Friday

AETERNITAS TENEBRARUM MUSIC FOUNDATION (ATMF)

Locus Mortis – Voust (2007) – ATMF
Segundo disco para os Italianos Locus Mortis. Black Metal intenso, rápido, agressivo, ambiente negro e carregado, tudo condimentado com letras ocultistas. Eu não sou a pessoa mais indicada para escrever sobre este tipo de sonoridades, Black Metal no geral e este tipo de extremo em particular. Eu sou apreciador de música extrema, nas mais diversas vertentes, mas o Black Metal e as suas orientações líricas, no geral, não são a minha predilecção, no entanto este disco chamou-me a atenção. A parte instrumental está irrepreensível, boas ideias, ambientes negros bem conseguidos, uma intensidade brutal e, claro está, uma gravação excelente! E digo isto porque a grande maioria destas edições têm um som execrável (vejam a crítica abaixo p.ex.), ou para lhe dar um ar underground ou trve, ou apenas para encobrir a falta de ideias e técnica instrumental da banda. Pois não é o que acontece aqui em “Voust”, o som está fantástico, a banda sabe tocar, tem boas ideias e, acima de tudo, soa verdadeiro e tem pleno espírito undergorund. Não é uma obra-prima do género, mas é um bom disco de Black extremo e old-school. Apenas para apreciadores de Occult Black Metal extremo. 85% http://www.atmf.net/

Janvs – Fvlgvres (2007) – ATMF
Mais uma banda Italiana de Black Metal. Os Janvs apresentam em “Fvlgvres” o seu segundo disco, o primeiro através da compatriota Aeternitas Tenebrarum. Este começou por ser um projecto a solo de Vinctor (guitarra, voz) e assim foi gravada a estreia. Este novo trabalho já foi gravado por uma banda “a sério”, incluindo B. Malphas no baixo e F. La Rosa na bateria. Na nota de imprensa é apresentado como Spiritual Black Metal. Parece que hoje em dia toda a gente pretende ser “pioneira” num estilo inventado por si. Pois o que aqui encontramos são 7 temas do mais puro e simples Black Metal, ora rápido ora a meio tempo, com alguma melodia, passagens acústicas e ambientais. O conceito lírico versa as condições e limitações da raça humana, e da sua temporária conquista de momentos de realização e contacto com picos de transcendência, ou qualquer coisa do género... Ora, aí está a tal faceta “espiritual” da banda! Há ainda a participação de Argento dos Spite Extreme Wing, segundo parece um dos pioneiros do Black Metal Italiano, e que contribui com letra e voz em “Vrsa Major”. Há aqui algumas ideias a aproveitar, principalmente nas passagens acústicas e ambientais, também a nível das guitarras, mas no geral é algo muito simples, mediano e lugar-comum. 70% http://www.atfm.net/

Forgotten Woods – Race Of Cain (2007) – ATMF
Ora, já me é difícil escrever algumas linhas sobre um disco de Black Metal tipicamente Norueguês, quanto mais sobre um que não tem nada de minimamente audível. Que som de gravação é este? Nunca ouvi tal merda (usem-se as palavras correctas!). Parece a gravação de um ensaio, som completamente abafado, a bateria parece que está lá ao fundo e nem tem um único micro ligado, baixo que é dele, guitarra arranhada, e voz parece que foi gravada numa cassete que ficou anos a apanhar pó e quando se vai ouvir de novo, anda mais devagar e enrola. Até muitas das maquetes gravadas em ensaios, na década de 80, soam melhor que isto. E ideias? Pois sim! Que é delas? E esta é supostamente uma banda de culto, de “true norwegian black metal”, pioneiros da cena. Na nota de imprensa fala-se em “rawness”, “obscurity”, “underground appeal”, “another step forward compared to the already great previous album”. Foda-se que bela merda que aqui está! O único que se aproveita é o booklet que está fabuloso, revertendo mais rapidamente para uma banda de Punk ou Hardcore intervencionista, activa e consciente politicamente do que de uma de Black Metal Norueguês. Acho que nunca dei uma nota tão baixa numa das minhas críticas! Nem vou perder mais tempo com isto! Próximo! 5% (apenas pelo excelente booklet) http://www.atfm.net/

No comments: