Thursday

Waste Disposal Machine + Urb + Synergy


Woven Wheat Whispers

A Woven Wheat Whispers é um portal com muita informação sobre Folk, em todas as suas vertentes, tradicional, Dark, experimental, Wyrd, celta, Rock, etc. Além da informação têm um extenso catálogo de venda online.
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Além do material de venda, têm vários álbuns, EPs e compilações disponíveis para download gratuito que podem ser encontrados nesta ligação:
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Para os iniciados, aconselho vivamente as 3 excelentes compilações:
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Gazua - Entrevista

1 – Fala-me um pouco da história dos Gazua desde a sua concepção até à data.
Os Gazua tiveram um arranque um pouco atribulado... A banda começou por minha iniciativa e do Fred (ex baixista de censurados), e nessa altura tinhamos o Pedro Cardoso na bateria (que participa neste disco como convidado). Deram-se alguns concertos, e depois da saída do Fred por falta de disponibilidade para um projecto a tempo inteiro a banda sofreu algumas alterações à formação até chegar aquilo que é hoje. O Paulinho surge através de um amigo em comum, e o Quim trabalhava nos estúdios em que nós ensaiávamos. Desde há um ano que temos esta formação fixa, e por isso estava na hora de avançarmos para o disco.

2 – Descreve os processos de composição e gravação deste disco de estreia “Convocação”.
A composição deste disco parte de uma série de ideias que vinham já de trás, ainda antes desta formação estar composta. O que fizemos foram alguns arranjos, mas o disco já estava pensado e pronto a arrancar há algum tempo. Em relação à gravação, correu muito bem. Estivemos 16 dias nos estúdios Crossover em Linda-a-Velha a trabalhar com o Zé Pedro Sarrufo, e penso que se encontrou um excelente ambiente de trabalho. E acima de tudo, muito profissional.

3 – Sobre que assuntos incidem as letras contidas neste disco?
Este conjunto de letras têm um cariz muito pessoal, falam muito de persistência, de lutarmos por aquilo em que acreditamos. Falam também das interrelações entre pessoas, e da forma como às vezes é tão difícil alcançar uma harmonia.

4 – Quais são as vossas influências musicais, assim como outro tipo de influências externas à música?
Penso que somos essencialmente três viciados em música. Temos idades compreendidas entre os 34 e 36 anos e estamos metidos nisto até ao pescoço. Eu pessoalmente estou neste momento a ouvir muito os Clash, a Patti Smith, o Wayne Kramer (ex-MC5), Thin Lizzy... o Quim sei que é fã incondicional dos Iron Maiden, Slayer... e o Paulo ouve bandas como Discharge, AC/DC... são gostos variados, temos todos um espectro de gostos musicais muito alargado.

5 – O disco é lançado em regime de edição de autor. Porque é que a banda optou por esta via? Não há editoras a apostar nesta sonoridade ou não surgiu nada entretanto e decidiram levar a vossa avante, não deixando “morrer” o trabalho da banda?
É mesmo essa segunda hipótese. Ninguém se mostrou interessado em investir neste disco, e se essa parte nos teria que caber a nós, então não se justificava ter o selo de um editora. Penso que nesta fase de arranque da banda e com o mercado em baixa não é fácil arranjar quem arrisque um investimento num produto que não dá garantias. Não foi nada que não estivéssemos à espera. Já cá andamos todos há muito tempo, e não vamos deixar de passar a mensagem por uma questão destas.

6 – Como é que estamos de concertos de promoção ao disco? E em relação a outro tipo de promoção, tais como entrevistas, rodagem em rádios, etc?
O lançamento oficial do disco é no dia 16 de Fevereiro na Academia de Linda-a-Velha, e vamos ter uns quantos concertos a partir dessa altura. Antes disso só mesmo o concerto com os Italianos The Cummies no Espaço dos Desastres. Confirmado está também um concerto em Sintra no dia 23 de Fevereiro, e estamos a aguardar umas quantas respostas em relação a alguns concertos no norte e sul do país. Vamos tendo a agenda actualizada no nosso espaço do Myspace. Em relação a rádios o CD já chegou a algumas e sei que tem passado por exemplo na antena 3. As entrevistas vão chegando, mas penso que os meses de fevereiro, março e abril serão mais atarefados nesse sentido.

