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Saturday

Flash Reviews: RISE ABOVE RECORDS

Admiral Sir Cloudesley Shovell “Keep it Greasy!” (Rise Above Records, 2016)
Terceiro de originais dos Britânicos. Retro Hard Rock setentista de inspirações Pentagram, Hawkwind, Budgie, Blue Cheer, Sir Lord Baltimore, Buffalo ou Bang, para nomear alguns. São 8 novos temas espalhados por 45 minutos que em nada deixam a desejar ao que se fez na década de 70. No meio de tanta banda retro que saltou para a onda nos últimos anos, é bom ouvir alguém que o faz da maneira certa. 80% RDS

Antisect “The Rising of the Lights” (Rise Above Records, 2017)
Saídos da cena Anarco Punk Britânico dos inícios dos 80, os Antisect separaram-se em 1987 deixando para trás um punhado de edições, em particular a pérola do Punk Anarca “In Darkness There is No Choice“ de 1983. Reuniram-se em 2011 para alguns concertos e têm estado minimamente activos. Este ano de 2017 vê a edição do seu primeiro trabalho de estúdio em 32 anos. São 9 temas em 50 minutos do mais puro e honesto Anarcho Punk / Crust / Metal que ouvi em alguns anos. Altamente aconselhável! Para fãs de Conflict, Crass, Killing Joke, Neurosis, High On Fire. 90% RDS

Galley Beggar “Heathen Hymns” (Rise Above Records, 2017)
Folk Rock vindo do Reino Unido, descendente directo de bandas como Fairport Convention, Steeleye Span, Trees, Fotheringay ou Comus. A música dos Galley Beggar tem tanto de Folk tradicional como de rock psicadélico dos finais dos 60s. “Heathen Hymns” é já o 4º disco de originais, mas apenas o 2º para a Rise Above (os dois primeiros foram edições de autor). Aos 6 novos temas originais juntam-se 2 versões bem próprias dos tradicionais “Let No Man Steal Your Thyme” (com a participação de Celia Drummond dos Trees) e “The Girl I Left Behind Me”. São 42 minutos que irão com certeza agradar a ouvintes de Acid Folk, Folk Rock, 70s Progressive ou 60s Psychedelia. Recomendado. 90% RDS

Ides Of Gemini “Women” (Rise Above Records, 2017)
Já no seu 4º disco de originais (contando com EP de estreia), os Ides Of Gemini trazem 43 minutos de vocalização feminina que fundem Goth Rock dos 80s com o peso do Doom Metal tradicional. No entanto, esta caracterização é algo redutora para a sonoridade dos Norte-Americanos, pois também há elementos q.b. de Post-Punk ou 70s Hard Rock, mesclados numa personalidade muito própria. Já tinha ouvido o anterior “Old World New Wave” e achei interessante, mas ficou apenas a curiosidade. Este novo trabalho está uns pontos acima e vai-me obrigar, sem dúvida, a revisitar a discografia anterior. Não confundir com o punhado de bandas retro com voz feminina, pois os Ides Of Gemini estão a outro nível. 85% RDS

Naevus “Sun Meditation” (Reissue) (Rise Above Records, 2017)
Os Naevus são oriundos da Alemanha e tocam um Doom Metal tradicional bem balançado, melódico e roqueiro. A banda esteve activa durante toda a década de 90, dando por encerrada a sua curta carreira em 1999. Para trás ficou este “Sun Meditation” de 1998, o qual vê agora reedição por parte da mesma editora, Rise Above, mas desta feita nos formatos vinil e digital. De salientar que a banda se reformou em 2012, para fazer a primeira parte dos Saint Vitus, e decidiu continuar no activo. Em 2016 lançaram o novo trabalho “Heavy Burden”. Em 2017 surge esta reedição. Uma banda a ter em conta se gostam de Saint Vitus, Trouble, Spirit Caravan ou Cathedral. 80% RDS

With the Dead “Love From With the Dead” (Rise Above Records, 2017)
Segundo álbum de estúdio para os Britânicos With The Dead, banda que conta nas suas fileiras com músicos ilustres como Lee Dorian (ex-Cathedral, ex-Napalm Death), Leo Smee (ex-Cathedral, ex-Firebird, Chrome Hoof), Tim Bagshaw (ex-Electricx Wizard, ex-Ramesses) e Alex Thomas (ex-Bolt Thrower). Doom lento, pesado, opressivo, apocalíptico é o que nos apresentam neste mais recente projecto. Depois da estreia homónima em 2015, voltam à carga com mais do mesmo em 7 temas que perfazem 66 minutos (estava lá quase o outro 6). Por cima dos riffs monolíticos pesados e da cadência arrastada, as letras niilistas são acentuadas pela voz grave de Lee Dorian. Se dúvidas havia em relação a isto ser apenas mais um projecto paralelo, estão dissipadas com “Love From With The Dead”. 85% RDS

Wednesday

AZTEC MUSIC

A Aztec Music é uma editora Australiana direccionada para as reedições de clássicos oriundos das terras de “down under”, nas linhas do 70s Hard Rock, Classic Rock e seus derivados. Depois de uma primeira remessa de discos que me chegaram às mãos por parte da mesma, eis que apresento a segunda leva com mais seis títulos. Por ordem alfabética, seguem as apreciações de alguns discos perdidos no tempo, recuperados pela Aztec.

