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Saturday

Blackjackers “Held Open May Cause Delay” EP (Raging Planet / Raising Legends, 2010)

Este é o EP de estreia dos Blackjackers, uma banda que toca um Rock ‘n’ Roll que tanto tem de garage como de rockabilly. É demasiado simples, tanto musicalmente como em termos líricos, para o seu próprio bem. Não que simplicidade e clichés sejam maus, mas falta aqui qualquer coisa. Até mesmo a capa é do mais simples e aparvalhado possível. A voz é repetitiva e torna-se algo maçadora ainda a meio do disco. E ainda se põem a inventar na última faixa com uma remistura fusão 80s New Wave e electrónica kitsch dos 90s que destoa do resto. Ao vivo poderá resultar com toda aquela loucura e diversão típicas do Rock ‘n’ Roll, mas em disco falta aquele extra que faz as bandas relevantes. Não traz nada de novo, nem cativa particularmente. Mas atenção! Também não é mau de todo. Há é aqui ideias que poderiam ter sido melhor exploradas. São pouco mais de 21 minutos de música que servem de aperitivo para a estreia de longa duração, a editar nos inícios de 2011. Aguarda-se algo com um pouco mais de substância ou aquele “je ne sais quoi” que lhe falta para chamar a atenção e sobressair do resto da manada. Edição conjunta com a Raising Legends. www.myspace.com/blackjackersband / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal / www.ragingplanet.pt
30%
RDS

Wednesday

AZTEC MUSIC

A Aztec Music é uma editora Australiana direccionada para as reedições de clássicos oriundos das terras de “down under”, nas linhas do 70s Hard Rock, Classic Rock e seus derivados. Depois de uma primeira remessa de discos que me chegaram às mãos por parte da mesma, eis que apresento a segunda leva com mais seis títulos. Por ordem alfabética, seguem as apreciações de alguns discos perdidos no tempo, recuperados pela Aztec.

Buffalo “Dead Forever” (1972)
Falar em 70s Hard Rock Australiano e não falar nos Buffalo é quase sacrilégio. A estreia “Dead Forever” foi originalmente editada em 1972 e continha 8 temas. Esta reedição inclui 5 faixas bónus, entre as quais os dois temas de “Hobo”, single de 71 dos Head (banda pre-Buffalo de Tice e Wells), e três B-sides de 72, além de um livrete pleno de informação e imagens. Heavy Rock com toques Blues, Psychedelic e Doom. Influências notórias de Sabbath, Uriah Heep, Free e Zeppelin fazem o resto. Pelo meio versões de Free, Blues Image e Chuck Berry. Não é meu disco favorito dos Buffalo (deixo isso para o “Volcanic Rock”), mas está bem posicionado na lista de escolhas. 85%

Buffalo “Only Want You For Your Body” (1974)
O Doom da estreia ficou um pouco para trás e a banda começou a puxar mais pela costela Hard Rock de descendências Deep Purple. São 7 temas originalmente lançados em 1974, aqui adicionados de 2 bónus (e o habitual livrete completíssimo, apanágio destas reedições Aztec). Longe de ser um disco perfeito, mesmo assim está uns furos acima de “Average Rock ‘N’ Roller” e “Mother’s Choice” (o mais fraquito de todos). Na minha lista ficaria talvez em 2º lugar ex-aequo com “Dead Forever” (é difícil compara porque são dois álbuns distintos). 85%

Buster Brown “Something To Say” (1974)
Estando esgotado há mais de 30 anos, esta é a oportunidade de adquirir o único disco dos Buster Brown, banda com ligações (leia-se músicos) a outros nomes Australianos como AC/DC, Rose Tatto, Coloured Balls, etc. Além dos 7 temas originais, 6 bónus foram adicionados, entre os quais o single “Release Legalise”, uma raridade de 80 dos Rose Tattoo, e a versão de Chuck Berry. Hard Rock pouco pesado de onda Blues Rock, dançável, quase Funky. Demasiado “alegre” e “limpo” para me agradar, mas com alguns pontos de interesse. 70%