7 – Como vês a evolução da cena Underground nacional desde que nela entraste até hoje? Que bandas, editoras, promotores de concertos, revistas e outros da cena musical podes realçar?
Acima de tudo realço sempre as iniciativas de pequena dimensão, que se conseguem mexer quase sem meios e o fazem sem a interferência da indústria mais mainstream. De qualquer forma acho que hoje temos que ser melhores para entrar na cena musical. A fasquia subiu muito e isso agrada-me. É difícil ter uma opinião em relação à industria sendo-se músico... achamos sempre que não fazem o suficiente. Quando as bandas começam a crescer é que entendem que muitas vezes tudo se resume a números, e isso é muito desmotivante, mas é isso que faz mexer a indústria. Talvez ache que nos deixamos influenciar demasiado pelo que vem de fora e desvalorizamos muito o que temos cá dentro.

8 – Como é que surgiu a colaboração do João Pedro Almendra dos Peste & Sida?
Bom, este disco fala de persistência, e quem conhecer pessoalmente o João Pedro sabe que ele é um sobrevivente.
Há com certeza outros, mas ele é uma pessoa que reflecte exactamente aquilo que quisemos transmitir com este disco. Já nos conhecíamos, por isso foi simples e estamos muito satisfeitos. Foi sem dúvida uma mais valia.

9 – Tens agora espaço para deixar uma última mensagem aos leitores da Fénix.
Venham conhecer os GAZUA. Em disco ou ao vivo!!
E de uma maneira geral, não fiquem em casa agarrados aos computadores... vão aos concertos, a outros espectáculos e saiam para os copos com os amigos.
Um abraço a todos!!

Gazua: http://www.myspace.com/gazua

Questões: RDS
Respostas: João (vocalista e guitarrista)

Tuesday

Facebreaker – Dead, Rotten And Hungry (2008) – Pulverised Records

Este é o segundo disco para os Suecos Facebreaker, uma banda que tem como vocalista Roberth “Robban” Karlsson (ex-membro de nomes como Edge Of Sanity, Pan Thy Monium, Incapacity, Ashes ou Darkified). À semelhança da estreia “Bloodred Hell” de 2004 este foi gravado e misturado por Jonas Kjellgren (responsável pelo som de bandas como Scar Symmetry, Carnal Forge ou Centinex) nos seus Black Lounge Studios. Death Metal da velha escola Sueca dos inícios dos 90s. Era isso que tinham em mente os músicos ao formar Facebreaker. Essa preposição ainda se mantém hoje em dia. “Dead, Rotten And Hungry” mantém o espírito da referida altura e de bandas como Nihilist, Carnage, Emtombed, Dismember, Grave, Edge Of Sanity ou até mesmo Repulsion, Impetigo, Carcass, Mortification ou Gorefest. Tudo em referência à dita época, veja-se, pois muitas das bandas mencionadas mudaram a sua sonoridade entretanto. Mas este disco vai mais além da mera proposta saudosista. Os Facebreaker conseguem recriar com mestria o dito sub-género com um som, poder e técnica próprios dos tempos que correm, sem perder, no entanto o ambiente sujo, podre e decadente que se quer e exige. A ajudar à podridão (no bom sentido, claro) temos ainda a capa (e respectiva arte do livrete) da responsabilidade de Mick Kenney dos Anaal Nathrakh. 80% http://www.facebreaker.com/ / www.myspace.com/facebreaker666 / http://www.pulverised.net/ / http://www.sureshotworx.de/