Buffalo “Dead Forever” (1972)
Falar em 70s Hard Rock Australiano e não falar nos Buffalo é quase sacrilégio. A estreia “Dead Forever” foi originalmente editada em 1972 e continha 8 temas. Esta reedição inclui 5 faixas bónus, entre as quais os dois temas de “Hobo”, single de 71 dos Head (banda pre-Buffalo de Tice e Wells), e três B-sides de 72, além de um livrete pleno de informação e imagens. Heavy Rock com toques Blues, Psychedelic e Doom. Influências notórias de Sabbath, Uriah Heep, Free e Zeppelin fazem o resto. Pelo meio versões de Free, Blues Image e Chuck Berry. Não é meu disco favorito dos Buffalo (deixo isso para o “Volcanic Rock”), mas está bem posicionado na lista de escolhas. 85%

Buffalo “Only Want You For Your Body” (1974)
O Doom da estreia ficou um pouco para trás e a banda começou a puxar mais pela costela Hard Rock de descendências Deep Purple. São 7 temas originalmente lançados em 1974, aqui adicionados de 2 bónus (e o habitual livrete completíssimo, apanágio destas reedições Aztec). Longe de ser um disco perfeito, mesmo assim está uns furos acima de “Average Rock ‘N’ Roller” e “Mother’s Choice” (o mais fraquito de todos). Na minha lista ficaria talvez em 2º lugar ex-aequo com “Dead Forever” (é difícil compara porque são dois álbuns distintos). 85%

Buster Brown “Something To Say” (1974)
Estando esgotado há mais de 30 anos, esta é a oportunidade de adquirir o único disco dos Buster Brown, banda com ligações (leia-se músicos) a outros nomes Australianos como AC/DC, Rose Tatto, Coloured Balls, etc. Além dos 7 temas originais, 6 bónus foram adicionados, entre os quais o single “Release Legalise”, uma raridade de 80 dos Rose Tattoo, e a versão de Chuck Berry. Hard Rock pouco pesado de onda Blues Rock, dançável, quase Funky. Demasiado “alegre” e “limpo” para me agradar, mas com alguns pontos de interesse. 70%

Lobby Loyde with Sudden Electric “Live With Dubs” (1980)
Pelo menos o título não induz em erro os fãs. Isto são gravações ao vivo que tiveram posteriores dubs em estúdio, visto um dos micros ter tido algumas falhas em concerto. Lobby Loyde (The Aztecs, Coloured Balls) assina as 6 composições incluídas no disco original, originalmente escritas para os Southern Electric. Como bónus há 4 temas de Lobby Loyde & Ball Power gravados em 2000 (“live without dubs”, dizem eles), entre os quais 2 temas de Coloured Balls e uma versão de “Heartbreak Hotel” de Presley. Algures entre o Hard Rock de finais dos 70s e o Punk ‘N’ Roll, esta rodela transpira espírito Rock por todos os poros. Som pesado, cru, intenso, roqueiro quanto baste. Gostei. Para completistas e curiosos. 75%

Madder Lake “Still Point” (1973)
Blues Rock de contornos psicadélicos e progressivos. Era esta a proposta dos Madder Lake em 1973. Aos 7 temas originais adicionam-se ainda outros 7 como bónus (entre B-sides e faixas ao vivo). Não é tipo de sonoridade que a mim me agrade pois assenta muito numa vertente limpa e algo comercial (para a altura, entenda-se). Falta-lhe algum peso ou, em contrapartida, uma orientação mais progressiva e experimental. Nem a etiqueta Psychedelic que lhe atribuem tem muito significado. Fica a meio caminho sem cair para alguma das vertentes. Para completistas apenas. 60%

Madder Lake “Butterfly Farm” (1974)
O trabalho que sucede a “Still Point” não muda muito a sonoridade da banda. E também não muda a minha opinião acerca da mesma. Soa-me um pouco melhor que o anterior, mas não vai muito além da mera curiosidade. Aos 8 temas originais junta-lhe outros quatro esta reedição da Aztec. Gosto da capa, no entanto. Um dos músicos fez ainda parte dos mais célebres Skyhooks. Mais uma vez, recomendado a fãs do género ou coleccionadores. 60%