Lobby Loyde with Sudden Electric “Live With Dubs” (1980)
Pelo menos o título não induz em erro os fãs. Isto são gravações ao vivo que tiveram posteriores dubs em estúdio, visto um dos micros ter tido algumas falhas em concerto. Lobby Loyde (The Aztecs, Coloured Balls) assina as 6 composições incluídas no disco original, originalmente escritas para os Southern Electric. Como bónus há 4 temas de Lobby Loyde & Ball Power gravados em 2000 (“live without dubs”, dizem eles), entre os quais 2 temas de Coloured Balls e uma versão de “Heartbreak Hotel” de Presley. Algures entre o Hard Rock de finais dos 70s e o Punk ‘N’ Roll, esta rodela transpira espírito Rock por todos os poros. Som pesado, cru, intenso, roqueiro quanto baste. Gostei. Para completistas e curiosos. 75%

Madder Lake “Still Point” (1973)
Blues Rock de contornos psicadélicos e progressivos. Era esta a proposta dos Madder Lake em 1973. Aos 7 temas originais adicionam-se ainda outros 7 como bónus (entre B-sides e faixas ao vivo). Não é tipo de sonoridade que a mim me agrade pois assenta muito numa vertente limpa e algo comercial (para a altura, entenda-se). Falta-lhe algum peso ou, em contrapartida, uma orientação mais progressiva e experimental. Nem a etiqueta Psychedelic que lhe atribuem tem muito significado. Fica a meio caminho sem cair para alguma das vertentes. Para completistas apenas. 60%

Madder Lake “Butterfly Farm” (1974)
O trabalho que sucede a “Still Point” não muda muito a sonoridade da banda. E também não muda a minha opinião acerca da mesma. Soa-me um pouco melhor que o anterior, mas não vai muito além da mera curiosidade. Aos 8 temas originais junta-lhe outros quatro esta reedição da Aztec. Gosto da capa, no entanto. Um dos músicos fez ainda parte dos mais célebres Skyhooks. Mais uma vez, recomendado a fãs do género ou coleccionadores. 60%

Tamam Shud “Goolutionites And The Real Thing” (1970)
Os 9 temas da edição original datam de 1970. A estes adicionam-se outros 9 (!). Sim, é isso mesmo, há muito material para explorar nesta reedição. Acid Rock de finais dos 60s é a orientação dos Tamam Shud (nome retirado do livro Persa do século XI “The Rubáiyát” de Omar Khayvam). Grateful Dead, Cream, Doors, Jefferson Airplane, Focus, Jimi Hendrix e outros que tais são influências notórias. Gostei do que ouvi, embora neste tipo de sonoridades prefira as coisas mais cruas e garage do que o som mais “comercial” destes Tamam Shud. Desta banda saíram depois alguns músicos para integrar os, bem mais interessantes, Kahvas Jute. Há momentos interessantes e o CD vale por isso, pelo bónus e pelo valor histórico. 75%

Lamplight “A Sun That Will Not Rise” (Promo-Single, 2009) (Vitamin Records)
Pelas mãos do Lou Risdale da Aztec recebi ainda um single de uma nova banda Australiana chamada Lamplight. Apenas um tema na sua versão “rádio edit”. O álbum de estreia homónimo será editado em Junho. Por esta amostra, a coisa promete. Som Folk Rock “baladesco”, ambientes épico-sinfónicos, de contornos modernos. É aguardar pelo álbum. 75%

RDS

Some more Aztec Music here

Thunder – The EP Sessions 2007-2008 (2009) – Metal Heaven

O conjunto de temas aqui incluído foi originalmente lançado em 3 EPs, de 6 temas cada, para satisfazer os fãs, e manter as actuações ao vivo válidas de certa forma, enquanto não era gravado um novo álbum de estúdio. Daí o título deste disco, “The EP Sessions 2007-2008”. Estes EPs continham temas novos, regravações de clássicos, e versões ao vivo. Mas essa nova aventura de estúdio não chegou a ser concretizada pois a banda deu por encerradas as suas actividades nos inícios de 2009. Esta é então a despedida oficial dos Thunder. São 16 temas (apenas ficaram de fora 2) de Hard Rock Norte-Americano de contornos Bluesy. Não é o meu estilo de eleição, preferindo coisas mais roqueiras que com este “feeling” Blues / Southern, além de que a voz não me agrada mesmo nada, mas não posso negar que os Thunder eram uma boa banda de Rock ‘N’ Roll. Uma excelente maneira de dizer “adeus”, com esta colecção de temas dedicada aos fãs. 70% http://www.thunderonline.com/ / http://www.metalheaven.net/
RDS

