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Friday

Cartas-Manifesto Pt. 3/3: 2ª Carta

2ª CARTA – JORNAL DE NOTÍCIAS / SEPULTURA (VILAR DE MOUROS 2003):

O assunto que me levou a dirigir-lhe estas palavras foi uma reportagem incluída no Jornal de Notícias Nº330, ano 116, de 20 de Julho deste mesmo ano de 2003. Trata-se de uma reportagem do primeiro dia do festival de Vilar de Mouros, da responsabilidade do Sr. Emanuel Carneiro, incluída na secção “Cultura”, na página 44 da referida edição do jornal.
O que realmente me deixou perplexo foi que, um jornal da vossa dimensão e qualidade, atribua a reportagem de um festival de verão / concerto a uma pessoa que pouco ou nada percebe de música; ou pelo menos é o que deduzo do que li. O que mais me indignou foi o último parágrafo desta reportagem, parágrafo direccionado aos Brasileiros Sepultura, o qual passo a transcrever: “Os Sepultura conseguiram a duvidosa façanha de dar um concerto com a mesma faixa repetida até à exaustão. Não se apanha uma sílaba do que o cantor Derrick Green rosna. “Bullet in the blue sky”, dos U2, foi cilindrado à... bala”.
Comento agora o que este senhor escreveu:
- “... a mesma faixa repetida até à exaustão”? Caso o senhor não saiba, quem é conhecedor da história e discografia da banda, estes conseguiram encaixar temas de toda a sua discografia em cerca de uma hora e quinze minutos em que estiveram em palco. Por lá passaram temas emblemáticos como “Refuse / Resist”, “Roots Bloody Roots”, “Territory”, “Troops Of Doom”, “Arise”, “Beneath The Remains”, entre muitos outros temas de relevo (aliás, diria eu tendenciosamente, todos!).
- “... duvidosa façanha...” ? O que é que o senhor quer dizer com isto? Não percebi muito bem esta parte!
- “Não se apanha uma sílaba do que o cantor Derrick Green rosna.”. Pois bem, eu percebi tudo! Não só por conhecer as letras mas também porque estas são em inglês, e eu falo inglês, um pouco mal, mas falo e percebo alguma coisa. Não se apercebeu disso o senhor? Que era em inglês? Além disso, o senhor Derrick Green rosna? Esta foi a gota de água.
- “ “Bullet in the blue sky”, dos U2, foi cilindrado à... bala.”. Bom, pelo menos o senhor conseguiu reconhecer esta versão de um tema dos U2 (que se calhar é das poucas bandas que conhece!). Mas o tema não se intitula “Bullet in the blue sky” mas sim “Bullet the blue sky” (do célebre álbum “The Joshua Tree” de 1987). Cilindrado? Isso até soa a elogio, mas com certeza não o é. Eu gosto do original e da versão, mas isto porque sou uma pessoa de mente aberta.

Além do texto transcrito, o senhor Emanuel Carneiro adiciona ainda um quadro com pontos positivos e negativos do festival. Nos pontos negativos, com o título “Rock é pedregulho?” refere que “O rock do primeiro serão deve mais ao pedregulho do que à capacidade criativa” e que “... refugia-se apenas nos disparos de adrenalina.”.
Caso não saiba, estes senhores são responsáveis por álbuns importantes não só na cena do Heavy Metal, mas no Rock e música em geral, como “Arise”, “Chaos AD” e “Roots” (este que despoletou o surgimento de bandas como Korn, Deftones, Ill Niño e afins, influenciado-os ao máximo), e não se limitam a viver à custa de glórias passadas, sempre souberam actualizar a sua sonoridade, mantendo-se no topo, mesmo após saída do seu emblemático líder Max Cavalera, e mudança de vocalista, sempre a imagem de marca de uma banda!
Refere ainda neste ponto negativo que a música “... antiga de muitos anos, a música dos Guano Apes, Him, Sepultura e Planet Hemp...”. A única banda “antiga” é Sepultura, pois todas as outras bandas são mais ou menos recentes, tendo no máximo 6 ou 7 anos, enquanto que os Sepultura têm uma carreira de cerca de 20 anos, e essas sim pode-se dizer que não devem nada à criatividade, não trazendo nada de novo à música, sendo apenas fenómenos de “mainstream”.
Além de não conhecer o trabalho dos Sepultura, ainda comete o erro de comparar os alemães Guano Apes aos Red Hot Chili Peppers e ainda os Planet Hemp aos Rage Against The Machine e, ultraje dos ultrajes, sacrilégio diria até, aos Dead Kennedys de “Plastic Surgery Disasters”. Por favor não achincalhe o nome dos Dead Kennedys, os membros da extinta banda fazem-no, e muito bem, sem a sua ajuda. Nem uma nem outra comparação tem cabimento na cabeça de qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento de música.
Pode ainda dizer que tem anos de jornalismo ou até mesmo anos de música, mas não acredito nisso. Ouvir apenas bandas das tabelas de vendas ou ouvir apenas bandas consagradas não é gostar de música, é ouvi-la apenas como um entretenimento e apenas o que os media nos “dão a comer”. Isto não para o criticar, pois nem todos podem ter a mesma “doença” em relação à música que eu tenho, mas se não estava à altura de realizar esta reportagem não o fazia, por respeito aos leitores do jornal. Pois trata-se aqui de jornalismo com falta de rigor e profissionalismo.