Tamam Shud “Goolutionites And The Real Thing” (1970)
Os 9 temas da edição original datam de 1970. A estes adicionam-se outros 9 (!). Sim, é isso mesmo, há muito material para explorar nesta reedição. Acid Rock de finais dos 60s é a orientação dos Tamam Shud (nome retirado do livro Persa do século XI “The Rubáiyát” de Omar Khayvam). Grateful Dead, Cream, Doors, Jefferson Airplane, Focus, Jimi Hendrix e outros que tais são influências notórias. Gostei do que ouvi, embora neste tipo de sonoridades prefira as coisas mais cruas e garage do que o som mais “comercial” destes Tamam Shud. Desta banda saíram depois alguns músicos para integrar os, bem mais interessantes, Kahvas Jute. Há momentos interessantes e o CD vale por isso, pelo bónus e pelo valor histórico. 75%

Lamplight “A Sun That Will Not Rise” (Promo-Single, 2009) (Vitamin Records)
Pelas mãos do Lou Risdale da Aztec recebi ainda um single de uma nova banda Australiana chamada Lamplight. Apenas um tema na sua versão “rádio edit”. O álbum de estreia homónimo será editado em Junho. Por esta amostra, a coisa promete. Som Folk Rock “baladesco”, ambientes épico-sinfónicos, de contornos modernos. É aguardar pelo álbum. 75%

RDS

Some more Aztec Music here

The Loved Ones – Distractions EP (2009) – Fat Wreck Chords

Após regressar de uma digressão de suporte à anterior proposta, “Build And Burn”, os Loved Ones voltam a estúdio para registar mais um punhado de temas. O resultado final é este EP “Distractions” que inclui cerca de 16 minutos de música, divididos em 6 temas, entre os quais versões de Bruce Springsteen, Billy Bragg e Joe Strummer. O estilo continua o mesmo de sempre, fusão de Punk Rock melódico com Rock de orientação Americana e melodias quasi-Pop simples mas extremamente eficazes. Não é o meu estilo predilecto mas estes tipos fazem-nos bem e, desde o 1º disco que me atraíram para o seu mundo. A edição é feita em CD, vinil de 12” e “download” digital. 80% http://www.fatwreck.com/
RDS

Sunday

Bain Wolfkind – The Swamp Angel (2008) – Hau Ruck / Tesco

O músico Australiano, também membro dos Der Blutarsch, regressa com um novo título, depois do fantástico aperitivo “Wasteland” em 2007. Desta feita é um longa-duração composto por 15 temas em cerca de 52 minutos. Entre a Folk de ambiências negras e sinistras, o Rock cru e sujo, a orientação psicadélica de alguns temas e as obrigatórias influências Dark Folk do seu projecto de origem, Bain Wolfkind oferece a sua visão obscura e depressiva do trabalho de “songwriters” como Johnny Cash, Johnny Thunders ou até Nick Cave. Um rol de convidados ajudam o músico a dar “vida” aos seus temas, através do uso de instrumentos como violino, piano, slide guitar, trompete, entre outros. O som lo-fi a dar a sensação de ter sido gravado num qualquer pub clandestino situado numa cave, decadente, cheio de fumo, whisky e vultos vestidos de negro ajuda ao clima geral de “The Swamp Angel”. Para fãs dos nomes já citados ou outros como Bauhaus, Death In June, Current 93 e In Gowan Ring. Não recomendado a pessoas com tendências suicidas devido ao carácter negro e depressivo do conteúdo musical. Ficam desde já avisados! 85% www.myspace.com/bainwolfkind / http://www.hauruck.org/ / http://www.tesco-germany.com/ / www.myspace.com/tescogermany
RDS

Monday

Sam Alone – Dead Sailor (2008) – Raging Planet

Apolinário “Poli” Correia (Devil In Me, For The Glory) deixa de lado o Hardcore por momentos para se munir de uma guitarra acústica e uma harmónica, e assim enveredar pelos mesmos caminhos dos “songwriters” Norte-Americanos e a Country / Folk-Rock de nomes como Bod Dylan, Johnny Cash ou Bob Seger. A ideia chama a atenção e o primeiro tema, “Too Cold, Too Dark”, apesar de não ser nada de transcendental, agrada. Mas essa sensação de estar perante algo interessante desvanece-se rapidamente. A partir daqui, e até ao fim do disco, é um repetir de fórmulas, já por si, com pouca substância, tornando “Dead Sailor” monótono, insípido e perfeitamente dispensável. E, sinceramente, a voz de Poli começa a mexer com os nossos nervos passado um bom bocado. Além disso, a versão descaracterizada de “Instinct”, dos Strike Anywhere, deixa muito a desejar. Eu dispenso. 20% www.myspace.com/samalone / http://www.ragingplanet.pt/ / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal
RDS