The Crystal Caravan – The Crystal Caravan (2009) – Garageland Records

Não tenho muitas informações sobre esta banda pois a acompanhar o CD-R não vinha qualquer tipo de nota de imprensa ou biografia. Talvez seja melhor assim, para se poder ouvir o disco sem qualquer tipo de preconceitos ou influências externas. São Suecos; é um septeto; esta é a sua estreia em longa duração. São 10 temas de Retro Rock ‘N’ Roll com influências de 60s Garage / Trash, 70s Rock, uns toques de psicadelismo, algum Funk e apontamentos Folk. Juntem no mesmo saco nomes como The Doors, MC5, Johnny Thunders, Bob Dylan, Stooges, Blue Cheer, Steppenwolf, Lynyrd Skynyrd, etc, e têm uma ideia do som dos Crystal Caravan. Gostei do que ouvi, embora não me agrade muito alguma orientação Southern Rock de alguns temas. Soa muito mais puro e sincero que muitas das bandas desta cena retro que pululam por essas tabelas mundo fora. E só esse espírito puro já significa muito. Mas não é só isso que marca pontos aqui, pois a música em si também é de realçar. Recomendado a fãs destas sonoridades retro. 75% http://www.crystalcaravan.com/ / www.myspace.com/crystalcaravan / http://www.garagelandrecords.net/
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Monday

V/A – Trip In Time Vol. 3 – Psychedelic Adventures On Planet Earth (2008) – Trip In Time

Como o título indica, este é já o terceiro volume desta compilação da editora Trip In Time. As 18 bandas provenientes de vários cantos do globo preenchem quase 79 minutos de música. Psychedelia, Space Rock, Krautrock, Stoner, Rock ‘N’ Roll, Funk Rock e Folk Rock são os caminhos tomados pelas bandas, sempre com a ideia do ambiente retro 60s/70s bem presente. A colectânea serve o seu propósito, ou seja, dar a conhecer os nomes envolvidos a quem a ouve. Há um pouco de tudo e qualquer pessoa pode encontrar pontos de interesse. Deixo essa escolha à mercê de cada um. As minhas escolhas recaem em The People, Ginger, Fuzz Manta, Mother And Sun, The Magnificent Brotherhood ou Crystal Caravan, por exemplo. 65% http://www.tripintime.de/ / www.myspace.com/tripintime
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Thursday

Adam West – ESP: Extra Sexual Perception (2008) – People Like You

Os Adam West estão de volta com mais uma descarga de Rock ‘N’ Roll / Punk / Hard Rock. São 12 novos temas rápidos, groovy, enérgicos, crus, agrestes, barulhentos, selvagens, puros. O som dos Norte-Americanos continua na mesma, portanto. E isso é óptimo! Para quem ainda não conhece (o quê?), imaginem uma fusão de 60s Psychedelic Rock, 60s Garage Punk, Punk ‘77, 70s Heavy Rock, Hard Rock / Punk da cena Australiana dos 70s e bandas como Motörhead, AC/DC, Rose Tattoo, MC5, Misfits, Black Sabbath, Stiff Little Fingers, Vibrators, Radio Birdman e Iggy & The Stooges. A produção crua e suja, tipo ensaio na garagem, ajuda muito ao espírito “old-school” e pureza da música. Riffs fabulosos, ritmos que convidam ao movimento, voz rouca, atitude a rodos. Nunca os vi ao vivo mas deve ser uma festa! Punho fechado no ar, cerveja na mão, cara de mau (com um sorriso a escapar pelo canto da boca), muito suor e “headbanging”. Estão vivos e recomendam-se! 80% www.fandangorecs.com/adamwest / www.myspace.com/adamwestrocks / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS
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Adam West - You´re My Solar Flare