A sua crítica, senhor Emanuel Carneiro, nada tem de construtiva, pelo contrário, até é destrutiva! Quem lê a sua reportagem e não viu o concerto em questão, ou não conhece a banda, ou conhece mas não esteve lá, gera uma ideia errada e talvez preconceituosa da banda. Preconceito! É isso mesmo o único que o senhor consegue realmente transmitir com as suas palavras!
Todo o seu discurso é preconceituoso (sim, repito mais uma e outra vez!!!) para com o estilo em si, ignorante, repugnante, e acima de tudo arrogante!!! Pensa que as suas opiniões, gostos, ideais são a "lei de ordem"?
Cultura para o senhor devem ser recitais, exposições de pintura, fado, e outros afins. Sim. É cultura, é verdade. Mas isto também o é, embora não reconhecida como tal.
Vê-se mesmo que o senhor não percebe do que falou, pois nem sequer o título de um tema apontou! Onde é que está o jornalista com conhecimento de causa para comentar dignamente este concerto? Assim é que deveria ser: "cada macaco no seu galho", como o povo costuma dizer!!!

Em jeito de despedida convido-o a visitar o sítio dos Sepultura em www.sepultura.com.br ou o sítio do clube de fãs em www.sepultribe.com para se informar melhor, visto que o senhor antes do festival ou mesmo antes de escrever a sua reportagem não fez nenhum “trabalho de casa”.


1ª RESPOSTA (JORNALISTA):

À atenção de Ricardo Santos

Ponto 1 – Deduziu que pouco ou nada percebo de música. Ainda que não me conheça de lado algum, deduza o que quiser. Os eventuais erros são seus.
Ponto 2 – Fica-lhe bem reconhecer que é tendencioso.
Ponto 3 – Não percebe muito bem português, fala mal inglês e escreve português manco. Paciência.
Ponto 4 – Já ouviu falar em metáforas? O “rosna” tem a ver com isso
Ponto 5 – De facto, o tema dos U2 assassinado pelos Sepultura chama-se “Bullet the blue sky”.
Ponto 6 – “Cilindrado” não era, realmente, um elogio.
Ponto 7 – Cuidado com a mente aberta. Com este sol...
Ponto 8 – Na frase em causa, não deve escrever-se “despoletou”, mas sim “espoletou”
Ponto 9 – A música das bandas que refere é muito antiga porque houve quem a fizesse há muitos anos e muito melhor
Ponto 10 – “Erro”, “ultraje dos ultrajes” e “sacrilégio”. A seguir, diz que os Dead Kennedys estão extintos. Tocaram em Portugal no ano passado e estiveram agendados para um festival deste Verão, ainda que sem o Biafra.
Ponto 11 – Acredite no que quiser. Quem falou em doença foi o senhor. Não o vou contrariar.
Ponto 12 – A minha crítica é, de facto, destrutiva. Pela simples razão de a música ser péssima.
Ponto 13 – Se as minhas opiniões, gostos ou ideais fossem lei de ordem, o mundo parecer-me-ia mais justo. Mas não são.
Ponto 14 – “Nem sequer o título de um tema apontou”. Há tendência para esquecer as coisas más.
Ponto 15 – “Cada macaco no seu galho”. Concordo. Por isso, não se aventure na escrita.
Ponto 16 – Vive em minha casa? Então, como sabe se fiz ou não “trabalho de casa”?