Wednesday

Barr – Skogsbo Is The Place (2008) – Sakuntala / Transubstans

Esta é a estreia em longa duração dos Barr. Depois de um bem recebido EP em 2007, os Suecos assinam com a Sakuntala, uma recém criada sub-etiqueta da Transubstans, e representam a 1ª edição da mesma. Barr é um sexteto acústico que pratica um interessante Folk psicadélico de descendências Fairport Convention, Popol Vuh, Pentangle e Heron. Sete canções de embalar psicadélicas, segundo a denominação da banda para as suas composições, resultaram de uma sessão de dois dias e duas noites. São cerca de 44 minutos de música inspirada, pura, plena de espírito. É pena o som ter ficado muito “moderno”, limpo e com uma orientação quase Pop em alguns momentos; uma certa crueza e toque 70s lo-fi poderiam ter resultado muito melhor. De qualquer maneira, gostei do que ouvi e recomendo. Para fãs das bandas acima mencionadas ou outras mais recentes como Circulus, Porcupine Tree ou Pain Of Salvation (na sua faceta mais calma). 65% http://www.barrmusic.se/ / www.myspace.com/barrmusic / http://www.recordheaven.net/ / www.myspace.com/transubstans / http://recordheaven.blogspot.com/
RDS
-
Barr - Sound And The Fury @ Stockholm Café

Saturday

The Real McKenzies – Off The Leash (2008) – Fat Wreck Chords

Os Canadianos Real McKenzies voltam à carga com 13 novos temas de estúdio neste “Off The Leash”. O estilo é o mesmo de sempre, sem tirar nem pôr, mas isso não é necessariamente mau. A única diferença é que neste novo trabalho estão com um som mais “radio friendly” e com um som polido demais, mas não demasiado que vá assustar os fãs de longa data. A habitual fusão de Punk melódico e melodias Folk Escocesas dos últimos 14 anos continua a agradar. Guitarra fortes mas com muita melodia, secção rítmica segura, kilts, gaitas-de-foles, voz entre o arranhado e o melódico, uísque escocês e muita diversão, são estes os ingredientes para a festa. Este não é o meu disco favorito da banda mas ouve-se bem. Mais um para os fãs da banda e de nomes como Pogues, Dubliners, Flogging Molly, Green Day, Gogol Bordello ou Dropkick Murphys. 70% http://www.realmckenzies.com/ / http://www.fatwreck.com/
RDS

Transit - Bleed On Me (Karmakosmetix 2008)

Transit – Decent Man On A Desperate Moon (2008) – Karmakosmetix

Mais um projecto saído das cinzas dos In The Woods… Desta feita temos Jan Kenneth Transeth (In The Woods…, Naervaer, Stille Opprör, Green Carnation) e os seus Transit. Este trabalho de estreia de Transit, gravado entre 2004 e 2006 mas só agora editado, inclui 10 temas de Rock pintado de tons Americana, Country, Pop e 80s Gothic / Dark Rock. Ora mais roqueiro, ora mais experimental. Ora mais directo, ora mais introspectivo. Não sendo nada de transcendental, “Decent Man On A Desperate Moon” tem os seus momentos altos. E são muitos. Tem boas ideias, tem ambiente, tem garra, tem pujança. Usualmente, não vou muito nestas linhas songwriter / americana / rock experimental, mas estes 37m25s ouvem-se muito bem. Gostei muito do que ouvi, e cada vez gosto mais. Este é daqueles álbuns que cresce dentro de nós com sucessivas audições. Para fãs de Birthday Party, Nick Cave & The Bad Seeds, The Creatures, Johnny Thunders, Frank Zappa, Madrugada, Portishead, Green Carnation, etc. 85% www.myspace.com/jktransit / http://www.karmakosmetix.com/ / www.myspace.com/kkxrex
RDS

Tuesday

Dornenreich - Interview

1 – The new record was released by Grau. How did you ended up signing with them in the first place? Are you satisfied with their work with the band so far?
Actually, “In Luft geritzt” (“carved in air”) was released by Prophecy, yet, but I know that they collaborate with Grau and I appreciate Grau releases as well. (ed: sorry, my mistake, Prophecy and Grau are sister labels; the record was, indeed, released by Prophecy).
We are proud to be a part of Prophecy after all these years, yet, for they provide us with total artistic freedom, which is very important for us. The people behind Prophecy appreciate our artistic vision and face us with respect and we – in turn - think highly of their aesthetics, our label-mates and Prophecy’s devotion to their bands. And we do our very best to get our vision across as intensively as possible. So, it’s a fertile collaboration, indeed.

2 – Are you satisfied with this new album “In Luft Geritzt”, the songs, the recording process, production, final product?
Apart from the fact that I have not seen the finished product, yet, I am pleased with this album to its entire extent, that is, the songs, the production, the layout and Prophecy’s marketing.
Although it was a challenge to record the album live/synchronnously without any click-track or any pilot-track as a reference it was worth it, totally, because this pure way of recording led us into a situation in which we really had to dive into the music in order to achieve convincing and satisfying results. Take after take we approached the songs in a natural and deeply dedicated way.

3 – “In Luft Geritzt” is direct, pure, organic. How did you came up with kind of sound? Was it intentional or did it just came out like this?
We wanted the production to do justice to the organic and pure quality of the music itself.
Therefore we decided to record the album live in a vitally sounding room. This way the initial recordings offered a balanced, charismatic and natural sound that did not demand any further fx-postproduction concerning the acoustic atmosphere of the album. To be brief: we simply wanted to catch the archaic passion, joy and grief these songs are bursting with.

4 – What kind of subjects influenced you to write the lyrics for this record?
The individual way I perceive the cycles of nature is my main source of inspiration when it comes to the lyrics. In my opinion one can find that much obvious wisdom when perceiving the cycles of nature and life, consciously.
Consequently, I have always used nature as symbol and metaphor, that is, I have always been keen on the use of suggestive archaic words (such as wind, wood, moon, rock, ..) every human being has conscious and subconscioous bonds with.

5 – Will you play this songs live? Do you have a tour prepared to promote the record?

For sure. Our current live-set relies on songs of “In Luft geritzt”, mainly, but it includes older songs of our former albums as well.
We’ll be playing numerous shows with Devon Graves (Deadsoul Tribe/ex-Psychotic Waltz) and Leafblade (UK) as special guests throughout Europe (check out dornenreich.com). Until now no show in Portugal is confirmed, but we would love to play in your country again. We played in Porto back in 2001 and it was an unforgettable experience. So, local promoters and organizers are welcome to contact us via dornenreich-booking@hotmail.com.

6 – What kind of musical influences do you have in Dornenreich? And literature, cinema and art in general?
Perosonally, I am fascinated with artists, bands and ensembles of numerous various genres.
One constant companion is – for instance – Dead Can Dance. With cinema and film it is quite the same. I appreciate many different genres of movies. One day I might watch Amores Perros and on the next day I might dive into the Lord of the Rings-Trilogy.
Besides, radio-plays are a medium I truly love for it interacts with one’s imagination that much.
Doubtlessly, books are precious companions and I read a lot. Not that much poetry, though.
Recently, I read some novels by Hermann Hesse once again – and it was a gift, doubtlessly.

7 – How do you see the Dark Folk, Folk, Gothic and Metal scenes nowadays? Is there something you would like to highlight?
Actually, I lack an overview for sure, but I guess that’s the rule for there are countless subgenres out there, right now. Gems are to be searched for more intensively than ever before I guess …

8 – You have now some space for a final message.
Well, all I can add is that I would like to thank you for your questions and that we hope to play in Portugal soon. Take good care!

Questions: RDS
Answers: Eviga

Dornenreich:
www.dornenreich.com
Prophecy: www.prophecyproductions.de

Friday

LUPUS LOUNGE

Helrunar – Baldr Ok Íss (2007): Eu talvez não seja a pessoa mais indicada para escrever umas linhas sobre discos de Black Metal. Não é o meu género de eleição e, tirando algumas bandas, não ouço muito material do género. No entanto, tenho aqui estes novos lançamentos da Lupus Lounge e tenho de dar um tempo a isto. Os Helrunar apresentam 10 temas de Black Metal Nórdico a meio-tempo com ambientes negros e frios numa tentativa, segundo o comunicado de imprensa, de estabelecer o contraste entre fogo e gelo. O disco foi gravado em apenas 5 dias e foram usados muitos “takes” directos para manter o espírito e a espontaneidade das gravações. Como disse, não é o meu estilo de eleição, mas este disco até me está a agradar. Não se trata do típico Black Metal Nórdico, incluindo certos trejeitos Folk e Pagan Metal que lhe dão outra cor. Nessa palete de cores incluo branco (gelo), vermelho (fogo), sépia (a toada Folk / Pagan / vintage) e, claro, cinzento e negro (próprios do Black Metal). Além da edição simples há a salientar a edição especial com DVD (agora deixaram-me curioso, o meu promocional não traz o DVD, arrrggghhh!). 80% http://www.helrunar.com/