V/A – Bound For The Bar Festival Tour DVD (2008) – People Like You

Mais uma edição em DVD da Germânica People Like You. Infelizmente não tenho acesso ao produto de venda mas sim a um promocional com parte do material. O som também não é o do produto final (espero que o DVD não tenha este som quase “apagado”). Mesmo assim, tenho aqui muito material para avaliar esta edição. As bandas incluídas são Peter Pan Speedrock (extractos de dois concertos diferentes, 5 temas), The Peacocks (9 temas), Angel City Outcasts (3 temas), The Grit (2 temas), Chip Hanna & The Berlin Three (2 temas) e Far From Finished (3 temas). Além dos excertos das actuações de cada uma das bandas, temos ainda direito às habituais passagens rápidas tipo documentário com rápidas entrevistas, “making of’s” e cenas de bastidores. 8 videoclips (aos quais não tenho acesso) de nomes do catálogo PLY fazem também parte dos extras. Pela amostra que tenho em mãos, nota-se que houve um trabalho cuidado em todos os pormenores. Gosto da ideia de intercalar todos os ingredientes (caso usem a opção “play all”). O único senão é não ter legendas (pelo menos o meu promocional) e nas entrevistas às bandas Alemãs não consigo captar nada. Mais uma vez, é pena não ter acesso ao resultado final. 70% http://www.peoplelikeyourecords.com/
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Monday

Toxic Holocaust – An Overdose Of Death… (2008) – Relapse

Esta é uma one-man-band da responsabilidade de Joel Grind. O novo trabalho “An Overdose Of Death…” é o primeiro através da Relapse e contém 13 temas em pouco mais de 36 minutos e meio. A base do som Toxic Holocaust é o Thrash Metal dos 80s, mas descortinam-se por aqui elementos Punk / Core / Crust que lhe dão um ar mais cru e sujo. A isto alia-se ainda uma roupagem Rock ‘N’ Roll mais descontraída. Algures entre Motörhead e Venom, Slayer (inícios) e Discharge, Celtic Frost (inícios) e Exploited, Bathory e D.R.I. As influências são mais que notórias e assentam exclusivamente na velha escola. Apesar de não ser nada de transcendental, gostei do que ouvi e está a dar-me um gozo enorme “voltar atrás no tempo”. A salientar a produção crua e suja a fazer lembrar as produções de antanho, cortesia de Jack Endino (Nirvana, Soundgarden, Zeke, High On Fire, Dwarves). Para os amantes do som retro Metal / Thrash / Black / Punk / Crust dos 80s. 75% http://www.toxicthrashmetal.com/ / www.myspace.com/toxicholocaust / http://www.relapse.com/
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Toxic Holocaust - Wild Dogs

Saturday

Murdering Tripping Blues - Uncontrollable Nervous Boogie (2008)

Murdering Tripping Blues – Knocking At The Backdoor Music (2008) – Raging Planet

Este é o disco de estreia de Murdering Tripping Blues, um power trio composto por Henry Leone Johnson, Johnny Dynamite e Mallory Left Eye. 10 temas fazem a fusão de um Rock ‘N’ Roll bem “old school” com Blues Rock e algum Punk. É bem “trashy”, “lo-fi” e algo psicadélico por vezes, mas sempre sem perder a força necessária para agradar a fãs de uma linha mais limpa. Do Chuck Berry à Blues Spencer Explosion, dos Kyuss aos Queens Of The Stone Age, dos Stooges aos MC5, dos (International) Noise Conspiracy aos Fu Manchu, do R.L. Burnside ao Johnny Cash, as influências da banda abrangem um pouco de tudo. Algumas participações apimentam a coisa ainda mais: o coro do trio de DJs “The Vanity Sessions”, a cantora / actriz Patrícia Andrade, The Infernal Secret Choir e ainda Luís Lamelas e Fernando Matias dos [F.e.v.e.r.]. Quem disse que já não se faz bom Rock ‘n’ Roll? Muito melhor do que algum do material revivalista que tem inundado as rádios e tabelas de vendas por esse mundo fora nos últimos anos. Aqui o espírito soa legítimo, nada de saltar para a carruagem da moda e ver no que dá. Recomendo vivamente! 85% http://www.myspace.com/murderingtrippingblues / http://www.ragingplanet.web.pt/ / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal
RDS