Emanuel Carneiro; desde Rua Gonçalo Cristovão, Porto


1ª CONTRA-RESPOSTA (EU):

Caro Emanuel Carneiro:

Antes de mais quero agradecer o facto de ter respondido à minha mensagem anterior.
Serve esta nova mensagem apenas para esclarecer alguns mal entendidos, tanto da sua parte como da minha, e não para iniciar uma corrente de cartas / mensagens de ataque bilateral constante.
Não pretendia ofendê-lo nem pôr em causa o seu trabalho como jornalista, mas sim dar-lhe a conhecer o meu ponto de vista acerca do concerto, banda, música, e desta sua reportagem especificamente.
Peço desculpa se o ofendí, pois parece que o fiz, pelo menos pela maneira como respondeu.
Se quiser responder a esta nova carta, esteja à vontade, mas não pretendo continuar a escrever e responder indefinidamente. Espero que com esta carta e a sua eventual resposta fique tudo esclarecido.
Sem mais de momento, despeço-me cordialmente;

Ricardo dos Santos

Ponto 1 – A minha carta salientava "deduzi", eu não disse que o senhor era ignorante ou que nunca tinha tido um contacto mais aprofundado com música. Pelo menos na área do Hard Rock / Heavy Metal não tem conhecimento. Inúmeras pessoas pelo mundo fora que compram os álbuns e vão aos concertos, e jornalistas de vários jornais e revistas da especialidade, não podem estar errados.

Ponto 2 – Não o sou nem nunca o serei, eu ouço todo o tipo de música. Enquadre a palavra no devido contexto.

Ponto 3 – Eu disse que não percebia português? Voltei a ler a carta que escreví e não ví isso em lado algum. Falo mal inglês, sim, não sou fluente na língua mas se tivesse que ir viver neste momento para um país onde se fale inglês, não "morreria à fome", como costuma dizer o povo. Além disso estava a ser sarcástico caso não tenha percebido. Escrevo português manco. Em primeiro lugar, não sou português, e posso até gabar-me de falar melhor a vossa língua materna do que a maioria dos portugueses. Eu noto isso mesmo na faculdade, o que até é mais grave! Em segundo lugar, pode-se falar do ensino em Portugal. No secundário, como é que sendo eu aluno da área das ciências, na disciplina de português tenho que estudar poesia trovadoresca em português arcaico? Mas isto já não tem nada a ver com o nosso tema. Isso são outras conversas.

Ponto 4 – Eu percebí. Não sou ignorante como o senhor me pretende "pintar" (Oh! Uma metáfora!)

Ponto 5 – Certo.

Ponto 6 – Também tinha percebido esta. Também estava ser sarcástico.

Ponto 7 – Não percebeu? Esta sua piada foi a melhor que ouví na última década. Hoje em dia todos são humoristas.

Ponto 8 – Não posso saber o dicionário todo. Todos os dias aprendo uma palavra nova. Obrigado pela correcção.

Ponto 9 – Neste ponto estamos completamente de acordo. Até mesmo os Sepultura com vinte anos de carreira têm as suas influências, então de Guano Apes e Him nem se fala.

Ponto 10 – Eu sei que alguns dos membros da banda se reuniram, com excepção de Biafra, mas isso já não é Dead Kennedys, e não sou o único a afirmar isso. Esta reunião está, meramente, com olhos postos nos cifrões.

Ponto 11 – As aspas, "doença", servem por vezes para marcar uma metáfora (lá está ela de novo). Eu não vejo a música como algo de mal, muito pelo contrário.

Ponto 12 – Agora é o senhor que está a ser tendencioso e preconceituoso em relação ao estilo de música em questão. A música não é péssima, muito pelo contrário; o senhor é que não gosta. Aceitaria um "não gosto" em vez do seu "a música é péssima".

Ponto 13 – Esta nem vou comentar! Nem sequer acredito que o senhor acredite no que escreveu.

Ponto 14 – A mesma resposta que para o ponto 12. Não é mau, o senhor é que não gosta.

Ponto 15 – Eu não me aventurei na escrita. Eu não estava a tentar escrever um romance ou uma peça de teatro! Apenas escreví uma carta com o intuito de fazer ver o meu ponto de vista em relação ao assunto e manifestar a minha indignação para com o artigo em questão, o qual é, volto a repetir, tendencioso e preconceituoso, não só para com a banda em questão, Sepultura, mas para com todo o cenário Hard Rock / Heavy Metal e todas as pessoas que ouvem este género de música em todo o mundo.
Neste caso, o senhor quer dizer que uma pessoa sem estudos não podería escrever uma carta deste género, como a que eu escreví?

Ponto 16 – Se o fez não o deu a entender, de qualquer maneira peço desculpa se o ofendí.