Farsot – IIII (2007): Ok, estou tramado! Mais Black Metal Nórdico. E este é mesmo do que eu não gosto! Rápido, com blastbeats a torto e a direito, frio, intenso, com certas passagens mais lentas e ambientais, voz típica, “melodias” de guitarra típicas. Muito lugar-comum para o seu próprio bem. Talvez os amantes do género encontrem aqui pontos de interesse mas eu fico de fora! Gostei apenas dos interlúdios industriais e da capacidade de experimentar um pouco no tema final “Thematik: Trauer” (pouco mais de 20 minutos de duração). É o álbum de estreia, pode ser que o próximo tenha mais identidade e inovação. 50% http://www.farsot.de/

Drautran – Throne Of The Depths (2007):
Fecho esta sequência de críticas a discos da Lupus Lounge com Pagan Metal Germânico. Após 8 anos da edição da sua estreia auto-financiada “Unter dem Banner de Nordwinde” eis que surge o sucessor “Throne Of The Depths”. São 8 temas que não resultam tão bem quanto pode parecer à primeira. Não há propriamente uma fusão de estilos. Os temas iniciam e/ou fecham com passagens Folk / Pagan e o “grosso” da faixa é um Black Metal pouco inspirado, desinteressante e monótono. Ao fim de um par de faixas torna-se cansativo e até mesmo incomodativo. Volto a usar a frase que usei na crítica acima; talvez os amantes do género encontrem aqui pontos de interesse mas eu fico de fora! 40% http://www.drautran.com/

Lupus Lounge: http://www.lupuslounge.com/

Wednesday

PROGROCK RECORDS

Amarok – Sol De Medianoche (2007): Sétimo disco de originais para os Espanhóis Amarok. Fusão de Rock Progressivo com música mediterrânica, música celta e algum Jazz. Aos habituais instrumentos do Rock aliam-se ainda acordeão, flautas, didgeridoo, saxofone, violino, trompete, entre outros, além de cântico tibetano. Os temas são vocalizados em espanhol, catalão e inglês (pela primeira vez na história da banda). A toda esta panóplia de influências e inspirações aliam-se ainda as fantásticas letras sobre a cabala, eremitas, criaturas do mito de Cthulhu, o livro das 1001 noites, etc. Após 10 temas originais temos ainda direito a uma versão étnica de “Abaddon’s Bloero” de Emerson, Lake & Palmer. Recomendo aos amantes do Progressivo de orientação étnica, Progressivo em geral, world music em geral e qualquer pessoa com mente suficientemente aberta para poder desfrutar desta peça de arte na sua plenitude. 90% http://www.amarokweb.com/ / www.myspace.com/amarokspain / http://www.progrockrecords.com/

Dial – Synchronized (2007): O projecto Sueco / Holandês inclui no seu núcleo duro Kristoffer Gildenlöw (Pain Of Salvation, Lana Lane, Dark Suns), Liselotte “Lilo” Hegt e Rommert van der Meer (ambos de Cirrha Niva), além das participações de Devon Graves, Dirk Bruinenberg e Eugenia Lackey. “Synchronized” é o disco de estreia e inclui 11 temas de Rock Alternativo com toques Progressivos, Góticos, Industriais e New Wave. À primeira audição não me chamou muito a atenção mas, agora com uma audição mais cuidada para escrever esta crítica, começo a descobrir pormenores, sons, melodias e outros pontos de interesse na música dos Dial. Não é uma audição fácil, aviso desde já! Mas assim que se entra no espírito, o nosso trabalho e processo de compreensão torna-se recompensador. É caso para dizer “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Para fãs de bandas tão díspares como Pink Floyd, Björk, Pain Of Salvation, Cirrha Niva, The Gathering (fase mais recente), Paatos, Anathema (fase mais recente), Antimatter, etc. 85% www.myspace.com/thebanddial / http://www.progrockrecords.com/

Invisigoth – Alcoholocaust (2007): Disco de estreia para o duo Cage e Viggo Domino, o qual compôs, produziu, misturou e masterizou este “Alcoholocaust”. Apenas se inclui a percussão de gizzi em duas faixas. Fusão de Metal progressivo e Art Rock, muito experimental mas direccionado para a criação de ambientes e melodias, criando uma espécie de banda sonora épica. A sonoridade deste projecto Invisigoth é original e fresca mas, para vos dar uma linha de orientação, pode-se referir Pain Of Salvation, assim como o trabalho de músicos como Devin Townsend ou Henning Pauly (Chain, Frameshift). Recomendo a fãs de sonoridades mais épicas, seja ProgRock, Metal, Rock ou Score Soundtrack. Atenção à faixa final, uma peculiar versão de “No Quarter” dos Led Zeppelin. 90% www.myspace.com/invisigothmusic / http://www.progrockrecords.com/