Suicidal Winds – Chaos Rising (2008) – Pulverised Records

Os Suicidal Winds são Suecos e existem já desde 1992. Desde então têm vindo a editar material em diversos formatos, incluindo 4 demos, 3 álbuns, um EP, 2 splits com Bestial Mockery e Gravewurm, assim como um disco ao vivo e um par de 7”s. Actualmente contam no line-up com membros e ex-membros de bandas como Áxis Power, Ill Natured, Psychomantium, Conspiracy, Chtonium ou Azeazeron. “Chaos Rising” é a nova proposta de estúdio destes veteranos da cena Underground e é editada pela Pulverised Records de Singapura. Death / Thrash rápido e brutalíssimo é o que nos oferecem nestes 11 temas. Os temas são curtos, indo desde os 2.34 aos 3.58, não chegando a atingir os 4 minutos sequer em tema algum. Descarga pura e dura, directa ao assunto e sem rodeios, portanto. Riffs old school fantásticos, a fazer lembrar o Death / Thrash / Speed do Underground de finais dos 80s / inícios dos 90s; ritmos rápidos e potentes; vocalizações rasgadas. Uma autêntica descarga de Metal extremo da velha guarda. Único ponto negativo é a utilização de uma faixa final (já fora do alinhamento principal) com cerca de 7 minutos de silêncio seguidos de uma brincadeira de 4 minutos no baixo. Tenho uma certa aversão a este tipo de “enchimentos” de CD. Mas também é a última faixa, quem não quiser, não ouve. De referir ainda a fabulosa capa desenhada pelo artista Chileno Daniel Desecrator e que o disco foi gravado no Studio Evocation sob a achancela de Vesa Kenttäkumpu dos deathsters Evocation. Aconselhado a fãs de Hellhammer, Venom, Destruction, Sodom, Kreator (antigo), Sepultura (antigo), Centinex, Impaled Nazarene, Maze Of Torment, Anasarca, Hypocrisy (antigo), Raise Hell, entre outros. 90% www.myspace.com/suicidalwinds / http://www.pulverised.net/ / http://www.sureshotworx.de/

Ashes - 10º Aniversário


Skypho + Promethevs


Wednesday

Brainstorm – Downburst (2008) – Metal Blade

Mais um daqueles CDs promocionais com aquelas irritantes promo-stamps que conseguem tirar do sério qualquer pessoa! Tentar ouvir com atenção um disco e escrever umas linhas sobre o mesmo é uma tarefa, já por si, dificílima e até ingrata. Imaginem então ter que estar a ouvir alguém a interromper a música a cada minuto e meio para anunciar, pela enésima vez, qual o disco que estamos a ouvir e qual a sua data de edição. Eu já sei isso! Até vem escrito na capa promocional e/ou no próprio CD! Desculpem este desabafo mas, isto enerva mesmo! Apenas temos direito a dois temas de “descanso”, os quais são deixados na sua forma para as rádios os poderem rodar. Técnicas anti-pirataria à parte, passemos à música propriamente dita.Este é o novo trabalho de estúdio dos Germânicos Brainstorm, depois de terem lançado o duplo DVD “Honey From The B’s” e as reedições dos dois primeiros discos “Hungry” e “Unholy”, tudo isto a propósito dos 10 anos de existência da banda. A linha é a mesma, um Power Metal tipicamente Europeu com muito peso e groove, influências Thrash na vertente mais pesada da banda e de Hard Rock tradicional na vertente mais melódica, o ocasional uso de samplers e ambientes épicos. Quem já conhece sabe o que esperar, ou seja, mais do mesmo, mas mais do melhor. Em termos de resultado final, este parece-me ser um disco, no seu todo, muito superior ao anterior “Liquid Monster”. O som é mais dinâmico, os refrões são fortíssimos e memoráveis, os riffs e melodias de guitarra são fantásticos. A voz, essa continua na mesma, soberba. Como já referi, quem conhece, sabe o que esperar. 80% http://www.metalblade.de/ / http://truemetal.org/brainstorm/ / http://www.myspace.com/officialbrainstorm
RDS

