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Tuesday

Fénix #1049 - 25/06/2014 - Playlist



01 Urban Dance Squad - Demagogue (Persona Non Grata 1994)
02 Senser - Age Of Panic (Stacked Up 1994)
03 Primus - Tommy The Cat (Sailing the seas of cheese 1991)
04 Asian Dub Foundation - Fortress Europe (Enemy Of The Enemy 2003)
05 Headcrash - Stains (Overdose on Tradition 1995)
06 Biohazard & Onyx - Judgement Night (Judgement Night (OST) 1993)
07 The Clash - London Calling (London Calling 1979)
08 The Skids - The Saints Are Coming (The Saints Are Coming The Best Of The Skids 2007)
09 Operation Ivy - Sound System (Operation Ivy 1991)
10 Rancid - Time Bomb (...And Out Come The Wolves 1995)
11 Jimmy Cliff - Guns Of Brixton (The Clash cover) (Rebirth 2012)
12 Madness - In the City (Forever Young - The Ska Collection 2012)
13 The Specials - Rude Boy's Outta Jail (Greatest Hits 2006)
14 Gogol Bordello - Start Wearing Purple (Gypsy Punks Underdog World Strike 2005)
15 Kultur Shock - Duna (We Came to Take Your Jobs Away 2006)
16 Puya - Sal Pa' Fuera (Fundamental 1999)
17 Rage Against The Machine - Know Your Enemy (Rage Against The Machine 1992)
18 Pitchshifter - Dead Battery (Deviant 2000)
19 Living Colour - Should I Stay Or Should I Go (The Clash cover) (Vivid 1988)
20 My Ruin - Terror (Speak & Destroy 1999)
21 Laibach - The Whistleblowers (Spectre 2014)
22 Foetus - Pratheism (Soak 2013)
23 Cubanate - Exultation (Barbarossa 1996)
24 Roger Miret And The Disasters - Riot, Riot, Riot (1984 2005)
25 Lars Frederiksen and the Bastards - Bastards (Viking 2004)
26 The Clash - White Riot (The Clash 1977)
27 The Toy Dolls - Harry Cross (A Tribute to Edna) (Idle Gossip 1986)
28 Sham 69 - Borstal Breakout (The Punk Singles Collection 1977-80 1998)
29 Molotov - Noko (Dance and dense denso 2003)
30 Ministry - No W (Andrenalenema Mix) (Mixxxes of the Mole 2010)
31 The CNK - Sabotage (Revisionnisme 2012)
32 MELT - Worm (Emissions Of Hypocrisy 2011)

Thursday

Ho-Chi-Minh – It Has Begun (2009) – Raging Planet Records

Já havia ouvido falar muito bem destes Ho-Chi-Minh, mas nunca tive a oportunidade de ouvir a sua música. Este é, portanto, o meu primeiro contacto com a sonoridade deste quinteto de Beja. Fusão de Metal século XXI com elementos electrónicos é a sua orientação. O peso encontra-se sempre aliado a muita melodia; boas ideias abundam; a electrónica está muito bem encaixada. Novidade? Não. Originalidade? Não. Os 11 temas, em cerca de 47 minutos, não diferem muito daquilo que já fizeram bandas como Fear Factory, Spineshank, Mnemic ou Raunchy. Mas está bem feito, isso é certo. Não ficam nada a dever às suas influências. Mas, no geral, o disco não atinge a genialidade que faz os clássicos. Resta aguardar para saber se o futuro fará deles uma banda essencial. Para já, está muito bem. Pés na estrada, e toca a incendiar esses palcos de verão. 75% www.myspace.com/hochiminh / http://www.xuxajurassica.com/ / www.myspace.com/sonsurbanos / http://www.ragingplanet.pt/ / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal
RDS

Tuesday

Kronos – Ubi Est Morbus (2008) – Edição de Autor

Gostei da maquete anterior e, embora estivessem ainda muito ligados às suas influências, demonstravam enorme potencial. “Ubi Est Morbus” é a nova aventura em disco e contém 7 temas que seguem a mesma linha, Rock Industrial de ambientes góticos, electrónica e 90s Dark Rock. Ainda longe de ser algo transcendental, é sem dúvida, um passo em frente à anterior proposta. No cenário nacional podem-se citar como referência Mão Morta, Bizarra Locomotiva, Poetry Of Shadows, Capelas Das Almas ou Nihil Aut Mors. Nomes internacionais no universo Kronos podem muito bem ser Depeche Mode, Laibach, Sisters Of Mercy ou Joy Division, apenas para citar os mais óbvios. São 33 minutos que irão agradar com certeza a fãs do género. 70% www.myspace.com/kronosrock
RDS