Thursday

P. Paul Fenech – Skitzofenech (2008) – People Like You

O vocalista do Meteors está de volta com um novo trabalho a nome próprio. Este é já o seu 7º a solo. O estilo? Pois é sempre o mesmo! As letras, idem. Esperavam o quê de Fenech? Psychobilly bem lo-fi, sujo, demoníaco, com as habituais letras sobre feitiçaria, peculiares personagens, álcool, mulheres, etc. Toques de Surf Rock e Rockabilly tradicional também dão o seu ar de graça. Ao todo são 14 temas em pouco mais de 58 minutos. Quando abro os envelopes da People Like You fico sempre algo excitado pois já sei que vem aí material do melhor. Ao ver mais uma capa com o nome Fenech, confesso, fiquei de pé atrás. Mais um? É sempre a mesma fórmula, repetida até à exaustão! Tanto em Meteors como a solo (aqui a poder “esticar-se” um pouco mais a outros territórios). E sabem que mais? É verdade, mas isso não interessa porque, assim que se carrega no “play” do leitor, esquecemos esse pormenor. Ficamos logo agarrados. O único senão é que o disco é algo longo para o género, na minha opinião. Mais um para os fãs do senhor Fenech. 75% http://www.kingsofpsychobilly.com/ / www.myspace.com/paulfenechuk / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS

Wednesday

Nosey Joe & The Pool Kings – Tunes From The Bighouse (2008) – Heptown Records / Evil Bitch 666

Nosey Joe & The Pool Kings é uma banda Sueca composta por 9 elementos. A sua música, de velha escola, é uma fusão de Swing, Rhythm & Blues e algum Rock ‘N’ Roll de raiz. Este “Tunes From The Bighouse” é o seu segundo trabalho e inclui 13 temas, entre originais e versões. Não é que seja nada de muito apelativo, mas ouve-se muito bem. Se procuram algo de diferente, mais dançável, mais “limpo”, para desanuviar do material mais alternativo, esta é uma boa proposta. Se não vão muito à bola com esta linha Swing, então afastem-se rapidamente. De outro modo, dêem uma oportunidade. 60% www.myspace.com/noseyjoe / http://www.heptownrecords.com/ / www.myspace.com/heptwonrecords / http://www.evilbitch666.com/ / www.myspace.com/evil_bitch_666
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Astrolites – Hard Luck (2008) – Heptown Records / Evil Bitch 666

“Hard Luck” é o disco de estreia para o trio Sueco Astrolites.12 temas originais e uma versão de “Prison Bound” dos Social Distortion, a fechar o disco, fazem a festa. Cerca de 36 minutos são marcados no cronómetro. Fusão Rockabilly, Punk, Surf, Swing e Be-Bop, a música do trio é apelidada, pelos mesmos, de Hi-Speed Rockabilly. Também não é assim tão rápido quanto isso, mas tem energia, força e velocidade quanto baste. Temas curtos, directos, sem muitos rodeios, são oferecidos pela banda. Gostei muito do que ouvi. Poder, energia, adrenalina, feeling, groove e muita diversão são garantidos. Ideal para fãs de um Rockabilly mais mexido e mais modernaço mas que não gosta dos excessos do Psychobilly. Este fica a meio caminho dos dois estilos. 85% http://www.astrolites.com/ / www.myspace.com/astrolitesband / http://www.heptownrecords.com/ / www.myspace.com/heptwonrecords / http://www.evilbitch666.com/ / www.myspace.com/evil_bitch_666
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Friday

Motornoise – Motornoise (2007) – Invasion Rock / Let’s Go To War / Lost Underground

