Wednesday

Brainstorm – Downburst (2008) – Metal Blade

Mais um daqueles CDs promocionais com aquelas irritantes promo-stamps que conseguem tirar do sério qualquer pessoa! Tentar ouvir com atenção um disco e escrever umas linhas sobre o mesmo é uma tarefa, já por si, dificílima e até ingrata. Imaginem então ter que estar a ouvir alguém a interromper a música a cada minuto e meio para anunciar, pela enésima vez, qual o disco que estamos a ouvir e qual a sua data de edição. Eu já sei isso! Até vem escrito na capa promocional e/ou no próprio CD! Desculpem este desabafo mas, isto enerva mesmo! Apenas temos direito a dois temas de “descanso”, os quais são deixados na sua forma para as rádios os poderem rodar. Técnicas anti-pirataria à parte, passemos à música propriamente dita.Este é o novo trabalho de estúdio dos Germânicos Brainstorm, depois de terem lançado o duplo DVD “Honey From The B’s” e as reedições dos dois primeiros discos “Hungry” e “Unholy”, tudo isto a propósito dos 10 anos de existência da banda. A linha é a mesma, um Power Metal tipicamente Europeu com muito peso e groove, influências Thrash na vertente mais pesada da banda e de Hard Rock tradicional na vertente mais melódica, o ocasional uso de samplers e ambientes épicos. Quem já conhece sabe o que esperar, ou seja, mais do mesmo, mas mais do melhor. Em termos de resultado final, este parece-me ser um disco, no seu todo, muito superior ao anterior “Liquid Monster”. O som é mais dinâmico, os refrões são fortíssimos e memoráveis, os riffs e melodias de guitarra são fantásticos. A voz, essa continua na mesma, soberba. Como já referi, quem conhece, sabe o que esperar. 80% http://www.metalblade.de/ / http://truemetal.org/brainstorm/ / http://www.myspace.com/officialbrainstorm
RDS

The Arcane Order - In The Wake Of Collisions (2008) - Metal Blade

No início do ano irá ver a luz do dia o segundo trabalho dos Dinamarqueses The Arcane Order. “In The Wake Of Collisions” não tem tanta melodia como o anterior “The Machinery Of Oblivon” (2006, Metal Blade), sendo mais pesado, brutal, agreste e rápido. A produção, essa, é que ficou muito aquém daquilo que foi feito na estreia. Não é que esteja com um som mau, mas o som ficou mais abafado e sujo, não havendo uma distinção de instrumentos tão perfeita como no anterior disco. Como o produtor foi o mesmo, o Dinamarquês Jacob Hansen, parece-me ser então uma tentativa deliberada de tornar a sua música mais pesada. Não aprecio este tanto como “The Machinery Of Oblivion”, mas talvez esteja a ser influenciado pela diferença na produção. Mesmo assim lá vou ouvindo e descobrindo alguns pontos de interesse. Pode ser que com o tempo me agrade ainda mais. Para quem não conhece a orientação musical dos The Arcane Order, pode-se dizer que os riffs, batidas e som estão numa linha moderna (leia-se nova escola), explorando-se ainda alguns samplers e electrónica para criar ambientes épicos mas frios, mecânicos e futuristas. A banda tem muito groove mas sempre alternado com muita brutalidade (com recurso inclusive a blastbeats), sendo tudo isto complementado por uma voz rasgada. Fãs de nomes como Strapping Young Lad, Red Harvest, Darkane, Soilwork (antigo), Raunchy, Mnemic ou Scar Symmetry têm aqui um verdadeiro festim. 70% http://www.metalblade.de/ / http://www.thearcaneorder.net/
RDS