The Arcane Order - In The Wake Of Collisions (2008) - Metal Blade

No início do ano irá ver a luz do dia o segundo trabalho dos Dinamarqueses The Arcane Order. “In The Wake Of Collisions” não tem tanta melodia como o anterior “The Machinery Of Oblivon” (2006, Metal Blade), sendo mais pesado, brutal, agreste e rápido. A produção, essa, é que ficou muito aquém daquilo que foi feito na estreia. Não é que esteja com um som mau, mas o som ficou mais abafado e sujo, não havendo uma distinção de instrumentos tão perfeita como no anterior disco. Como o produtor foi o mesmo, o Dinamarquês Jacob Hansen, parece-me ser então uma tentativa deliberada de tornar a sua música mais pesada. Não aprecio este tanto como “The Machinery Of Oblivion”, mas talvez esteja a ser influenciado pela diferença na produção. Mesmo assim lá vou ouvindo e descobrindo alguns pontos de interesse. Pode ser que com o tempo me agrade ainda mais. Para quem não conhece a orientação musical dos The Arcane Order, pode-se dizer que os riffs, batidas e som estão numa linha moderna (leia-se nova escola), explorando-se ainda alguns samplers e electrónica para criar ambientes épicos mas frios, mecânicos e futuristas. A banda tem muito groove mas sempre alternado com muita brutalidade (com recurso inclusive a blastbeats), sendo tudo isto complementado por uma voz rasgada. Fãs de nomes como Strapping Young Lad, Red Harvest, Darkane, Soilwork (antigo), Raunchy, Mnemic ou Scar Symmetry têm aqui um verdadeiro festim. 70% http://www.metalblade.de/ / http://www.thearcaneorder.net/
RDS

Dawnrider - Entrevista

1 – Fala-me um pouco da história dos Dawnrider desde a sua concepção até à data.
FJ – Em 2004 eu vim com a ideia de formar um projecto novo com o Libe (João Barrelas). Ambos tínhamos terminado as nossas funções nos Subcaos, mais uma vez a banda iria hibernar. Como necessitávamos de um line-up diferente dos Subcaos eu propus ao Conim, que fosse experimentar guitarra ritmo e ver como se entendia com o Libe. Por sua vez o Libe trouxe o Samuel dum projecto que tinham em conjunto. Ainda tinha os No-Counts a decorrer, lembrei-me logo de propor ao Victor o lugar na bateria para este tal projecto de Metal. Já no tempo dos No-Counts eu e o Vítor queríamos tocar Metal, no tempo dos Subcaos o Libe partilhava da mesma ambição comigo, então o passo óbvio seria formar uma banda de Metal. Depois de vários concertos e de um split Ep editado na Blood & Iron, Samuel sai e entra outro ex-No-Counts, o Carlos “Sven”. Como o Samuel saiu a meio das gravações e não podíamos perder mesmo mais tempo, no álbum, quem gravou o baixo foi o Conim. Espero que esta formação se mantenha por muito tempo, para além de serem grandes amigos, são músicos muito criativos com um enorme coração.

2 – Descreve os processos de composição e gravação deste disco de estreia “Alpha Chapter”.
FJ –
Os temas foram compostos essencialmente pelo Libe, mas temos também alguns pelo Samuel e pelo Conim. Os arranjos são feitos um pouco por todos na banda. As letras até agora têm sido feitas todas por mim. O modo como gravámos este álbum foi errante, houveram muitos problemas, as misturas eram para serem feitas em casa com um produtor mas os planos falharam, aconteceram uma data de imprevistos da parte do nosso antigo baixista e tivemos de continuar o trabalho no estúdio onde fizemos a captação, passados uma data de meses. O álbum foi feito aos bochechos e na fase final teve de ser apressado. Para um primeiro álbum acho que está bom, mas da próxima já temos um plano delineado onde vamos gravar os temas dois a dois em meses seguidos e depois sim, as misturas serão feitas de seguida.Assim é tudo feito em um terço do tempo, gastamos metade do dinheiro que gastámos e depois deste verão, temos o disco todo gravado e misturado. Desde que registámos a bateria até que o álbum estivesse masterizado, passou-se um ano. Muitos meses queimados esperando podermos gravar guitarras e baixo em casa e no fim não foi possível.

3 – Sobre que assuntos incidem as letras contidas neste disco?
FJ –
Variam um pouco, não há um conceito neste primeiro álbum. As letras são directas e fáceis de entender. Lidam muito com o conceito de liberdade, não numa perspectiva de reclamar por exemplo libertinagem, mas sim a liberdade do indivíduo cada vez mais condicionada de formas camufladas que o sistema usa para eliminar as nossas defesas. Os sistemas modernos já não usam a repressão policial, ditaduras militares ou coisas do género…preferem usar a economia para chegar aos seus objectivos.Por outro lado, falam de batalhas espirituais, letras pessoais de mágoa, dor e paixão e até uma que é um tributo a uma banda Portuguesa dos anos 70 que são os Beatniks.