Há já algum tempo que ouvia falar destes Motornoise mas, infelizmente, nunca tinha ouvido nada deles. Chega-me agora às mãos a sua estreia homónima. A edição é uma colaboração das lojas Invasion Rock e Lost Underground com a editora Let’s Go To War. A banda é constituída pelo Frágil (voz, ex-Renegados de Boliqueime, Speedtrack), Guerra (guitarra, ex-Renegados de Boliqueime, Speeedtrack), Gustavo (bateria, ex-Genocide, Stealing Orchestra, Sikhara, etc), Óscar (baixo, ex-Cagalhões, Cães Vadios, Speedtrack) (Óscar abandonou a banda recentemente e é o Mula dos Deskarga Etílika que está com a banda no momento) e Pupa (saxofone, Here B Dragons). São 12 temas num total de 36m02s de uma particular fusão de Punk Rock, Crust, Hard Rock, Rock’N’Roll e algum Metal. As influências são tão diversas como Motörhead, The Vibrators, The Clash, Ramones, Discharge ou, a nível nacional, nomes como Mata Ratos, Trinta & Um, Simbiose, Anti-Clockwise, Censurados, Gazua, Xutos & Pontapés, Corrosão Caótica ou Acromaníacos. Os Motornoise têm a particularidade de incluir, além do habitual trio Rock guitarra / baixo / bateria, um saxofone que lhes dá um certo ar far-out e alucinado. Grandes riffs de guitarra, secção rítmica potente, ritmos imaginativos, voz crua bem Punk / Rock old school. O disco não maça porque tem uma duração adequada ao estilo e, além disso, os temas balançam entre o Hardcore mais agressivo e o típico tema Hard / Rock ‘n’ Roll, entre o Crust fodidão e o Punk 77, não deixando o ouvinte ficar muito tempo a ouvir a mesma linha. Mas não é por isso que o disco soa heterogéneo, muito pelo contrário, soa bem homogéneo e consistente. Peca apenas pelo livrete algo simplista mas, é claro, estamos a falar de uma edição DIY. A capa está simples mas é eficaz. Fecha-se o disco com uma versão de “Alternar” dos míticos Punks Brasileiros Cólera. Uma boa aposta a adicionar à já longa lista de excelentes discos saídos do Underground nacional nos últimos tempos. 85% www.myspace.com/motornoise
RDS

Gazua – Convocação (2008) – Edição de Autor

Finalmente o disco de estreia dos Gazua! Ainda me lembro do gozo que me deu ouvir a demo que me enviaram há um par de anos. O meu grande medo na altura foi: “ok, é porreiro, mas daqui a nada estão a acabar por falta de apoio de editora e público”. Ainda bem que me enganei e a banda insistiu e persistiu. Infelizmente, não houve nenhuma editora a apostar neles e tiveram que lançar isto por conta própria. O que é que andam as editoras a fazer? Lançar bandas pré-fabricadas saídas de telenovelas juvenis? Bah! Em frente! Essa triste história já nós conhecemos. O disco está nos escaparates e isso é que interessa. Agora cabe ao público Português apostar neles, comprar o disco, comprar t-shirts e outro merchandising, marcar concertos com eles e ir aos mesmos.
Gazua é um power-trio, na verdadeira ascensão do termo, composto por João (voz / guitarra, ex-Corrosão Caótica, ex-Carbon-H, ex-No-Counts), Paulinho (baixo, ex-Jardim Do Enforcado, ex-M.A.D., ex-Spitz Buben, actualmente nos Kamones) e Quim (bateria, ex-Condenação Pacífica, ex-Civic) que não gravou a bateria no disco mas que faz parte da banda actualmente. O passado dos 3 membros já fala por si!
Em relação à gravação propriamente dita, resta apenas dizer que foi feita nos estúdios Crossover com o Sarrufo. Tudo o que tem saído destes estúdios, com mão do Sarrufo, tem uma qualidade inegável. Som forte, poderoso, limpo, mas com aquela crueza necessária ao género. Até a capa e toda a apresentação do disco estão sublimes. E vem em formato digipack, um formato que eu adoro e que prefiro em detrimento da normal caixa de plástico.
“Convocação” inclui 10 temas de puro Rock ‘N’ Roll / Punk Rock em cerca de 35 minutos que remetem para os primórdios de Xutos & Pontapés, Censurados e Peste & Sida, revelando também influências de nomes míticos como Ramones, Clash, New York Dolls, Patti Smith, Motörhead, AC/DC, Rose Tattoo, Thin Lizzy, MC5, Sex Pistols, entre outros. Abre em força com “Se tens vontade de gritar”, um tema potente, rápido, com melodia e refrão sing-a-long contagiantes, a lembrar Censurados no seu melhor; seguem “Morres devagar” e “Fazia tudo outra vez” a trazer à memória os Xutos dos 80s; “Evolução (1974)” traz de volta a velocidade num registo mais agressivo e mais Punk; “Sair da escuridão” é um forte candidato a hit-single; “O que é que estás aqui a fazer” continua com o pé no pedal, Peste & Sida / Censurados à memória; “Mil dedos” é mais lenta mas não perde a força do Rock tradicional, cru e puro; “Freneticamente falando” traz como convidado João Pedro Almendra (vocalista dos Peste & Sida); “Punição” tem uma batida fortíssima; fecha-se o ciclo (sim, porque ao acabar voltamos a carregar play e reiniciar o disco!) com “Vou explodir” com mais um refrão cantarolável.
Uns segundos de silêncio… O quê? Já acabou? Carrega no play depressa! Quero mais! Não deixes baixar a adrenalina! Ainda estou de braços no ar com a minha “air guitar”, a riffar como se não houvesse amanhã!
Para colocar ao lado de “No One To Follow” dos Anti-Clockwise, outro do género que também respira Rock por todos os poros. Infelizmente passou algo despercebido neste marasmo que a cena musical nacional actualmente! Esperemos que não aconteça o mesmo a este “Convocação”.
Um forte candidato a disco do ano em Portugal E só agora começou 2008. O Rock não morreu em Portugal! Estão todos convocados para a celebração. Dá-lhe Gás(zua)! Rock ‘N’ Roll Up Your Ass!!! RDS
95%