Persephone’s Dream – Pyre Of Dreams (2007): Os Persephone’s Dream são Norteamericanos e praticam um Rock Progressivo com certos toques de Heavy Metal e Gótico. Já me tinham chamado a atenção com os discos anteriores “MoonSpell” (1999) e “Opposition” (2001) mas na altura achava que ainda faltava limar algumas arestas. Pois, parece que foi o que fizeram neste novo trabalho, representando este disco um passo em frente para a banda. O intervalo de 6 anos entre discos também deve ter ajudado a amadurecer estas composições. Outra diferença é que hoje em dia a banda não conta com uma vocalista feminina, mas duas! As letras são baseadas em fantasia, mitologia e ficção-científica, sendo um bom exemplo disso a letra de “Temple In Time”, uma faixa conceptual dividida em 5 partes e que se baseia na Ilha de Avalon e no Rei Artur. Além das duas vozes femininas temos ainda a oportunidade de ouvir a participação de DC Cooper em duas faixas (além de fazer coros noutros temas e co-produzir o disco com o guitarrista / teclista Rowen Poole). 80% http://www.persephonesdream.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Puppet Show – The Tale Of Woe (2006): Após 9 anos da edição da sua estreia “Traumatized”, os Norteamericanos Puppet Show voltam à carga com o seu novo de originais “The Tale Of Woe”. O disco foi produzido pela própria banda, foi misturado por Terry brown (Rush, IQ, FM; Fates Warning) e foi masterizado por Peter J. Moore (Cowboy Junkies, Crash Test Dummies). O estilo da banda não foge muito daquilo que foi feito na década de 70 pelos nomes clássicos do género, Yes, Génesis, Van Der Graaf Generator, Rush, Emerson Lake & Palmer, etc, mas com uma aproximação ao Neo-Prog. Não haja dúvida de que são excelentes músicos mas, estes 6 temas aqui apresentados não fogem muito a aquilo que já se conhece do género. Não se aventuram muito, não experimentam coisas novas ou diferentes, não fazem fusões, é apenas mais do mesmo. Essa não é a ideologia inicial e básica do Progressivo. Prefiro então ouvir os clássicos. Mesmo assim, se gostam do vosso Progressivo old-school, sem muitas “invenções” ou fusões, este disco deve ser perfeito para vocês. 65% http://www.puppetshow.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Shadow Circus – Welcome To The Freakroom (2007): Disco de estreia para os Norteamericanos Shadow Circus. Rock Progressivo teatral com influências dos Genesis dos inícios, com toques de Pop Britânica linha The Beatles. Há aqui e ali um certo gosto Country que a mim não me agrada nada. A voz então, soa a cantor Country meio desafinado. 6 temas em 45 minutos de duração. Não é nada de novo ou original, nada de surpreendente nem em termos de execução musical nem em termos de composição. Apenas para completistas que gostam de ter tudo o que é rotulado de Progressivo. Muito abaixo da média. Próximo! 40% http://www.shadowcircusmusic.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Starcastle – Song Of Times (2007): Mais uma banda com som da velha escola mas com uma diferença, estes são mesmo da velha escola! Para quem não sabe, os Starcastle editaram 4 discos entre 1976 e 1978, os quais venderam entre todos mais de 1 milhão de exemplares. Depois de muitos anos voltam a juntar-se e começam a compor novos temas. Em 2004 o baixista / teclista Gary Strater deixa o mundo dos vivos mas a banda continua a trabalhar nos temas e acaba a gravação deste disco “Song Of Times”. Rock Progressivo típico da década de 70 mas com um som mais moderno. Não é o melhor disco de Prog Rock de sempre, mas é um bom disco e tem o espírito da já referida década. Afinal de contas eles estiveram “lá” e fizeram parte de tudo! Para os fãs da velha escola e dos Starcastle. Nota de destaque para o tema “Master Machine”, grande malha de Rock Sinfónico. 75% http://www.starcastlemusic.com/ / http://www.progrockrecords.com/

The Third Ending – The Third Ending (2007): Disco de estreia para esta banda da Tasmania. Influências assumidas de nomes como Porcupine Tree, Pink Floyd, Spock’s Beard e Dream Theater. Há aqui algumas boas ideias mas apenas isso não chega, ainda têm muito trabalho pela frente. Na globalidade o disco é desinteressante e monótono e o facto de ter uns longos 54 minutos de duração não ajuda nada. Uma autêntica perda de tempo! 35% http://www.thethirdending.com/ / http://www.progrockrecords.com/