Dawnrider - Entrevista

1 – Fala-me um pouco da história dos Dawnrider desde a sua concepção até à data.
FJ – Em 2004 eu vim com a ideia de formar um projecto novo com o Libe (João Barrelas). Ambos tínhamos terminado as nossas funções nos Subcaos, mais uma vez a banda iria hibernar. Como necessitávamos de um line-up diferente dos Subcaos eu propus ao Conim, que fosse experimentar guitarra ritmo e ver como se entendia com o Libe. Por sua vez o Libe trouxe o Samuel dum projecto que tinham em conjunto. Ainda tinha os No-Counts a decorrer, lembrei-me logo de propor ao Victor o lugar na bateria para este tal projecto de Metal. Já no tempo dos No-Counts eu e o Vítor queríamos tocar Metal, no tempo dos Subcaos o Libe partilhava da mesma ambição comigo, então o passo óbvio seria formar uma banda de Metal. Depois de vários concertos e de um split Ep editado na Blood & Iron, Samuel sai e entra outro ex-No-Counts, o Carlos “Sven”. Como o Samuel saiu a meio das gravações e não podíamos perder mesmo mais tempo, no álbum, quem gravou o baixo foi o Conim. Espero que esta formação se mantenha por muito tempo, para além de serem grandes amigos, são músicos muito criativos com um enorme coração.

2 – Descreve os processos de composição e gravação deste disco de estreia “Alpha Chapter”.
FJ –
Os temas foram compostos essencialmente pelo Libe, mas temos também alguns pelo Samuel e pelo Conim. Os arranjos são feitos um pouco por todos na banda. As letras até agora têm sido feitas todas por mim. O modo como gravámos este álbum foi errante, houveram muitos problemas, as misturas eram para serem feitas em casa com um produtor mas os planos falharam, aconteceram uma data de imprevistos da parte do nosso antigo baixista e tivemos de continuar o trabalho no estúdio onde fizemos a captação, passados uma data de meses. O álbum foi feito aos bochechos e na fase final teve de ser apressado. Para um primeiro álbum acho que está bom, mas da próxima já temos um plano delineado onde vamos gravar os temas dois a dois em meses seguidos e depois sim, as misturas serão feitas de seguida.Assim é tudo feito em um terço do tempo, gastamos metade do dinheiro que gastámos e depois deste verão, temos o disco todo gravado e misturado. Desde que registámos a bateria até que o álbum estivesse masterizado, passou-se um ano. Muitos meses queimados esperando podermos gravar guitarras e baixo em casa e no fim não foi possível.

3 – Sobre que assuntos incidem as letras contidas neste disco?
FJ –
Variam um pouco, não há um conceito neste primeiro álbum. As letras são directas e fáceis de entender. Lidam muito com o conceito de liberdade, não numa perspectiva de reclamar por exemplo libertinagem, mas sim a liberdade do indivíduo cada vez mais condicionada de formas camufladas que o sistema usa para eliminar as nossas defesas. Os sistemas modernos já não usam a repressão policial, ditaduras militares ou coisas do género…preferem usar a economia para chegar aos seus objectivos.Por outro lado, falam de batalhas espirituais, letras pessoais de mágoa, dor e paixão e até uma que é um tributo a uma banda Portuguesa dos anos 70 que são os Beatniks.

4 – A capa do disco é uma fotografia da banda, mas esta foi tratada de modo a ter um ar de portada de disco dos 70s. Era esta a vossa intenção, suponho? Quem é que foi responsável pela capa?
FJ – A foto na capa, bem como a contracapa e a foto do interior são da autoria de um fotógrafo que descobri num fórum de Metal cá, muito talentoso por sinal, que é o José Ramos. Apaixonei-me pelo trabalho dele e contactei-o fazendo a proposta para trabalhar conosco neste álbum e que levaria a banda até alguns sítios de Sintra que ele fotografou para experimentar com a banda e assim foi. No disco apenas estão duas fotos da banda mas temos mais umas três diferentes de uma sessão de mais de 500 para introduzir como fotos promocionais para magazines, webzines, o que for necessário. Se olhando para a capa dá a imagem de recriar um ambiente “seventies”, então a missão foi cumprida.

5 – Quais são as vossas influências musicais, assim como outro tipo de influências?
FJ – São bandas de várias épocas e estilos mas que se encaixam bem umas nas outras, pelo menos para nós. Do final de 60’s e anos 70 somos influenciados por nomes de peso como os óbvios Sabbath e Pentagram, mas também por Bang, Sir Lord Baltimore, Dust, Buffalo, Judas Priest dos primeiros tempos, Captain Beyond, Blue Cheer, High Tide, etc. Dos 80’s retiramos influencias no Doom Metal, Crust original e Heavy Metal tradicional, como Trouble, Saint Vitus, Obsessed, Penance, Amebix, Antisect, Deviated Instinct, Angel Witch, Diamond Head, Witchfinder General, Mercyful Fate e Manilla Road. Outras influencias podem ser a Bíblia Sagrada, William Blake, o terrível sistema em que vivemos, a nova ordem mundial, o sonho hippie e a utopia libertária.

