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Re-edições da Link Records (2006) - Anagram / Cherry Red

A Anagram Records (sub-divisão da Cherry Red Records) tem vindo a re-editar vários discos de Psychobilly já fora de circulação na sua série “Psychobilly Collectors Series”. Grande parte dessas re-edições são lançamentos da extinta Link Records que já estavam perdidos no tempo, muitos deles até que nunca viram a luz do dia em CD. Os fãs de Psychobilly têm aqui a sua oportunidade de adquirir essas pérolas em CD e com faixas bónus. Nesta crítica vou retratar 6 desses discos, seguindo a ordem de edição. A primeira banda é Radiacs com o seu único álbum de estúdio “Hellraiser” (75%) originalmente editado em 1989 (além de outro ao vivo). Nada de extraordinário, mais virado para o Rockabilly, com temas mais midtempo e apenas um par deles mais uptempo. Além do álbum temos como bónus a faixa “Heart Attack”, originalmente incluída na colectânea da Link “Katz Keep Rockin”, e que por acaso é o tema mais uptempo e mais fixe deste CD.Seguem-se os Sugar Puff Demons com o seu primeiro e único álbum “Falling From Grace” (90%) de 1989. Aqui já falamos de temas mais uptempo, mais rápidos e enérgicos e o próprio imaginário lírico e visual já é mais “maléfico” e virado para o Horror Rock, denominando eles próprios a sua música de Deathabilly e proferindo comentários como “Nós somos para o Psychobilly o que os Slayer são para o Thrash Metal”. Este já é mais do meu agrado! A única falha é não haver temas bónus, apenas o álbum original. De qualquer modo um grande álbum para os amantes de Psychobilly ou Horror Punk.Os Stage Frite têm em “Island Of Lost Souls” (80%) a sua estreia e único álbum, lançado em 1989. Mais um registo de Psychobilly uptempo / midtempo com o imaginário típico do estilo, nada de extraordinário mas bem feito. Gosto mais deste que do disco dos Radiacs. Aqui além dos 12 temas originais encontramos 6 temas bónus, sendo 2 temas de compilações e 4 demos.Sem para, mais uma banda, mais um disco. São os Rantanplan (sim, o nome vem desse mesmo cão!), a única banda aqui incluída não Britânica, mas sim Germânica. Os Rantanplan apresentam o seu único disco “Two Worlds At Once” (77%) datado de 1990. O estilo vai na linha dos Radiacs, ou seja, mais virado para o clássico Rockabilly que propriamente o desenfreado e maléfico Psychobilly, mas o estilo diferencia um bocado, visto serem de diferentes origens, sendo aqui um pouco “sing-a-long”. Um tema bónus “Bikini Girls With Machine Guns” (versão dos The Cramps) é adicionado ao alinhamento original.Voltamos ao Reino Unido para falar dos extintos (tal como as outras bandas nesta crítica) The Tailgators e a sua estreia homónima de 1990 (para não variar nesta crítica, é o único álbum da banda). Os Tailgators que andavam de Lambrettas e Vespas e que gravaram este disco em 5 dias, gastando mais dinheiro em álcool do que o que se gastou propriamente na gravação do disco. “The Tailgators” (77%) apresenta-nos 14 temas de Psychobilly midtempo com certos toques psicadélicos e com líricas sobre monstros, assassinos em série e até como ensinar o cão a “rockar”! Tudo isto como muita diversão e álcool à mistura. Dois dos temas são versões muito peculiares de “Should I Stay Or Should I Go” (é preciso dizer de quem é?!) e de “Tainted Love” (sim, esse mesmo tema, aqui mais uma versão, mas a melhor que já ouvi até hoje!). Além dos temas do disco temos como bónus um tema de estúdio e 5 ao vivo.Para fechar a crítica; este CD não se trata de uma re-edição mas sim de uma compilação com algumas faixas destas bandas. É uma espécie de sampler para apresentar estas re-edições e trata-se de “Long Lost Psychobilly Vol.1” (80%). São 18 temas para 9 bandas (Batfinks, Radiacs, Sugar Puff Demons, Stage Frite, The Termites, Tailgators, Rantanplan, Scared Stiff, Frantic Flintstones). Se quiserem ouvir o material da “Psychobilly Collectors Series” antes de comprar qualquer disco, então comprem esta colectânea para abrir o apetite.Todos os álbuns contêm notas editoriais muito interessantes escritas por Alan Wilson (The Sharks, Deathrow Fanzine) ou por Simon Nott (Big Cheese Magazine). No geral estas re-edições são muito boas, com bom som, boa apresentação, com faixas bónus interessantes e uma mais valia para os amantes de Psychobilly, que têm aqui a oportunidade de adquirir pedaços importantes da história do género musical da sua preferência. RDS
85%

Anagram / Cherry Red: www.cherryred.co.uk

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