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Ordo Rosarius Equilibrio – O N A N I [Practice Makes Perfect] (2009) – Cold Meat Industry

Os Ordo Rosarius Equilibrio regressam com aquele que é já o seu 8º álbum. Em pouco mais de 48 minutos ouvimos 11 temas da já habitual sonoridade O.R.E. Desta feita os temas são apresentados numa orientação quasi-Pop, no sentido do formato de canção. Dark, ethereal, martial, folk e pop fundem-se com líricas de cariz sexual, sensual, erótico. Guitarras aliam-se a percussões primitivas, órgãos e pianos colaboram na perfeição com uma caixa de ritmos, coros de igreja harmonizam com gemidos e vocalizações femininas angelicais mas sedutoras. Tudo condimentado com um certo humor negro e uma sexualidade entre o espiritual e o carnal. Como se refere na nota de imprensa, não se chega a cair no erotismo barato, nem mesmo na pornografia descarada, podendo-se falar até numa banda sonora de contornos Dark para um filme de Tinto Brass. Não é o melhor trabalho dos O.R.E., mas os fãs do projecto já sabem o que esperar e não ficarão desiludidos. 80% http://www.coldmeat.se/ / www.ordo-rosarius-equilibrio.net/ / www.myspace.com/ordorosariusequilibrio
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Suidakra – Crógacht (2009) – Wacken Records

Depois de um “best of” em 2006, o trio teutónico Suidakra regressa no início de 2009 com um novo registo de originais intitulado “Crógacht”. Para manter o som fresco adicionam, ao já habitual Pagan / Folk Metal, novos elementos tais como instrumentos tradicionais, um coro de 16 pessoas e arranjos orquestrais. Confesso que não sou grande fã deste tipo de sonoridade e que me soa tudo igual, de banda para banda, de disco para disco, de tema para tema. Para uma banda ou disco me surpreender nesta linha musical é necessário ter aquele “je ne sais quoi”. E aqui não está presente, isso é certo, mas não me desagradou de todo. A abordagem que os Suidakra fazem ao género é própria e, mesmo não sendo nada de transcendental, agrada e satisfaz. E, para os fãs “diehard” de histórias, lendas e mitologia, posso ainda informar de que “Crógacht” é um disco conceptual baseado na dramática lenda Irlandesa do herói Cuchulainn e seu filho Conlaoch. Se tiverem que ouvir apenas um par de discos do género (recentes, isto é, não falemos em clássicos), este tem de estar entre as escolhas. 75% http://www.suidakra.com/ / www.myspace.com/suidakra / http://www.wackenrecords.com/
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Deceiver – Thrashing Heavy Metal (2009) – Pulverised Records

Os Suecos Deceiver reuniram-se uma última vez para gravar o seu “canto do cisne”, “Thrashing Heavy Metal”. Em 10 temas, que não atingem os 35 minutos, pratica-se um Thrash Metal da velha escola com fortes influências de Mercyful Fate e Judas Priest. O típico som Sueco de finais dos 80s e inícios dos 90s é também notório nesta fusão de Heavy e Thrash. Tem os seus pontos de interesse, mas também tem os seus pontos fracos. Há aqui boas ideias, riffs, solos, melodias, mas ao fim de alguns temas, torna-se algo monótono e cansativo. Esgota-se muito rapidamente e isso é mau. No entanto, não me interpretem mal, esta é uma boa aposta para os fãs deste tipo de sonoridades, das bandas acima mencionadas e outras como Venom ou Dismember. 65% www.myspace.com/deceiverswe / http://www.pulverised.net/
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Tribulation – The Horror (2009) – Pulverised Records

“The Horror” é o disco de estreia para os Suecos Tribulation. Death / Thrash de inspiração “old-school” com uns toques de Black Metal é o que nos oferecem em 9 temas que não atingem a marca dos 33 minutos. Curto, rápido, cru, incisivo, sem misericórdia, é assim que se quer. As influências são mais que notórias mas, isso aqui não interessa minimamente, pois o espírito é verdadeiro, puro, sincero. O som é cru e agressivo como ser quer, mas nítido e poderoso, não caindo naquela ideia absurda de que para ser Underground e “old School” tem que ter um som nojento do tipo gravação caseira. Venom, Slayer (dos inícios), Morbid Angel (dos inícios), Nihilist, Grave, Dismember, e outros que tais, podem ser nomes a apontar no Universo Tribulation. Este é daqueles discos que transpira Metal por todos os poros. Altamente aconselhável. 85% http://www.pulverised.net/
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Magenta – Art And Accidents (2009) – AT&MT

Magenta é um projecto de Anders Odden (Apoptygma Berzerk, Cadaver, músico de sessão para Satyricon, guitarrista ao vivo de Celtic Frost), no qual se faz acompanhar pela voz de Vilde Lockert e pela guitarra de Daniel Hill. Embora a sonoridade de Magenta seja perfeitamente homogénea, aqui não há fronteiras ou limitações de qualquer género, misturando-se influências de quadrantes tão diversos como darkwave, gótico, metal, rock, new wave ou pop, por exemplo. Uma hora de orientação Goth / Dark / Electro dividida em 10 temas, 2 remisturas e uma versão original de uma das faixas anteriores é o que nos apresentam. Destacam-se ainda participações especiais de membros de Apoptygma Berzerk, Gothminister e Gluecifer. Longe de ser algo de novo ou refrescante, passeando-se até perigosamente pelos clichés do género, “Art And Accidents” é, mesmo assim, um disco interessante e agradável de se ouvir. Já se ouviu isto algures, é verdade, é essa a sensação ao ouvir este disco, mas está bem feito e destaca-se perfeitamente. Eu gostei e recomendo a fãs de Sisters Of Mercy, Apoptygma Berzerk, Depeche Mode, Assemblage 23, De/Vision ou L’Âme Immortelle. 80% http://www.magentamagenta.com/ / www.myspace.com/magenta
RDS