6 – O disco é lançado pela Raging Planet Records. Como é que surgiu esta colaboração? Porque é que a banda optou por esta editora em particular?
FJ – Eu já conheço o Daniel Makosch da Raging há algum tempo. Inclusive, cheguei a escrever sobre algum Metal na Rock Sound quando ele editava cá a versão Portuguesa da revista. Quando terminámos a gravação foi o primeiro a quem mostrei por ter boas relações com ele. Como ele quis editar o disco, eu nem mostrei a mais ninguém. Agrada-nos o facto de ser alguém que nós conhecemos a editar o disco. Embora a editora não tenha nenhuma banda na nossa área, gosto como ele promove os trabalhos.

7 – Como é que estamos de concertos de promoção ao disco? E em relação a outro tipo de promoção, tais como entrevistas, rodagem em rádios, etc?
FJ – Embora o disco tenha saído em Novembro, apenas foi para as lojas independentes em Dezembro e só chegará ás grandes superfícies em Janeiro. Já fizemos 3 datas entre Novembro e Dezembro de promoção do disco, 2 delas com mais bandas, a primeira, de lançamento do álbum foi com os Alabama Thunder Pussy e os Firebird. Em Fevereiro e Março temos mais concertos, vamos tocar em Barroselas este ano e como não somos uma banda que toque muito ao vivo para nós já é bom. Vamos em Fevereiro gravar um vídeo-clip de promoção ao álbum, provavelmente será o tema “Predator” um tema muito “in-your-face” bom para passar na televisão. Neste mês de Janeiro sei que pelo menos uns 30 programas de rádio receberam o promo do álbum, agora é ver o que vai acontecer. As entrevistas começaram agora, penso que a tua é a primeira desta fase de promoção do álbum.

8 – O que é que aconteceu à tua editora Sleazey Records? Porque é que “fechou as portas”? Que lançamentos e outro tipo de actividades efectuaste com a mesma?
FJ – A Sleazey foi criada enquanto estava nos No-Counts para não só editar a minha própria banda, bem como as dos nossos amigos (Brainwashed by Amália e We were Wolves). A maioria dos lançamentos são splits pois assim também lançava bandas de amigos e correspondentes lá de fora. Como as bandas eram todas mais ou menos do mesmo universo, estava-se a criar uma cena gira com os Sleazey Fests e tudo, os Adam West de Washington que chegaram a tocar cá, não só entraram num split conosco em Cd, bem como lhes fiz um Ep com uma capa exclusiva assinada pelo Mauamor, o meu ilustrador Português favorito do Rock underground. Eu era um grande fan dos Adam West, eles são uma grande banda e orgulha-me ter trabalhado com eles durante o ano de 2003.Como acabei por perder algum dinheiro com a editora (alguns lançamentos falharam) e fiquei sem dinheiro para reinvestir, decidi findar o projecto.

9 – Agora tens outra editora, a Blood & Iron Records. A linha musical é um pouco diferente da Sleazey, não é? Que edições tens feito até agora e quais é que tens programadas para o futuro próximo?
FJ – Sim, eu e o Conim somos a Blood & Iron. Também distribuímos ás vezes outras editoras pequenas mas com lançamentos muito interessantes. Editámos um single para os Blacksunrise, editámos o nosso split Ep com os War Injun que era um projecto com elementos dos Earthride (2 álbums na Southern Lord), um deles o mítico Dave Sherman ex-Wretched e ex-Spirit Caravan, no baixo.Editámos um 10” EP aos Place of Skulls que contam como líder da banda, o ex-Pentagram Victor Griffin.Em Fevereiro sai agora um CD reedição com o primeiro EP dos Life Beyond mais bónus, esta banda conta com um actual membro dos Iron Man, outra banda de Doom de Maryland de culto.Também em Fevereiro sai uma colecção de demos com o single ultra-raro incluído dos Blind Legion, uma banda de culto do underground metaleiro americano dos anos 80. Em Março ou Abril sai finalmente ao fim de um ano de espera por todos os temas, o tributo aos Australianos Buffalo, com muitas bandas boas do underground Doom e Heavy Rock internacional. Os Dawnrider entram com “Shylock” que aparece também no álbum de estreia.