Thursday

Gazua - Entrevista

1 – Fala-me um pouco da história dos Gazua desde a sua concepção até à data.
Os Gazua tiveram um arranque um pouco atribulado... A banda começou por minha iniciativa e do Fred (ex baixista de censurados), e nessa altura tinhamos o Pedro Cardoso na bateria (que participa neste disco como convidado). Deram-se alguns concertos, e depois da saída do Fred por falta de disponibilidade para um projecto a tempo inteiro a banda sofreu algumas alterações à formação até chegar aquilo que é hoje. O Paulinho surge através de um amigo em comum, e o Quim trabalhava nos estúdios em que nós ensaiávamos. Desde há um ano que temos esta formação fixa, e por isso estava na hora de avançarmos para o disco.

2 – Descreve os processos de composição e gravação deste disco de estreia “Convocação”.
A composição deste disco parte de uma série de ideias que vinham já de trás, ainda antes desta formação estar composta. O que fizemos foram alguns arranjos, mas o disco já estava pensado e pronto a arrancar há algum tempo. Em relação à gravação, correu muito bem. Estivemos 16 dias nos estúdios Crossover em Linda-a-Velha a trabalhar com o Zé Pedro Sarrufo, e penso que se encontrou um excelente ambiente de trabalho. E acima de tudo, muito profissional.

3 – Sobre que assuntos incidem as letras contidas neste disco?
Este conjunto de letras têm um cariz muito pessoal, falam muito de persistência, de lutarmos por aquilo em que acreditamos. Falam também das interrelações entre pessoas, e da forma como às vezes é tão difícil alcançar uma harmonia.

4 – Quais são as vossas influências musicais, assim como outro tipo de influências externas à música?
Penso que somos essencialmente três viciados em música. Temos idades compreendidas entre os 34 e 36 anos e estamos metidos nisto até ao pescoço. Eu pessoalmente estou neste momento a ouvir muito os Clash, a Patti Smith, o Wayne Kramer (ex-MC5), Thin Lizzy... o Quim sei que é fã incondicional dos Iron Maiden, Slayer... e o Paulo ouve bandas como Discharge, AC/DC... são gostos variados, temos todos um espectro de gostos musicais muito alargado.

5 – O disco é lançado em regime de edição de autor. Porque é que a banda optou por esta via? Não há editoras a apostar nesta sonoridade ou não surgiu nada entretanto e decidiram levar a vossa avante, não deixando “morrer” o trabalho da banda?
É mesmo essa segunda hipótese. Ninguém se mostrou interessado em investir neste disco, e se essa parte nos teria que caber a nós, então não se justificava ter o selo de um editora. Penso que nesta fase de arranque da banda e com o mercado em baixa não é fácil arranjar quem arrisque um investimento num produto que não dá garantias. Não foi nada que não estivéssemos à espera. Já cá andamos todos há muito tempo, e não vamos deixar de passar a mensagem por uma questão destas.