4 – A capa do disco é uma fotografia da banda, mas esta foi tratada de modo a ter um ar de portada de disco dos 70s. Era esta a vossa intenção, suponho? Quem é que foi responsável pela capa?
FJ – A foto na capa, bem como a contracapa e a foto do interior são da autoria de um fotógrafo que descobri num fórum de Metal cá, muito talentoso por sinal, que é o José Ramos. Apaixonei-me pelo trabalho dele e contactei-o fazendo a proposta para trabalhar conosco neste álbum e que levaria a banda até alguns sítios de Sintra que ele fotografou para experimentar com a banda e assim foi. No disco apenas estão duas fotos da banda mas temos mais umas três diferentes de uma sessão de mais de 500 para introduzir como fotos promocionais para magazines, webzines, o que for necessário. Se olhando para a capa dá a imagem de recriar um ambiente “seventies”, então a missão foi cumprida.

5 – Quais são as vossas influências musicais, assim como outro tipo de influências?
FJ – São bandas de várias épocas e estilos mas que se encaixam bem umas nas outras, pelo menos para nós. Do final de 60’s e anos 70 somos influenciados por nomes de peso como os óbvios Sabbath e Pentagram, mas também por Bang, Sir Lord Baltimore, Dust, Buffalo, Judas Priest dos primeiros tempos, Captain Beyond, Blue Cheer, High Tide, etc. Dos 80’s retiramos influencias no Doom Metal, Crust original e Heavy Metal tradicional, como Trouble, Saint Vitus, Obsessed, Penance, Amebix, Antisect, Deviated Instinct, Angel Witch, Diamond Head, Witchfinder General, Mercyful Fate e Manilla Road. Outras influencias podem ser a Bíblia Sagrada, William Blake, o terrível sistema em que vivemos, a nova ordem mundial, o sonho hippie e a utopia libertária.

6 – O disco é lançado pela Raging Planet Records. Como é que surgiu esta colaboração? Porque é que a banda optou por esta editora em particular?
FJ – Eu já conheço o Daniel Makosch da Raging há algum tempo. Inclusive, cheguei a escrever sobre algum Metal na Rock Sound quando ele editava cá a versão Portuguesa da revista. Quando terminámos a gravação foi o primeiro a quem mostrei por ter boas relações com ele. Como ele quis editar o disco, eu nem mostrei a mais ninguém. Agrada-nos o facto de ser alguém que nós conhecemos a editar o disco. Embora a editora não tenha nenhuma banda na nossa área, gosto como ele promove os trabalhos.

7 – Como é que estamos de concertos de promoção ao disco? E em relação a outro tipo de promoção, tais como entrevistas, rodagem em rádios, etc?
FJ – Embora o disco tenha saído em Novembro, apenas foi para as lojas independentes em Dezembro e só chegará ás grandes superfícies em Janeiro. Já fizemos 3 datas entre Novembro e Dezembro de promoção do disco, 2 delas com mais bandas, a primeira, de lançamento do álbum foi com os Alabama Thunder Pussy e os Firebird. Em Fevereiro e Março temos mais concertos, vamos tocar em Barroselas este ano e como não somos uma banda que toque muito ao vivo para nós já é bom. Vamos em Fevereiro gravar um vídeo-clip de promoção ao álbum, provavelmente será o tema “Predator” um tema muito “in-your-face” bom para passar na televisão. Neste mês de Janeiro sei que pelo menos uns 30 programas de rádio receberam o promo do álbum, agora é ver o que vai acontecer. As entrevistas começaram agora, penso que a tua é a primeira desta fase de promoção do álbum.