10 – O que é que aconteceu às tuas bandas anteriores, The No-Counts D.O.M., Subcaos e Savage City Outlaws (esta apenas uma pequena brincadeira)?
FJ – Os No-Counts acabaram, pena foi não termos deixado um álbum. Agora vejo aí bandas com metade da qualidade e da fúria dos No-Counts a quererem singrar cá. A minha mensagem é: “os Portugueses não gostam de Hard Rock com colhões!” - S.C.O. são isso mesmo, uma brincadeira. Fui convidado para cantar nos eps nada mais, foi uma boa gargalhada ver aquilo tudo editado. Subcaos…bom, vê o myspace da banda, lá diz tudo numa frase: “We the undead, we never sleep!”.

11 – Essas bandas tiveram alguns lançamentos antes de encerrarem as suas actividades. Pensas reeditar isso num futuro próximo? Talvez um CD com o material que foi lançado em vinil.
FJ – Para já não, não quero editar nada de Subcaos mas procuramos uma editora para o fazer: queremos editar finalmente a colecção de demos raras que ninguém praticamente teve acesso juntamente com o Mini LP inédito de 1996 e queremos fazer um Ep novo.Se alguma vez reeditar os No-Counts será daqui a 10 anos, ou se alguém o quiser fazer, eu não me importo.

12 – Além de bandas e editoras tens também andado ocupado com a tua loja de música. Isso ainda está a andar?
FJ – Fechou há um ano atrás, o negócio na net e a edição de discos são agora o meu objectivo.

13 – Sentes na tua loja que o negócio está fraco por causa de toda a cena do “download” na “internet”, pirataria, gravações caseiras, etc? Já agora o que é que pensas desse assunto? Não será isso apenas mais uma forma actualizada do antigo “tape trading”? Afinal de contas, sempre se gravaram os vinis dos amigos lá em casa, nas velhinhas cassetes.
FJ –
A minha opinião é que realmente fazer um download é como gravar uma cassete ou ainda pior pois o som não é tão bom. Não há nada como o som da fita e do vinil. Mas há bons trabalhos hoje em dia de remasterização que aprecio, não tanto em música dos anos 70 que perde a sujidade e fica despersonalizado, mas no Metal, tenho visto bons trabalhos de remasterização e remistura.O como alguém pode achar que ter um cd-r com uma capa de fotocopia ou gigas no computador substitui o objecto é que eu não compreendo. Esta gente que se diz apoiante do underground, está-se a contradizer. Cada um tem as suas prioridades na vida, eu tenho a casa cheia de música, revistas, zines, memorabilia…o mundo do Rock pesado e underground vive disto, virtualizar as coisas é matar a nossa cultura. Já basta uma pessoa trabalhar em frente a um computador!

14 – Tens já alguns anitos no Underground nacional. Já estiveste envolvido em diversas bandas como Subcaos, Crise Total, No-Counts D.O.M., Dawnrider, etc, já formaste editoras independentes (Sleazey e Blood & Iron), tens uma loja de música, etc. Como vês a evolução da cena Underground nacional desde que começaste a fazer parte da mesma até hoje? Que bandas, editoras, promotores de concertos, revistas e outros da cena musical podes realçar?
FJ – Agora as coisas são mais facilitadas, mais fúteis por vezes, anda tudo muito virtual. Eu também vivo muito na net devido ao meu trabalho, mas quero a rua como campo de batalha e os concertos como manifesto. Quero a minha cerveja gelada, e relações cara-a-cara. Queria ter mais contacto com a natureza como já tive para assim conseguir mais facilmente paz de espírito e alienar-me das coisas más da selva de pedra. A minha menção honrosa vai para todos aqueles que organizam concertos, esses são uns verdadeiros heróis, musica ao vivo é vital e eu sei que dá trabalho e por vezes perde-se dinheiro. Desde o pessoal de Barroselas até aos punks de 20 anitos que organizam concertos para 40 pessoas, passando pela Spear, para mim todos contribuem de maneira positiva para o underground nacional. Não sair de casa e ficar na Internet armado em palhaço num fórum qualquer é uma atitude merdosa de cobarde que nada tem a ver com Rock & Roll! A acção é na rua! Devo também salientar o trabalho da Underworld, já são muitos anos a fazer um magazine grátis que não lambe o cú a ninguém, pena ter poucas páginas pois é aquela postura no jornalismo musical que faz falta em Portugal.

15 – Tens agora espaço para deixar uma última mensagem aos leitores da Fénix.
FJ – Obrigado pelo interesse nos Dawnrider. Apoiem o underground e pensem por vós próprios. Não se deixem enganar pelas mentiras de um sistema cada vez mais corrupto e do seu plano maléfico para nos controlar e rotular. Fuck the 666!

Questões: RDS
Respostas: Francisco Dias


Dawnrider: http://www.dawnrider.com/ / http://www.myspace.com/dawnriderdoom
Raging Planet: http://www.ragingplanet.web.pt/ / http://www.myspace.com/ragingplanetrecordsportugal

Danny Cavanagh


Sunday

Compilação Irmandade Metálica Vol.1

Primeira compilação do fórum nacional Irmandade Metálica. Esta compilação é composta apenas por bandas que estão inscritas no forum. A compilação é gratuita e é composta por 33 bandas Portuguesas dos mais variados subgéneros do Metal.


Irmandade Metalica (Forum): http://www.irmandademetalica.com/

Wednesday

My Own Wolf: A New Approach - a tribute to ULVER

Aspherical Asphyxia proudly presents an ultimate compilation of covertracks dedicated to the ULVER's foundation 15th anniversary. This release contains the explosive mix of very different genres created by the musicians all around the world. Almost three hours' marathon will make nobody indifferent, regardless of the fact that most of the participants are not so well known. Though, all the tracks made as high quality as possible.
Cover artwork for the release made by the famous russian dark artist Oleg "Cmart" Paschenko.
More information about the tribute can be found at the official website: http://panacea.msk.su/ulver/
There are also the links for the free downloading.

The Ocean - Interview

1 – The Ocean (origin and meaning of the band’s name, short bio with highlights, discography, etc):
We are a band, or: collective, from Berlin, Germany. There is no precise »origin« of our name; the term just came up one day. First we hesitated to use it because it seemed a little too simplistic (thus inappropriate of our musical style). But then we realized that truly ingenious things are inevitably simple – so we decided to stick to it. What's great about the name is that there's not the meaning. It has so many facets and evokes so many different associations – from the origin of all life to the end of it; from a calm, peaceful sunset scenery to a devastating hurricane.
The whole thing started back in 2000. Robin had just moved to Berlin with a bunch of songs on a four-track Minidisc recorder and started looking for people to form a band. It took about two years and forty musicians until a stable line-up was established and first live shows could be made. In 2003, we signed to Make My Day Records and released our first (official) record Fogdiver. The next year, Fluxion came out, which saw the introduction of vocals and big-scale orchestrations including classical instruments such as cellos, flutes and trombones. The project soon got too big for Make My Day, so we signed with Metal Blade instead, releasing Aeolian in 2005 and Precambrian in 2007.

2 – “Precambrian” (writing & recording process):
Most of the basic ideas developed during an Australia trip Robin did in summer 2005, and in the Berlin winter that followed. Actually, Robin conceived quite a lot of the material on a four-string guitar on beaches and in hostel rooms on his trip. Back in Berlin, he elaborated them further; but since we were on tour for four months in 2006 and Robin recorded an album with another band of his, he didn't have the time to work on the Precambrian material until late 2006. In April 2007, we went to northern Finland for three weeks in order to record drums and the basic guitar tracks in a barn in the middle of nowhere. Everything else we recorded at home in our Oceanland studios, as we have done ever since, with some of our guest vocalists cut their tracks at their respective places in the U.S., the Netherlands, Belgium, and Sweden. Finally, we had the whole thing mixed in New York City and mastered in Cambridge, MA. There are 26 musicians playing on the album, so you get the idea. To manage this massive polyphony, to handle the huge amount of tracks and still keep the song focused and work out its essence, its core, was the biggest challenge we have ever taken.

3 – “Hadean / Archaean” VS “Proterozoic”:
The Precambrian was the first chapter in the evolution of planet earth, its beginning is set to about 4,5 billion years before now. Geologists subdivide the Precambrian into 2 or 3 eras, Hadean / Archaean and Proterozoic, and in the case of our album, the 2 discs carry these names. These eras are further subdivided into geological periods, which function as song-titles here. So the whole concept evolves around the early days of mother earth, which was then a terrifying place devoid of life and reigned by sulfur and red-glowing streams of lava... During the Proterozoic, the earth started to cool down a little bit and the atmosphere started to build, and first simple forms of life prang up. All this is reflected in the music: The Hadean / Archaean part of the disc is raw and brutal, continuing where 'Aeolian' left off, with a basic instrumentation of drums, bass, guitars and vocals. The Proterozoic part of the disc is much more multi-layered and complex, more mellow and vast, still crushing and heavy for the most part, but with plenty of atmospheric moments that give the listener space to breathe in between the eruptions.

4 – Lyrics (influences, themes, messages) and the main lyrical concept of this record:
The Precambrian was a time before life on earth. Apparently, it doesn't make much sense to write about nothing but rocks and volcanic euprions, so we did not stick to the album theme in an overly strict way. There are still certain references and metaphors going back to the Precambrian theme, but the lyrics essentially address human issues.
There isn't the overall lyrical concept on the album, but what ties everything together are Lautréamont's Chants of Maldoror, which is certainly the biggest lyrical influence on this album. The Chants are so full of spite, passion, dark irony and profound hatred of man and his virtues, so to speak, that we realized our album could be kind of a soundtrack to them. So it was only natural to try and fit some of those blasphemous words onto the music, and we ended up having two songs exclusively employing entire passages of the Chants: »Mesoarchaean« and »Neoarchaean,« both on »Hadean/Archaean.« There are more parts here and there and in addition, the booklet of »Proterozoic« is interspersed with quotes from the Chants, some of them using great oceanic imagery: »You will not in my last hours, find me surrounded by priests. I want to die lulled by the waves of the stormy sea.«
But it's not just Lautréamont; the song »Mesoarchaean,« for example, is actually a poem by Baudelaire. Nietzsche's »Untimely Meditations II« have left their mark on the song »Rhyacian«, and the song »De Profundis« is a poem by Georg Trakl.

5 – Album frontcover / artwork (who, why, meaning, …):
The cover depicts magmatic bubbles, black lava printed in UV gloss on a lavish digipak with physically cut-out diecut holes, through which you see the booklets shining through, with more images of black volcanic rock, creating the impression of depth. When you slide out the booklets, you see red glowing lava shining thorugh those diecut holes.
The artwork was done by Martin Kvamme, once again. Working with Martin is simply amazing. He is such a creative and talented artist, I guess there's nobody else like him out there. He perfectly understands where we're coming from and does his best to satisfy us, and realize his own artistic vision at the same time. We admire all of his works, and what we really like about him is that he doesn't have one particular style. He is extremely versatile and can do everything and adapt to a concept and really push it and develop it. You never know what to expect when you work with him, but we have ben very pleasantly surprised every time. As always, we wanted the artwork to reflect the overall atmosphere of our music. And after the great job Martin had done on Aeolian, it was only natural to ask him again.

6 – Musicians / Guest Musicians (26!):
Yeah, there's a huge number of guest musicians on our album. For example, we've got Tomas Hallbom from Breach again, singing a duett with Rene Nocon, an singer rather unknown outside of Berlin, on »Stenian.« Then there is Nate Newton of Converge appearing on two of the »Hadean/Archaean« tracks. There is Caleb Scofield of Cave In on the track »Orosirian,« together with our new main vocalist Mike Pilat. There is Eric Kalsbeek of Textures singing the song »Mesoarchaean.« We also had the honor to work with pro-musicians from the Berlin Philharmonic Orchestra.

7 – Musical and other kind of influences:
The range of musical influences among our band members is pretty wide. We do have some common denominators, though, such as Breach, Refused, Neurosis, Meshuggah, or Godspeed You! Black Emperor. Apart from that, you can find pretty much everything in the band: we've got fans of Old-school Hardcore, Dub, Black Metal, Electronica, Classical music, Grindcore, etc.
And then there's a couple of non-musical influences as well. We've talked about the French symbolists already, or two of them; then there's people like Edgar Allan Poe for example, whose »The City in the Sea« was the basis of our song by the same title; then there's our »Austerity«, which was inspired by Bertolt Brecht (both songs off Aeolian). Surrealist poetry also had quite an impact on our lyrics. The works of Andre Breton might be the basis for our next album, but we'll see...