2ª CONTRA-RESPOSTA (JORNALISTA):

Ponto 1 – Insiste em afirmar coisas sem me conhecer. Esteja à vontade. As unanimidades são perigosíssimas, basta olhar para a história.
Ponto 2 – É tendencioso.
Ponto 3 – Não percebe muito bem português. Por favor, não se aventure pelas tentativas de sarcasmo.
Ponto 4 – A recomendação para o sarcasmo serve para as metáforas.
Ponto 7 – Não tem ouvido muitas piadas nos últimos dez anos, pois não?
Ponto 10 – A banda chama-se Dead Kennedys. Pense pela sua cabeça.
Ponto 12 – A música é péssima.
Ponto 13 – Recorra à primeira parte do ponto 3.
Ponto 15 – Se houve coisa que não me passou pela cabeça quando escrevi sobre os Sepultura foram as pessoas que ouvem hard rock/heavy metal. Portanto, como poderia ser preconceituoso em relação a elas?

Game over.

Emanuel Carneiro


EM JEITO DE FINALIZAÇÃO:
Esta do “game over” deixou-me fodido! Era qualquer coisa do género “a minha opinião é final e universal e ficamos por aqui”. Mas eu já não me preocupei em voltar a responder a este senhor, senão nunca mais acabava isto. Além disso, dá para ver que este senhor é intransigente e arrogante e que esta troca de opiniões não ia parar a lado algum. Decidi esquecer o assunto e este senhor e o seu “profissionalismo” e “ética” (ou falta dos mesmos). Fim da história. The End (isto para não usar a mesma frase em inglês usada por ele).

Cartas-Manifesto Pt. 2/3: 1º Carta

1º CARTA – BLITZ / NAPALM DEATH (CARVIÇAIS ROCK 2001):

Caros amigos do Blitz: […]
No dia 19 de Agosto enviei-vos um e-mail com o texto que segue nesta carta. O mesmo é para uma inclusão na vossa secção VOZ DO POVO. Já foram lançados 3 números após isso e ainda nada! […] Gostaria de saber se ainda resta algum respeito pelos leitores, em especial por alguém que o é à cerca de 10 anos!!!
Estou a escrever para mostrar a minha indignação para com o senhor Luís Guerra e a sua reportagem acerca do Festival Carviçais Rock 2001, mais precisamente a propósito da actuação dos britânicos Napalm Death. Sou leitor do Blitz há cerca de 10 anos e é a primeira vez que escrevo para o mesmo, é pena que seja para contestar uma das suas reportagens! Aliás não o Blitz mas sim um dos seus jornalistas. O grande problema de tudo isto é simplesmente, colocarem senhores a trabalhar numa área com a qual nada têm a ver. Aliás o mesmo até diz: "... não morro de amores pelo género (ok, abomino-o)...". A sua crítica, senhor Luís Guerra, nada tem de construtiva, pelo contrário, é até destrutiva! Quem lê a sua reportagem e não viu o concerto em questão, ou não conhece a banda, ou conhece mas não esteve lá, gera uma ideia errada e talvez preconceituosa da banda. Preconceito! É isso mesmo o único que o senhor consegue realmente transmitir com as suas palavras! Aliás, começa logo a parte da sua reportagem destinada aos Napalm Death com "Confirmando a tendência para a um bom concerto se seguir um motivo de menor interesse, ...". Motivo de menor interesse? Para quem? Só mesmo para si! De início já demonstra o seu preconceito para com o estilo musical em geral e esta banda em particular, a qual leva com a sua (des)crítica! E o que é que pretende dizer com: "... continuam vivos e é bem capaz de residir aí o seu principal problema". Pretende afirmar que já deveriam ter "arrumado as botas"? Que já cá não deviam andar? Utilizando mais uma vez as suas palavras: "De registar que esta veterana banda de grindcore reuniu à sua frente a plateia mais numerosa de todo o festival, centenas de jovens... que vieram de propósito de todos os quadrantes do norte do país para assistir ao concerto (que, confesso, não percebí) dos Napalm Death...". Caso não saiba, estes senhores são responsáveis por todo um género, apelidado de Grindcore, e não se limitam a viver à custa de glórias passadas, sempre souberam actualizar a sua sonoridade, mantendo-se no topo! Já percebe o porquê de tanto público a assistir? Ah, já agora não era só pessoal do norte! Eu vivo a cerca de 17km de Aveiro (descendo mais ainda no mapa!) e também lá fui de propósito assistir ao concerto! Pouco mais de 3 horas de viagem para lá e outras tantas para cá, no meio da serra, com todo o calor que se fazia sentir, com todos os contratempos sempre aliados a este tipo de actividades! Valeu a pena, sim senhor!!!

