of A Moth (2008) – Cyclone Empire / Sure Shot Worx

Fiquei assombrado, quando li na nota de imprensa, que esta banda existe apenas desde 2004 e já tem este nível de qualidade, em termos de composição e técnica musical. Estes novatos Franceses apresentam na sua estreia “Flight Of A Moth” uma fabulosa fusão de Thrash, Death, Grind, Black e Industrial / Symphonic Metal. Dez temas (e um bónus, uma versão de “Arise” dos Sepultura) perfazem pouco mais de 43 minutos de violência sonora. Mais extremo que isto é muito difícil! Secção rítmica devastadora, ultra-técnica, brutal; riffs de guitarra agressivos e incisivos; voz ora gutural ora mais gritada mas sempre no extremo; e teclas / samplers épicos, sinfónicos, intensos, quasi-cinematográficos a encimar todo este caos. Numa linha similar, podemos destacar o que os Biomechanical tentaram fazer, mas sem um resultado positivo. Até mesmo a singular versão de “Arise”, a fechar o disco, está soberba, tendo conseguido a banda transpor o tema na perfeição para o seu universo. Para fãs de Strapping Young Lad, Fear Factory, Emperor, Behemoth, Morbid Angel, Gojira, Biomechanical, Nasum e Slipknot. 95% www.myspace.com/sideblast / http://www.cyclone-empire.com/ / www.myspace.com/cycloneempire / http://www.sureshotworx.de/
RDS

The Scourger – Dark Invitation To Armageddon (2008) – Cyclone Empire / Sure ShotWorx

Este é já o segundo disco para estes Finlandeses. The Scourger é composto por ex-elementos de Gandalf, The Wake e Divine Decay. “Dark Invitation To Armageddon” é uma potentíssima descarga de Thrash Metal a meio caminho entre o tradicional e o moderno. Ao todo são 12 temas (mais intro) em cerca de 1 hora de claras influências Destruction, Sodom, Exodus, Slayer, Testament, Sepultura, Grip Inc., The Chasm e The Haunted. Os riffs e melodias de guitarra são do mais fantástico que já ouvi nos últimos tempos, chegando mesmo a contrastar com os novos trabalhos de Exodus. A secção rítmica é demolidora, rápida, brutal. E a voz rasgada ainda aumenta mais a violência sonora a que estamos sujeitos. Com todo este ressurgimento do Thrash Metal a que estamos sujeitos hoje em dia (que é bemvindo), é bom ouvir bandas com este nível e esta qualidade, e não apenas mais uma igual a tantas outras. Não que os The Scourger sejam inovadores, pois no Thrash Metal já está tudo mais ou menos definido, não deixando muito lugar para manobras, mas os Scourger fazem-no com um à vontade e uma qualidade superior deveras surpreendentes. E como a cereja no topo do bolo temos a fantástica capa desenhada por Joe Petagno (famoso pelas suas capas para os míticos Motörhead). Este é mesmo um daqueles álbuns que não nos deixa ficar impassíveis e nos obriga a um “headbanging” intenso, a sacar da nossa “air guitar” e a manter os “horns up” bem alto. Para os maníacos do Thrash e nem só. 90% http://www.thescourger.net/ / www.myspace.com/thescourger / http://www.cyclone-empire.com/ / www.myspace.com/cycloneempire / http://www.sureshotworx.de/
RDS

Freevil – Freevil Burning (2007) – Nastified Productions

Ex e actuais elementos de Denata, Witchery, Seance, Phanatos e Satanic Slaughter formam este novo projecto de Metal moderno Sueco. Fusão de Thrash, Death, Black e Industrial Metal, a estreia “Freevil Burning” oferece 10 temas, em pouco mais de 44 minutos. Descargas metaleiras pesadíssimas, rápidas, com muito groove, e ambientes bem intensos e épicos quasi-cinematográficos. Riffs incisivos, melodias cativantes, secção rítimica forte e segura, voz demoníaca e sons sintetizados bem épicos. Esta é um das propostas mais cativantes que já ouvi nos últimos tempos. Grandes malhas? Todo o disco é uma grande malha de início ao fim. Para fãs de Denata, Witchery, King Diamond, The Haunted, Children Of Bodom, Arch Enemy, Dimmu Borgir, Cradle Of Filth, Centinex, Devin Townsend Band, Notre Dame ou Hypocrisy. 85% http://www.freevil.se/ / www.myspace.com/freevil
RDS

M-PeX – Phado (2007) – Thisco / Fonoteca Municipal

M-PeX é Marco Miranda. Marco Miranda é M-PeX. “Phado” é a sua estreia de longa duração. Nove temas preenchem esta rodela cinzenta. Mas apenas cinzento é o suporte físico pois o conteúdo é colorido. Ou talvez nem tanto. Reencarna-se em “Phado” uma alma Lusa negra, depressiva, sonhadora, outonal, ora quente ora fria, plena de Saudade. “Phado” faz uma fusão do tradicional, do Fado, do som característico da guitarra Portuguesa e das tradições Lusas com o moderno, urbano, frio, distante, através da electrónica, seja ela de carácter ambiental, experimental ou ainda dos domínios do drum’n’bass. Alguns temas, como “The Cloud’s Whispering Song” ou “Phadistikal” soam muito Pop, algo brejeiros até, mas temas como “Phado Menor”, “Hydheia”, “Melodias De Saudade” ou “Balada Do Tejo” valem a pena a viagem a que Marco nos convida neste “Phado” que é bem seu, mas que tem muito do nosso (e dele). Para colocar ao lado de discos de Dwelling, In Tempus, Gnomon, Mandrágora ou Samuel Jerónimo. Altamente recomendável. 90% www.myspace.com/mpex / http://www.thisco.net/ / http://fonoteca.cm-lisboa.pt/
RDS

Gnomon – Gnomon (EP 2006) – Edição de Autor

Gnomon é a palavra universal para o ponteiro do relógio do sol. Gnomon é também um septeto de carácter instrumental oriundo de Joane, Norte De Portugal. Este é o seu trabalho de apresentação, homónimo, datado de 2006 e alinhado em 3 fantásticas composições (uma delas dividida em 4 actos), em pouco mais de 21 minutos. Fusão de progressivo, Jazz, Folk e Celta, a música dos Gnomon vai beber a fontes tão diversas como Rão Kyao, Júlio Pereira, Carlos Paredes, Zeca Afonso, Petrus Castrus, Banda Do Casaco ou Filarmónica Fraude. Ainda bem que muitas bandas e projectos deste género estão a surgir um pouco por todo o país. Cria-se, nestes projectos, uma ponte entre a tradição musical, a poesia, as paisagens, a história, a alma Lusa e o moderno, urbano, progressista. Projectos como Gnomon, assim como Dwelling, Mandragora, M-PeX, In Tempus, Thragedium, Moonspell e outros tantos, insistem em manter vivas as tradições Lusas, de uma maneira ou doutra, cada um à sua maneira, conferindo-lhe nouvas roupagens, mais modernas, para assim a manter fresca e saudável. Altamente recomendável. 90% www.myspace.com/gnomongnomon
RDS