6 – Como é que estamos de concertos de promoção ao disco? E em relação a outro tipo de promoção, tais como entrevistas, rodagem em rádios, etc?
O lançamento oficial do disco é no dia 16 de Fevereiro na Academia de Linda-a-Velha, e vamos ter uns quantos concertos a partir dessa altura. Antes disso só mesmo o concerto com os Italianos The Cummies no Espaço dos Desastres. Confirmado está também um concerto em Sintra no dia 23 de Fevereiro, e estamos a aguardar umas quantas respostas em relação a alguns concertos no norte e sul do país. Vamos tendo a agenda actualizada no nosso espaço do Myspace. Em relação a rádios o CD já chegou a algumas e sei que tem passado por exemplo na antena 3. As entrevistas vão chegando, mas penso que os meses de fevereiro, março e abril serão mais atarefados nesse sentido.

7 – Como vês a evolução da cena Underground nacional desde que nela entraste até hoje? Que bandas, editoras, promotores de concertos, revistas e outros da cena musical podes realçar?
Acima de tudo realço sempre as iniciativas de pequena dimensão, que se conseguem mexer quase sem meios e o fazem sem a interferência da indústria mais mainstream. De qualquer forma acho que hoje temos que ser melhores para entrar na cena musical. A fasquia subiu muito e isso agrada-me. É difícil ter uma opinião em relação à industria sendo-se músico... achamos sempre que não fazem o suficiente. Quando as bandas começam a crescer é que entendem que muitas vezes tudo se resume a números, e isso é muito desmotivante, mas é isso que faz mexer a indústria. Talvez ache que nos deixamos influenciar demasiado pelo que vem de fora e desvalorizamos muito o que temos cá dentro.

8 – Como é que surgiu a colaboração do João Pedro Almendra dos Peste & Sida?
Bom, este disco fala de persistência, e quem conhecer pessoalmente o João Pedro sabe que ele é um sobrevivente.
Há com certeza outros, mas ele é uma pessoa que reflecte exactamente aquilo que quisemos transmitir com este disco. Já nos conhecíamos, por isso foi simples e estamos muito satisfeitos. Foi sem dúvida uma mais valia.

9 – Tens agora espaço para deixar uma última mensagem aos leitores da Fénix.
Venham conhecer os GAZUA. Em disco ou ao vivo!!
E de uma maneira geral, não fiquem em casa agarrados aos computadores... vão aos concertos, a outros espectáculos e saiam para os copos com os amigos.
Um abraço a todos!!

Gazua: http://www.myspace.com/gazua

Questões: RDS
Respostas: João (vocalista e guitarrista)

Friday

The Chelsea Smiles - Heart Attack (People Like You 2006)

The Generators – Welcome To The End (2007) – People Like You Records

A primeira vez que ouvi estes The Generators fiquei logo fã. Isso aconteceu com o álbum “Excess, betrayal… and our dearly departed” de 2003. Com o disco seguinte “The winter of discontent” de 2005 mantiveram o nível. Este disco que aqui apresento não é o novo, é sim o disco de estreia que vê agora re-edição via People Like You, a editora da banda desde há algum tempo para cá. O disco foi originalmente editado em 1997, celebra-se portanto o seu décimo aniversário. A nova edição contém os 11 temas originais e mais 3 bónus (entre os quais uma versão de “No Feelings” dos Sex Pistols), além de uma capa nova. Para quem ainda não conhece a banda (o quê?! já a correr comprar a discografia toda!) estes Californianos tocam um Rock ‘N’ Roll bem old school com toques de Punk melódico. Este disco de estreia é bem ecléctico (Rock, Punk, Ska, etc), a contrariar um pouco a discografia actual da banda, e não é o meu favoritom, mas mesmo assim encaixa bem no todo e, acima de tudo, foi o álbum que deu o tiro de saída. Muita energia, muita atitude, grandes malhas com refrões inesquecíveis! Sex Pistols, Stooges, Ramones, Vibrators, Buzzcocks ou MC5 podem ser os culpados desta bomba de Rock no seu estado mais puro! Estejam atentos porque eles estão a preparar um novo disco de estúdio e vão entrar em digressão Europeia. RDS
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