Thursday

Waste Disposal Machine – Interference (2008) – Thisco

Já se encontra disponível o álbum de estreia dos Waste Disposal Machine, “Interference”. Este é composto por 13 faixas (uma introdução, 8 temas originais e 4 remisturas) e perfaz os 54m20s de duração. Depois de vários lançamentos em formato demo e participações esporádicas em compilações, os WDM assinam pela Thisco para a edição do primeiro longa duração. A fusão de Rock Industrial, Electro, Gótico, Metal e EBM faz a sonoridade WDM. As influências (ou aproximações ao universo de) são tão díspares como Nine Inch Nails, Front 242, Front Line Assembly, Das Ich, Young Gods, Skinny Puppy, Assemblage 23, Die Krupps, Ministry, Rammstein ou Deathstars. Os temas são tão diferentes entre si que o disco poderia resultar numa amálgama de sonoridades tão heterogéneas que comprometeriam o todo. Felizmente, não é isso que acontece, todas as ideias e influências foram tão bem digeridas e “Interference” soa coeso, forte, maduro, mantendo o ouvinte atento e interessado do início ao fim. Mais uma prova de que em Portugal também se fazem coisas interessantes e de alta qualidade, fazendo frente, e até suplantando, o lixo que vem lá de fora e que pulula nos tops nacionais. Agora, só falta mesmo o apoio por parte do público, porque a banda já fez a sua parte. Comprem o disco e vão aos concertos, apoiem os WDM para que não lhes aconteça o mesmo que muitas outras bandas Portuguesas exemplares que caíram no esquecimento e, eventualmente, desapareceram. Para colocar na prateleira dos discos nacionais ao lado de [F.ev.e.r.], Bizarra Locomotiva, Haus En Factor ou Sci-Fi Industries. 95% http://www.wdm-web.com/ / http://wastedisposalmachine.blogspot.com/ / www.myspace.com/wastedisposalmachine / http://www.thisco.net/
RDS
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Waste Disposal Machine - I Sing The Body Electric (Excerto do Live VJing)

Tuesday

SUDDEN DEATH RECORDS

V/A – Vancouver Complication (1979 – 2005) – Sudden Death Records
Há compilações e compilações. Esta é uma daquelas que fez todo o sentido na altura em que foi lançada, que representava uma cena local, numa determinada época. Era válida na altura do seu lançamento e ainda o é hoje em dia, embora em contextos diferentes. Este é o tipo de compilações que sobrevive ao tempo e, a cada segundo que passa, à medida que os anos passam, o seu valor documental aumenta. “Vancouver Complication” representa o Punk e a New Wave de finais da década de 70 em Vancouver (uma das bandas é “outsider”). E aqui não é só o valor documental da colectânea, das bandas e das faixas incluídas que está a ser avaliado, pois a música continua a soar fresca após 28 anos. As bandas aqui incluídas são: Pointed Sticks, Exxotone, D.O.A., Active Dog, Wasted Lives, Subhumans, U-J3RK5, No Fun, The Dishrags, BIZ, K-Tels (pre-The Young Canadians), The Shades, Tim Ray & A.V., Private School, { e }. Além das faixas originais, incluem-se 5 bónus de Tim Ray & The Druts, The Dishrags e Rude Norton, todas da altura. No livrete temos as imagens originais do livrete do vinil, assim como informações sobre as faixas e um texto escrito por Phil Smith (vocalista dos Wasted Lives) relatando todas as venturas e desventuras da feitura desta peça de história musical. Fez-se ainda uma actualização da capa, do branco/preto do original passa a vermelho/preto (explicações no livrete). Indispensável! 100%