Desde os 13 anos que assisto aos mais variados espectáculos, das mais variadas bandas, dos mais variados estilos musicais. Bandas "grandes", de garagem, portuguesas, norteamericanas, finlandesas, etc, etc. Desdes os 10 anos (benditos Iron Maiden!) que vivo e respiro música. Há 7 anos que faço rádio. Pelos meus olhos e ouvidos já passaram Slayer, Megadeth, Smashing Pumkins, Clawfinger, Guano Apes, Metallica, Ratos de Porão, Iron Maiden, Aerosmith, Apocalyptica, Sepultura, entre muitos outros. Isto para dizer o quê? Que considero este o melhor concerto a que assisti em toda a minha vida! 2 pontos em 10 atribui o senhor? Foram 2 pontos para si mas 10 para mim e muito mais gente que lá estava! Diz o senhor Luís Guerra que "parece um mero repositório de electricidade e ruído ensurdecedor, temperado por ritmos que ultrapassam em muito a violência tribal. Vocalizações indistintas, cuspidas em desespero e angústia...". […] Quase que não aguento ao tentar avaliar estas suas palavras. Todo o seu discurso é preconceituoso (sim, repito mais uma e outra vez!!!) para com estilo em si, ignorante, repugnante, e acima de tudo arrogante!!! Pensa que as suas opiniões, gostos, ideais são a "lei de ordem"?

Vê-se mesmo que o senhor não percebe do que falou, pois nem sequer o título de um tema apontou! Apenas no final o título do novo álbum, mas essa informação deve-lhe ter sido fornecida pelo próprio vocalista da banda durante a sua actuação! Onde é que estava o senhor José Rodrigues, o jornalista do Blitz ligado à área do Metal, para comentar dignamente este concerto? Assim é que deveria ser: "cada macaco no seu galho", como o povo costuma dizer!!!


RESPOSTA A ESTA MISSIVA? SE EU AINDA ESTIVESSE À ESPERA DA MESMA…

Cartas-Manifesto Pt. 1/3: Introdução

INTRODUÇÃO:

Um dia destes andava a dar uma olhadela a umas pastas antigas no meu PC, para apagar material antigo e criar espaço, e encontrei estas 2 cartas. Trata-se de cartas que escrevi depois de ler críticas / reportagens tendenciosas, ignorantes e com falta de rigor jornalístico e ética profissional. Infelizmente não tenho as ditas críticas (alguém tem isso?), mas podem ler alguns excertos nas cartas. A primeira crítica é do Blitz, referente aos Napalm Death e o seu concerto no verão de 2001 no festival Carviçais Rock. A esta não obtive resposta alguma! Nem por carta, nem por e-mail, nem a publicação da mesma no jornal. A segunda é do Jornal De Notícias e refere-se à primeira noite do festival Vilar de Mouros de 2003, em particular à actuação dos Sepultura. A esta carta (foi por e-mail aliás) já obtive resposta mas, como poderão constatar, não foi das melhores!
Porque publicar isto agora depois de vários anos passados? Porque infelizmente as mentalidades continuam na mesma. Porque este tipo de críticas continuam a ser escritas nos jornais e revistas e continuam a ser habituais na televisão. Ainda se lembram, isto já mais recentemente, da reacção do Sr. Eládio Clímaco e a sua frase “e parece que os miúdos gostam disto hoje em dia” (ou qualquer coisa do género) quando os Lordi venceram o festival da canção? Pois é! Porque eu não sou de “comer e calar” e porque nunca fui politicamente correcto. É por isto tudo e por muito mais!
O meu português não é dos melhores? Pois não. Tenho pena, mas mesmo assim é melhor que o da grande maioria dos Portugueses, e eu nem sou Português! Já vão ler na carta, e respectivas respostas, porque é que digo isto.
Vou colocar isto “online” em duas partes (as duas cartas), porque isto é extenso. Por essa mesma razão tentei eliminar algumas coisas desnecessárias, para encurtar um pouco, mas o essencial está lá, e não tentei “polir” as minhas intervenções!
Se alguém se sentir lesado, principalmente os senhores que escreveram as ditas reportagens, que deixe o seu comentário neste blog! Comentários são bemvindos! Eu sou a favor da liberdade de opinião, desde que não vá contra a minha (brincadeira!).