PROGROCK RECORDS: http://www.progrockrecords.com/

RDS

Thursday

Stackridge – Re-Releases 2007 – Angel Air Records



A Angel Air Records está a re-editar aos poucos os álbuns dos Britânicos Stackridge neste ano de 2007. Tenho em mãos 4 dessas re-edições, “Friendliness” de 1972, “The man in the bowler hat” de 1973, “Extravaganza” de 1974 e “Mr. Mick” de 1976. O som dos Stackridge assenta num Pop dos 70s com tendências Folk e Progressivas. As influências vão desde The Beatles ou Supertramp, na vertente mais Pop, passando pelo Prog / Folk dos Jethro Tull, Fairport Convention na orientação Folk e até mesmo algum Genesis dos inícios.O primeiro disco a ser revisto é o segundo disco da banda, “Friendliness” (70%) de 1972, o único com temas extra (4). Abre com “Lummy days”, um instrumental de 70s Prog / Folk; “Syracuse the elephant” segue uma via mais Pop mas com os elementos Progressivos aqui e ali e com alguns sons orientais, um dos melhores temas do disco; segue na mesma onda Pop / Folk / Prog, sempre muito levezinho; acaba com o tema-título “Friendliness” (pouco mais de 1 minuto) e acaba o alinhamento original com “Teatime”, Folk / Prog linha Jethro Tull mas com toques sinfónicos; nos temas extra destaco “Purple spaceships over yatton”, um dos temas mais “pesados”, bem roqueiro. O álbum “The man in the bowler hat” (80%) abre com “Fundamentally yours” numa linha mas Beatles / Pop Britânico dos 70s; segue com “Pinafore days” numa toada Folk com certos toques de musical da Broadway; segue um dos melhores temas do disco, “The last plimsoll” com o Progressivo a começar a dar o ar de sua graça, mas sem perder a orientação Folk, a lembrar Jethro Tull; “The road to Venezuela” faz lembrar Fairport Convention; em “The galloping gaucho” voltamos ao Progressivo com mais um grande tema, aqui com um certo ambiente circense; fecha com “God speed the plough”, mais uma grande música, com violino, orquestral, quase cinematográfica, e com mais Folk / Prog via Jethro Tull a vir à memória. Este é o meu disco favorito dos três. Segue “Extravaganza” (70%) de 1974. Inicia com “Spin round the room” numa toada mais Funky (que se volta a ouvir em “Rufus T Firefly”), não é bem o meu estilo. O estilo não foge muito dos álbuns anteriores. É mais do mesmo. Em “No ones more important than the earthhwom” é um dos destaques com uma linha mais 70s Prog de contornos sinfónicos. O tema seguinte “Pocket billiards” também se pode destacar, mais um bom tema de Progressivo da década que marcou o estilo. Voltam mais uma vez a fechar com um tema mais orquestral, “Who’s that up there with Bill Stokes?”.Fecha-se este artigo com “Mr. Mick” (85%), um álbum originário de 1976. Aqui temos um duplo CD e passo a explicar. O álbum original era baseado num poema (sobre a lenta decadência de um idoso pensionista) e tinha diversos diálogos. A editora não gostou do disco e mandou cortar a maior parte das partes faladas. A banda não gostou muito de ver a sua obra retalhada mas lá teve que aceder. O alinhamento ficou diferente, com trocas de temas e sem os diálogos, perdendo grande parte das suas características artísticas. O que temos nesta re-edição é o álbum que saiu para o mercado e o álbum original remasterizado, disponível pela primeira vez em 31 anos. O estilo não varia muito do habitual, mas aqui trata-se de um álbum conceptual e com toques mais Progressivos e com algum experimentalismo à mistura. Aqui vem à memória Genesis era “The lamb…” e algum Van Der Graaf Generator e ELP, mas aqui sempre com um sentido mais Pop, de fácil absorção por parte do ouvinte. Não é do melhor que ouvi no género mas é um álbum acima da média, com alguns apontamentos interessantes e que tem de se ouvir várias vezes para se começar a perceber e gostar. Além disso tem de se ouvir na íntegra, tal como qualquer outro disco conceptual, até porque as faixas estão todas interligadas (no alinhamento original, o alinhamento da edição de 76 era “normal”, com as faixas separadas), dando uma continuidade musical que se encontra também no conceito lírico. O “canto do cisne” dos Stackridge? É ouvir e tirar conclusões. Esta edição vale acima de tudo pela recuperação do alinhamento original. RDS
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Angel Air Records: www.angelair.co.uk