D.O.A. – Punk Rock Singles 1978-99 (2007) – Sudden Death Records
Nova compilação para os Canadianos D.O.A. Esta inclui diversos singles de 7 polegadas editados desde 1978 até 1999. Ao todo são 26 temas em cerca de 68 minutos. No booklet incluem-se notas do próprio Joe “Shithead” Keithley acerca de cada um dos lançamentos aqui contemplados, assim como as respectivas capas. A capa é uma adaptação da original do 7” de 1981 “Positively D.O.A.”. Pena é que não contenha mesmo todos os 7”s da banda. A apresentação da edição está feita. A música? Quem já conhece, não necessita de introduções. Quem ainda não conhece (deviam ter vergonha!), esta é uma boa maneira de ficar a conhecer esta mítica banda Punk do Canadá. Para fãs da banda, coleccionadores, Punks no geral e meros curiosos. Indispensável! 95%

Joe Shithead Keithley And His Band Of Rebels (2007) – Sudden Death RecordsNovo trabalho a solo para o vocalista / guitarrista dos D.O.A. Aqui Joe troca o Punk Rock da sua banda de origem para fazer uma incursão no Rock ‘N’ Roll mais tradicional, simples e directo, mas sempre com um carácter contestatário e de intervenção, como convém. Influências de Ska, Punk e Rockabilly não são estranhas ao som desta Band Of Rebels, a qual é constituída por 14 amigos de Joe. Ao tradicional trio guitarra / baixo / bateria alia-se em algumas faixas instrumentos como saxofone, contrabaixo, teclas e violino. Além dos 12 temas originais (todos compostos por Joe Keithley) temos duas versões, uma de “Born To Be Wild” dos Steppenwolf e “Goodnight Irene” dos Leadbelly. A música aqui contida não é nada de novo ou original, nem é nada de transcendental, por isso mesmo não é tão cedo que irão ouvir algum destes temas na rádio ou TV. No entanto, transpira garra, atitude, espírito, energia, diversão e muito “amor à camisola”, que é o que faz falta a muita da música de hoje em dia. Um divertido álbum de Rock ‘N’ Roll para ouvir com amigos, num Sábado à noite, a beber umas cervejas, a jogar uma partida de bilhar. Nada mais que isso. 65%


Outros lançamentos da Sudden Death:

D.O.A. – War And Peace: D.O.A. 25th Anniversary Anthology (2003) – Sudden Death Records: Como o título indica, uma antologia comemorativa dos 25 anos de existência desta lenda do Punk Rock Canadiano. Abrange toda a carreira da banda, desde 1978 a 2001. Livrete com letras, fotografias, discografia e árvore de genealógica. Um “must-have”! 100%
D.O.A. – Bloodied But Unbowed: The Damage To Date 1978-83 (2006) – Sudden Death Records: Re-edição remisturada do original de 1983, lançado na altura pela Alternative Tentacles. Como o título indica, uma colectânea dos 5 primeiros anos de vida. Para quem ainda não tem este item, uma boa oportunidade de o adquirir. 90%
D.O.A. – War On 45: March To The End (2005) – Sudden Death Records: Mais uma re-edição. Este foi originalmente editado em vinil de 12” pela Faulty Recs. Além dos temas originais, há aqui a adição de faixas na mesma temática (letras anti-guerra) pertencentes a discos lançados após o EP original, perfazendo 18 malhas. 90%
D.O.A. – Live Free Or Die (2004) – Sudden Death Records: O último de originais destes Canadianos. A linha musical é sempre a mesma, Punk Rock com garra, furioso, de intervenção, algum Ska e Reggae a apimentar a coisa. As habituais covers também não faltam. Mais um capítulo na longa carreira dos D.O.A. 80%
Pointed Sticks – Perfect Youth (2005) – Sudden Death Records:
Re-edição do original de 1980. 4 temas como bónus. New Wave / Punk / Post-Punk Canadiano. Gosto muito deste disco. Ainda hoje em dia se ouve com gosto. 85%
Young Canadians – No Escape (2005) – Sudden Death Records: Disco que reúne a discografia completa destes Punks Canadianos (1979-1980). A faixa da colectânea “Vancouver Complication” (quando ainda se chamavam The K-Tels), os EPs “Automan”, “Hawaii” e “This Is Your Life”, além de temas ao vivo nunca antes editados. O livrete inclui biografia, discografia, informações dos temas e fotografias. Indispensável! 100%
The Modernettes – Get It Straight (2005) – Sudden Death Records: Mais Punk Canadiano. Disco que reúne o EP “Teen City”, o EP “View From The Bottom” remisturado, algumas faixas do LP “Gone But Not Forgotten” e diversas raridades ao vivo, incluindo temas do último concerto da banda em 83. Material desde 80 a 83. Edição original de 1995, re-editada 10 anos mais tarde com 5 faixas extras. Indispensável! 100%
Schulz – What Apology (2006) – Sudden Death Records:
Nova aventura de Guenter Schulz (ex-KMFDM, guitarra, baixo, programação) com a companhia de Jeff Borden (voz e letras). Rock Industrial de inspiração KMFDM, Ministry, Lard, Young Gods, Stabbing Westward e Nine Inch Nails. 75%

Sudden Death Records:
http://www.suddendeath.com/

Wednesday

[F.e.v.e.r.] - Acerca de "4st_Fourst"

Depois da entrevista a propósito do single "Bipolar" (ver http://fenixwebzine.blogspot.com/2007/04/fever.html), aqui segue um pequeno texto acerca do disco de estreia, em jeito de complemento:

“4st_Fourst” revela um trabalho continuado desde o início da formação dos [f.e.v.e.r.], como um caos em crescendo apenas forçado neste final. A edição é da RagingPlanet, editora que nos acompanha desde os primeiros passos e que nos permite um plano de acção conjunto e coerente, que apoia os nossos propósitos. Relativamente a apresentações ao vivo, esperamos tocar o mais possivel na promoção deste trabalho. Envolvemo-nos facilmente, de forma bastante forte, em tudo o que mexe com a banda e as actuações ao vivo não são excepção. - Luís Lamelas

Mais de [F.e.v.e.r.] em: http://fenixwebzine.blogspot.com/search?q=fever

Dimension F3H - Does The Pain Excite You? (2007) - Karisma Records / Dark Essence

Novo trabalho, o segundo, para este projecto Norueguês Dimension F3H. Depois de ter editado a sua estreia através da Hammerheart o colectivo muda-se para a compatriota Karisma / Dark Essence. Da formação anterior já só resta o membro fundador Morfeus (Limbonic Art), o qual tomou conta das vozes e é aqui acompanhado por Motvind nas guitarras, Mr. Moe no baixo e Arghamon na bateria. Mais pesado, obscuro, sinistro e intenso que o seu predecessor, "Does The Pain Excite You?" apresenta-nos 10 temas de um futurista Cyber Metal ao mais alto nível. Black Metal, Thrash, Industrial Rock, Avant-Rock, progressivo, electrónica, tudo é fundido num som único e pessoal. Não é certamente um álbum que irá lançar um novo estilo ou moda, não é a primeira banda a explorar este tipo de sonoridades, mas que o álbum está bombástico, isso está! Para apreciadores de nomes tão diversos como Arcturus, Solefald, Winds, KMFDM, Young Gods, Samael, Laibach, etc. RDS
80%
Dimension F3H: www.dimensionf3h.com / www.myspace.com/dimensionf3h
Karisma Records: www.karismarecords.no
Dark Essence: www.darkessence.no

Thursday

[F.E.V.E.R.] - 4st (2007) - Raging Planet Records + Discografia

Finalmente temos direito ao disco de longa duração dos [F.e.v.e.r.], depois de dois EPs, um single, um disco de remisturas, várias participações em colectâneas / tributos e dois anos de trabalho árduo de composição, ensaio, experimentação e gravação. A banda sofreu diversas mutações ao longo da sua curta vida, não tendo medo algum de mudar e experimentar coisas novas, recusando terminantemente a reger-se pelas regras da indústria, fazendo tudo à sua maneira, à sua própria velocidade, e este novo trabalho é a prova disso mesmo. Fusão de elementos de Rock, Metal, gótico, Pop e electrónica, a música da banda Portuguesa não fica nada a dever ao que se faz lá fora, muito pelo contrário, é de uma qualidade superior ao que ouvimos (ou não) diariamente na rádio como sendo o novo “big hit”. A música deste quinteto tem tudo para agradar ao pessoal do Metal, do Rock e até do Pop, sempre com uma tendência moderna, vanguardista, contemporânea. Para não variar, foi tudo feito pela própria banda nos Urban Insect Studios (dos próprios), tendo ficado a produção e gravação a cargo de Fernando Matias (voz) e João Queirós (sintetizadores e guitarras), a produção executiva a cargo de Luís Lamelas (guitarra) e toda a arte gráfica (como nos registos anteriores) responsabilidade de Filipe von Geier (baixista). Fale-se em atitude DIY! A banda completa-se ainda com Pedro Cardoso na bateria. A única tarefa que foi atribuída a alguém de fora da banda foi a masterização que ficou a cargo de Tom Baker (Nine Inch Nails, Ministry, Rob Zombie, Marilyn Manson, etc). Podem-se descortinar alguns nomes que influenciaram a banda nesta sua actual vertente musical mas, a banda consegue absorver essas mesmas influências e dar-lhe a sua visão bem pessoal, conseguindo assim um som que, pode não ter muito de original, mas que tem muita personalidade e atitude. Um dos melhores álbuns a nível nacional dos últimos anos. RDS
95%

DISCOGRAFIA:

“…Of Human Bondage” EP (2001) - Raging Planet: O primeiro lançamento. Um EP. Intro, Interlude, Outro e 4 temas. Rock / Metal com toques industriais (faceta rock da coisa, claro), samplers electrónicos e tonalidades góticas. Já indicava grandes potencialidades, incluía grandes temas, faltava apenas o aperfeiçoamento da música em si e do conceito geral do projecto. Foi reeditado um par de anos depois com dois vídeos (já a introduzir o aproveitamento de potencialidades do CD) e duas versões, “London Dungeon” (Misfits) e “Hellraiser” (Motörhead / Ozzy Osbourne). 70%

“Iconflict” EP (2003) - Raging Planet: Mais um EP. Mais uma vez, Intro, Interlude, Outro e 4 temas. A mesma faceta musical do registo anterior mas aperfeiçoada e com um pouco mais de experimentalismo. Mudança de vocalista. Adição de baterista. O aspecto gráfico foi substancialmente melhorado. Mais uma vez, as tarefas ficam quase todas nas mãos da banda. Faixa multimédia com videoclip. 80%
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“Electronics” Remix CD (2005) - Thisco: Única edição fora da Raging Planet. Disco de remisturas. Os temas dos EPs com novas roupagens. A demonstrar a mentalidade aberta dos membros da banda. Nomes envolvidos no projecto (apenas nacionais!): Bizarra Locomotiva, Shhh..., The Ultimate Architects, Moonspell, Mofo, Sci-Fi Industries, Aenima, Mécanosphère. Apesar de não ser um novo trabalho de estúdio de [F.e.v.e.r.], contém ideias novas que adicionam outra dimensão ao material da banda. Ecléctico como se espera de uma edição do género. Passa-se da electrónica ao experimental, seguindo pelo Rock e Metal. 80%

“Bipolar [-]” Single (2006) - Raging Planet: Tema de avanço para o novo trabalho. A versão aqui incluída não inclui bateria (daí ser baptizada de [-] ). Versão em trio de cordas do tema-título por Corvos. Remisturas por Martin Rev (Suicide) e pelos próprios [F.e.v.e.r.] (com a participação dos Corvos), uma versão midi e uma faixa com samples para que possamos fazer a nossa própria remistura em casa. Faixa multimédia com vídeo. Mais uma vez, a banda a apresentar o seu trabalho de uma maneira diferente, com a vontade de inovar sendo bem notória. 75%

Colectâneas / Tributos (não tenho, nem conheço, tudo o que a banda editou extra discos a nome próprio, mas aqui fica o que possuo e conheço):
- “20 Anos De Tarantula - Tributo” 2CD (2001) - Recital Records: Apenas uma pequena introdução de 1.18 sob a designação The Fever Experience. Simples. Nada de mais. 60%
- “Our Voices - A Tribute To The Cure” 2CD (200?) - Équinoxe Records: Versão Electro / Goth / Rock do tema “Disintegration”. A melodia do original está lá mas o ambiente geral está mais roqueiro. Gostei. 75%
- “Portuguese Nightmare - A Tribute To The Misfits” (2005) - Raging Planet: A versão de “London Dungeon” que já estava na reedição do EP de estreia. Gosto da versão, mas ainda faz parte da fase mais “primária” da banda, o som ainda precisava de um pouco mais de trabalho. 65%
- “E Se Depois - Tributo A Mão Morta” (2007) - Raging Planet: Ainda não ouvi, mas estou curioso! Como fã de Mão Morta, aguardo com expectativa este tributo. Mais um tempito e já lêem aqui uma crítica ao mesmo!

RDS

Raging Planet: www.ragingplanet.web.pt / www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal

Thursday

Kronos – Symbolon (Demo 2005) – Edição De Autor

Não sei muito sobre esta nova banda Portuguesa, Kronos, apenas me chegou às mãos esta Demo-CD (com algum atraso, visto ser já de 2005), sem biografia a acompanhar, por isso, vou limitar-me a analisar as 5 faixas que compõem esta rodela prateada. Li numa outra crítica que a banda inclui ex-membros de Über Mannikins, e agora que estou a ouvir “Symbolon”, as semelhanças são até algumas. Ainda me lembro bem da excelente maquete que eles lançaram, a qual tenho assinada pelos membros da banda, aquando da sua actuação como banda convidada num concurso de música moderna aqui da zona onde vivo. A música dos Kronos é apoiada na parte electrónica, com tons muito frios e crus. Aliás, falei um pouco atrás em prateado, e essa é mesmo a tonalidade que pode descrever a música da banda. Os dois primeiros temas, “Untergang” e “A Blink Of An Eye” são mais calmos, a fazer lembrar o Pop electrónico de tendências Góticas vindo da Alemanha. “Deconstruction” já é mais dançável mas as influências vêm na mesma da Alemanha e de nomes como De/Vision, pelo lado mais Electropop, e Das Ich, pelo lado mais Industrial. “So Sick” é mais experimental e tem uma vertente Industrial mais acentuada. “Il Faut Être Absolement Moderne” fecha na mesma linha, faz lembrar Bizarra Locomotiva dos inícios e, mais uma vez, os germânicos Das Ich. As letras, em todas as faixas, são um misto de inglês e passagens faladas em português. Não é nada de novo ou original e a produção não é das melhores. Há algumas ideias que até indiciam que a banda vai no bom caminho, mas falta mais trabalho de composição e, especialmente, arranjos finais mais cuidados. Parece tudo um pouco feito à pressa. No entanto, é uma das poucas bandas a praticar este tipo de sonoridade em Portugal por isso, é bem-vinda. Pode ser que uma segunda Demo venha mais interessante mas, para já, fica mesmo pela curiosidade. RDS
65%

The Senseless – In The Realm Of The Senseless (2007) – Anticulture

The Senseless é um projecto de Sam Bean, baixista dos The Berzerker. Este disco e as 12 faixas que o compõem representam o culminar de 10 anos de composição e 2 anos de gravação. Se conhecem o trabalho de The Berzerker, então não irão estranhar este disco à primeira audição. A sonoridade não foge muito da praticada pela banda principal de Bean, embora aqui o som não seja tão extremo e seja mais variado, mas também não é assim tão fácil de assimilar. Podemos encontrar aqui um pouco de tudo, desde riffs Thrash, passando por algumas influências de Metal Industrial da década de 90 (Fudge Tunnel, Godflesh ou Misey Loves Co.), passando obviamente por Death Metal e Gindcore, chegando até aos limites da música electrónica mais extrema (Gabba, Hardcore e até algum Trance). Segundo o comunicado de imprensa, cada tema levou elementos que tornam impossível a recriação do mesmo ao vivo, desde temas a 550bpm, seis camadas de guitarra, ritmos de bateria invertidos, entre outros. Não sou grande fã do trabalho dos The Berzerker mas, isto aqui tem diversas influências e, apesar de ter uma vertente bem experimental, tem um certo toque de old school (80s e 90s) que me chamaram a atenção. O disco não se torna de modo algum monótono pois há muita coisa a passar-se ao mesmo tempo e, em cada audição encontram-se novos pormenores que mantêm o ouvinte atento. O engenheiro de som para as guitarras foi Matt Wilcock (Akercocke, The Berzerker), a mistura ficou a cargo de Luke “The Berzerker” Kenny e a masterização foi feita por Russ Russell (Napalm Death, Dimmu Borgir, etc). Matt Wilcock dá ainda uma contribuição a nível instrumental em “Trash”, assim como Ol Drake (Evile) providencia o segundo solo de guitarra em “Promise”, tema que tem uma letra escrita pelo autor James DaCosta. Música extrema apenas para mentes abertas! RDS
90%
Anticulture Records: www.anticulture.co.uk
The Senseless: www.thesenseless.com

Sunday

[F.E.V.E.R.] - Entrevista

1 – Ultimamente têm havido algumas mudanças na formação nos [F.e.v.e.r.]. O que é que tem acontecido desde o último trabalho até hoje nesse sentido?
O nosso ex-baterista - Sérgio Pencarinha - decidiu, por motivos pessoais e profissionais, não assumir mais compromissos com a música e abandonou o projecto. Durante esse processo aproveitámos para compôr o álbum “4st_Fourst” e encontrámos um substituto para o mesmo lugar, Pedro Cardoso (ex-Carbon H e ex-Gazua).
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2 – Antes de passar ao novo EP, fala-me um pouco da edição anterior, o disco de remisturas “Electronics”. Como é que surgiu essa ideia e como é que escolheram as pessoas que colaboraram nesse registo?
Tinhamos acabado de perder o baterista e achámos que as máquinas poderiam voltar a ter o protagonismo que tiveram no início da nossa formação. Dado que tínhamos contacto pessoal priviligiado com essas pessoas e sempre ponderámos a hipótese de um disco de remisturas, acabámos por aproveitar essa pausa forçada para o lançar. São sobretudo convidados que estão, de alguma maneira, relacionados connosco e por quem sentimos apreço. Entretanto, a altura de começar a devolver esses favores chegou e já estamos a trabalhar em deconstruções para algumas dessas pessoas.
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3 – Este novo trabalho é apenas um EP de transição entre o último trabalho e o próximo. Já é habitual na banda este tipo de edições. O que temos aqui é apenas um tema e depois várias versões (ou remisturas) do mesmo e um vídeo. Porque uma edição deste género e não qualquer coisa com mais material novo?
Não se trata de um EP mas sim de um single. Foi uma canção que gravámos ainda antes da chegada do novo baterista e que cedo se decidiu que seria a primeira amostra do álbum que aí vem, “4st_Fourst”. Como lançar um single de antecipação com duas ou três faixas nos parece uma coisa pouco generosa, quisemos desdobrar a música e dar-lhe várias faces, de diversas formas. O suporte multimédia tem, em si mesmo, imenso potencial e sempre achámos boa ideia tirar proveito disso. Acrescentámos um vídeo, samples avulsos, maravilhosos toques de telemóvel em MIDI e anotações para a interpretação da música por dois violinos e um violoncelo.
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4 – Como é que surgem os Corvos e o Martin Rev nesta gravação?
Para falar verdade, o que nós queríamos mesmo era uma colaboração com o Eurico A. Cebolo que, infelizmente, não chegou a ser levada adiante. Tivémos de nos contentar com 50% dos Suicide e com uns tipos que tocam uns instrumentos esquisitos. Para falar realmente verdade, da última vez que o Martin veio a Portugal, claro que o fomos ver. Falámos com ele, apresentámos-lhe o nosso trabalho e perguntámos se estaria interessado em remisturar uma música nossa. Aceitou. Com os Corvos o processo foi similar. E também aceitaram.
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5 – O tema que aqui apresentam (“Bipolar [-]”) irá figurar no próximo CD (embora numa versão diferente), e é um tema mais melódico e com um refrão muito “catchy”, quase Pop. É esta uma previsão daquilo que é o estilo dos [F.e.v.e.r.] hoje em dia e do que se irá ouvir no disco de estreia?
A versão (“Bipolar [+]”), que vai figurar no álbum, deve-se ao facto de contar já com a participação do actual baterista, sendo mais orgânica, por oposição à versão anterior gravada com bateria programada. Previsão do que será o disco de estreia? Sem dúvida. Quanto ao futuro, logo se verá...
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6 – Como já referi, no CD também temos a hipótese de visualizar o videclip do tema título. Quem é que foi o responsável pelo vídeo, qual é o conceito do mesmo e o que pensas do resultado final?
Foram o António Campelo e o Mário Jorge que aceitaram produzir-nos um vídeo, enquanto realizador e animador, respectivamente. Chamaram alguns dos seus alunos para estagiar no estúdio de animação onde trabalham e apresentaram-nos uma mini-obra-prima a preto e branco que ganhou os prémios de Melhor Filme de Animação e Melhor Produção Nacional do Festival Black & White 2006. O vídeo retrata a condição bipolar em que cada um de nós, forçadamente, se encontra. O facto de termos de ser pessoas diferentes perante circunstâncias diferentes.
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7 – Também temos aqui uma faixa com samples do tema-título. Qual a ideia por detrás desta faixa?
Quisemos não esgotar a ideia da desmultiplicação da música apenas no single em si. A inclusão de samples apela a que outros possam também experimentar e remisturar a música à sua maneira.
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8 – Desde que se formaram que têm lançado EP’s, um disco de remisturas, fizeram colaborações em discos de tributo, etc. Para quando o disco de longa duração?
Tudo aconteceu de forma espontânea. Apenas fomos trabalhando de forma ponderada com os meios e possibilidades que tínhamos, tentando aprender com isso. De qualquer maneira, nunca esteve nos nossos planos a urgência de um longa-duração imediato. Sempre achámos que quando chegasse a altura o faríamos. Quando nos achámos preparados para fazer o disco que queríamos, fizémo-lo. Existiram diversos factores para isso ter acontecido, a evolução da banda e os vários contratempos com que nos deparámos. O álbum sairá em Abril pela RagingPlanet e chama-se, como já referimos, “4st_Fourst”.
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9 – E em relação às actuações ao vivo, têm surgido muitas oportunidades? Como é que têm corrido esses concertos?
Não tocamos ao vivo desde 2004, também devido à saída do primeiro baterista. Entretanto, começámos a compôr o “4st_Fourst”, estivemos em gravação para o mesmo e para o CD Single “Bipolar [-]”, gravámos dois temas para tributos (Mão Morta – RagingPlanet Records e The Cure – Equinoxe Records), masterizámos o nosso disco de remisturas... Enfim, estivemos mais envolvidos na produção da banda em estúdio. Neste momento já estamos em ensaios e contamos apresentar o nosso novo trabalho, ao vivo, no fim de Abril.
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10 – Quais são os vossos projectos para um futuro próximo?
Precisamente na sequência da pergunta anterior: concertos, concertos, concertos!
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11 – Como vês a cena musical actual, Rock, Punk / Hardcore, Hard ‘N’ Heavy, etc, no geral e em particular em Portugal? Que novas bandas e/ou tendências te têm despertado mais interesse?
A era digital abriu bastante as possibilidades para as bandas poderem trabalhar pelos seus próprios meios e de forma completamente independente. O poder das editoras está em causa e é bom saber que o processo criativo está hoje mais nas mãos de quem cria do que antes. A cena está imparável! Há coisas novas a surgir a uma velocidade e quantidade nunca antes vistas e precisamente por isso é que têm aparecido coisas muito boas recentemente. Uma das que mais nos entusiasma é a Thisco – era totalmente impensável há quinze anos atrás termos uma associação de músicos funcional e de qualidade dedicada à electrónica experimental a proporcionar-nos bons discos quase mês após mês. A acompanhar de muito perto toda esta evolução, temos também gente como o Daniel Makosch a fazer surgir selos como a Raging Planet, onde os músicos são respeitados e apoiados. Quanto a discos fétiche recentes, escolhemos, da Raging Planet, o “Hellstone” dos Men Eater e da Thisco, a “Rima” do Samuel Jerónimo.
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12– Em jeito de despedida, queres deixar uma última mensagem ou ideia ou algum assunto importante que tenha ficado por referir?
Também vocês são um exemplo de como a cena está diferente. É bom saber que também andam por aqui a tentar fazer disto uma coisa cada vez melhor. Agradecemos a entrevista e o interesse – a gente vê-se por aí! Entretanto, não se esqueçam de ir espreitando o www.myspace.com/feveronline! \m/
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Entrevistador: RDS
Entrevistados: Fernando Matias (vocals); João Queirós (guitar / keyboards); Luís Lamelas (guitar).
Raging Planet Records: http://www.ragingplanet.web.pt/