8 – O que é que aconteceu à tua editora Sleazey Records? Porque é que “fechou as portas”? Que lançamentos e outro tipo de actividades efectuaste com a mesma?
FJ – A Sleazey foi criada enquanto estava nos No-Counts para não só editar a minha própria banda, bem como as dos nossos amigos (Brainwashed by Amália e We were Wolves). A maioria dos lançamentos são splits pois assim também lançava bandas de amigos e correspondentes lá de fora. Como as bandas eram todas mais ou menos do mesmo universo, estava-se a criar uma cena gira com os Sleazey Fests e tudo, os Adam West de Washington que chegaram a tocar cá, não só entraram num split conosco em Cd, bem como lhes fiz um Ep com uma capa exclusiva assinada pelo Mauamor, o meu ilustrador Português favorito do Rock underground. Eu era um grande fan dos Adam West, eles são uma grande banda e orgulha-me ter trabalhado com eles durante o ano de 2003.Como acabei por perder algum dinheiro com a editora (alguns lançamentos falharam) e fiquei sem dinheiro para reinvestir, decidi findar o projecto.

9 – Agora tens outra editora, a Blood & Iron Records. A linha musical é um pouco diferente da Sleazey, não é? Que edições tens feito até agora e quais é que tens programadas para o futuro próximo?
FJ – Sim, eu e o Conim somos a Blood & Iron. Também distribuímos ás vezes outras editoras pequenas mas com lançamentos muito interessantes. Editámos um single para os Blacksunrise, editámos o nosso split Ep com os War Injun que era um projecto com elementos dos Earthride (2 álbums na Southern Lord), um deles o mítico Dave Sherman ex-Wretched e ex-Spirit Caravan, no baixo.Editámos um 10” EP aos Place of Skulls que contam como líder da banda, o ex-Pentagram Victor Griffin.Em Fevereiro sai agora um CD reedição com o primeiro EP dos Life Beyond mais bónus, esta banda conta com um actual membro dos Iron Man, outra banda de Doom de Maryland de culto.Também em Fevereiro sai uma colecção de demos com o single ultra-raro incluído dos Blind Legion, uma banda de culto do underground metaleiro americano dos anos 80. Em Março ou Abril sai finalmente ao fim de um ano de espera por todos os temas, o tributo aos Australianos Buffalo, com muitas bandas boas do underground Doom e Heavy Rock internacional. Os Dawnrider entram com “Shylock” que aparece também no álbum de estreia.

10 – O que é que aconteceu às tuas bandas anteriores, The No-Counts D.O.M., Subcaos e Savage City Outlaws (esta apenas uma pequena brincadeira)?
FJ – Os No-Counts acabaram, pena foi não termos deixado um álbum. Agora vejo aí bandas com metade da qualidade e da fúria dos No-Counts a quererem singrar cá. A minha mensagem é: “os Portugueses não gostam de Hard Rock com colhões!” - S.C.O. são isso mesmo, uma brincadeira. Fui convidado para cantar nos eps nada mais, foi uma boa gargalhada ver aquilo tudo editado. Subcaos…bom, vê o myspace da banda, lá diz tudo numa frase: “We the undead, we never sleep!”.

11 – Essas bandas tiveram alguns lançamentos antes de encerrarem as suas actividades. Pensas reeditar isso num futuro próximo? Talvez um CD com o material que foi lançado em vinil.
FJ – Para já não, não quero editar nada de Subcaos mas procuramos uma editora para o fazer: queremos editar finalmente a colecção de demos raras que ninguém praticamente teve acesso juntamente com o Mini LP inédito de 1996 e queremos fazer um Ep novo.Se alguma vez reeditar os No-Counts será daqui a 10 anos, ou se alguém o quiser fazer, eu não me importo.

12 – Além de bandas e editoras tens também andado ocupado com a tua loja de música. Isso ainda está a andar?
FJ – Fechou há um ano atrás, o negócio na net e a edição de discos são agora o meu objectivo.

13 – Sentes na tua loja que o negócio está fraco por causa de toda a cena do “download” na “internet”, pirataria, gravações caseiras, etc? Já agora o que é que pensas desse assunto? Não será isso apenas mais uma forma actualizada do antigo “tape trading”? Afinal de contas, sempre se gravaram os vinis dos amigos lá em casa, nas velhinhas cassetes.
FJ –
A minha opinião é que realmente fazer um download é como gravar uma cassete ou ainda pior pois o som não é tão bom. Não há nada como o som da fita e do vinil. Mas há bons trabalhos hoje em dia de remasterização que aprecio, não tanto em música dos anos 70 que perde a sujidade e fica despersonalizado, mas no Metal, tenho visto bons trabalhos de remasterização e remistura.O como alguém pode achar que ter um cd-r com uma capa de fotocopia ou gigas no computador substitui o objecto é que eu não compreendo. Esta gente que se diz apoiante do underground, está-se a contradizer. Cada um tem as suas prioridades na vida, eu tenho a casa cheia de música, revistas, zines, memorabilia…o mundo do Rock pesado e underground vive disto, virtualizar as coisas é matar a nossa cultura. Já basta uma pessoa trabalhar em frente a um computador!

14 – Tens já alguns anitos no Underground nacional. Já estiveste envolvido em diversas bandas como Subcaos, Crise Total, No-Counts D.O.M., Dawnrider, etc, já formaste editoras independentes (Sleazey e Blood & Iron), tens uma loja de música, etc. Como vês a evolução da cena Underground nacional desde que começaste a fazer parte da mesma até hoje? Que bandas, editoras, promotores de concertos, revistas e outros da cena musical podes realçar?
FJ – Agora as coisas são mais facilitadas, mais fúteis por vezes, anda tudo muito virtual. Eu também vivo muito na net devido ao meu trabalho, mas quero a rua como campo de batalha e os concertos como manifesto. Quero a minha cerveja gelada, e relações cara-a-cara. Queria ter mais contacto com a natureza como já tive para assim conseguir mais facilmente paz de espírito e alienar-me das coisas más da selva de pedra. A minha menção honrosa vai para todos aqueles que organizam concertos, esses são uns verdadeiros heróis, musica ao vivo é vital e eu sei que dá trabalho e por vezes perde-se dinheiro. Desde o pessoal de Barroselas até aos punks de 20 anitos que organizam concertos para 40 pessoas, passando pela Spear, para mim todos contribuem de maneira positiva para o underground nacional. Não sair de casa e ficar na Internet armado em palhaço num fórum qualquer é uma atitude merdosa de cobarde que nada tem a ver com Rock & Roll! A acção é na rua! Devo também salientar o trabalho da Underworld, já são muitos anos a fazer um magazine grátis que não lambe o cú a ninguém, pena ter poucas páginas pois é aquela postura no jornalismo musical que faz falta em Portugal.

15 – Tens agora espaço para deixar uma última mensagem aos leitores da Fénix.
FJ – Obrigado pelo interesse nos Dawnrider. Apoiem o underground e pensem por vós próprios. Não se deixem enganar pelas mentiras de um sistema cada vez mais corrupto e do seu plano maléfico para nos controlar e rotular. Fuck the 666!

Questões: RDS
Respostas: Francisco Dias


Dawnrider: http://www.dawnrider.com/ / http://www.myspace.com/dawnriderdoom
Raging Planet: http://www.ragingplanet.web.pt/ / http://www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal

Danny Cavanagh


Sunday

Compilação Irmandade Metálica Vol.1

Primeira compilação do fórum nacional Irmandade Metálica. Esta compilação é composta apenas por bandas que estão inscritas no forum. A compilação é gratuita e é composta por 33 bandas Portuguesas dos mais variados subgéneros do Metal.


Irmandade Metalica (Forum): http://www.irmandademetalica.com/

Wednesday

My Own Wolf: A New Approach - a tribute to ULVER

Aspherical Asphyxia proudly presents an ultimate compilation of covertracks dedicated to the ULVER's foundation 15th anniversary. This release contains the explosive mix of very different genres created by the musicians all around the world. Almost three hours' marathon will make nobody indifferent, regardless of the fact that most of the participants are not so well known. Though, all the tracks made as high quality as possible.
Cover artwork for the release made by the famous russian dark artist Oleg "Cmart" Paschenko.
More information about the tribute can be found at the official website: http://panacea.msk.su/ulver/
There are also the links for the free downloading.