8 – Metal Blade Records:
The cooperation with Metal Blade started after we parted ways with our previous label. We checked out a couple of alternatives, talked to people here and there, and went for Metal Blade, whose offer was by far the most interesting one. And we don't regret it; Metal Blade has been supporting us ever since and never tried to encroach in our artistic freedom. They have never interfered with our recording processes or otherwise tried to take control over where the whole project is going.

9 – Tour to promote the record:
We've just returned from a European tour with Intronaut, which was awesome, and we'll be on tour again in March with Rotten Sound and Victims, which is gonna be a great package; hands down the most unusual one we've been part of so far. After that we will play a week of headliner shows in France and then go to Eastern Europe including Greece and Russia, before going to the US in May. We will spend the better part of 2008 on the road.

10 – Final Message:
Never forget that Precambrian is just one of five albums we've put out so far. Check out the other ones too, Fogdiver for example, to get an idea of the entire range of what The Ocean is capable of!
-
Questions: RDS
Answers: Nils (visuals)
-
Metal Blade: www.metalblade.de

Tuesday

Umeed - Entrevista

1 – Umeed (curta biografia, pontos altos, discografia, etc):
Os UMEED são uma banda que acredita e aposta no Rock, numa época em que cada vez mais esta sonoridade se afasta das rotas comerciais apoiadas pelos media. Nasceram em Fevereiro de 2001 e percorreram estes anos a afinar o seu estilo, de forma a obter um som melodioso e ritmado bem patente no seu actual trabalho. Como ponto alto, os elementos destacam unanimemente o concerto de apresentação do álbum Hustle and bustle, por ter sido o culminar de uma etapa importante de criação que marcou o lançamento oficial dos UMEED. A nível internacional, destacamos as presenças nas compilações DEAD FAMOUS Vol. 5 (Astral Records – Austrália), THE BIG INDIE COME BACK Vol.3 (MatchBox Recordings – UK), na sonorização do DVD do campeonato mundial de Trial de 2006 e como banda destacada pela revista americana Medium Point. Para Janeiro de 2008, temos já a confirmação que seremos banda destacada na revista de música Alternative Addiction, no Canadá.

2 – “Hustle and Bustle” (processos de composição e gravação):
Em 2003, os UMEED fizeram uma primeira experiência “caseira” de 12 músicas. Em finais de 2006, gravaram o álbum Hustle and bustle que seria o CD de apresentação da banda. Para nós, Hustle and bustle é muito mais do que uma compilação de 9 músicas. Hustle and bustle resulta da feliz união de músicos, letristas, amigos, fotógrafos, designers e um pintor (Neves Oliveira) que tornou físico todo este mundo de sons, como se pode observar no nosso website (http://www.umeed.net/) onde cada música aparece representada em tela.

3 – Letras (influências, temas, mensagens):
Todo o universo retratado nas letras, remete para uma vivência que oscila entre o desespero e a esperança de um mundo sem rumo tendo como princípio “lutar, sempre lutar” para afirmarmos a nossa existência. Como ouvintes, na fase da adolescência, ficámos cativados pelo mundo da música e de toda a cultura associada. A ideia de conseguir transmitir sentimentos e emoções através da conjugação de melodias e harmonias foi algo que desde o início nos fascinou e que nos motivou a perseguir o sonho de criar um projecto que pudesse chegar às pessoas e criar nelas essas sensações agradáveis que nós sentíamos quando ouvíamos os nossos ídolos.

4 – Capa do disco (quem, porquê, significado, …):
Os UMEED não são apenas as 4 pessoas que aparecem em palco. A capa do disco Hustle and bustle resultou de um longo processo de criação, levado a cabo pelo pintor Neves Oliveira que trabalha connosco. A nossa visão musical, as mensagens inscritas nas letras e a interpretação pessoal de Neves Oliveira deram origem ao tema principal da capa do CD. Com uma perspectiva de um ponto alto, pretendeu-se mostrar a confusão, a azáfama que existe dentro de cada um de nós.

5 – Influências musicais e outras:
Em termos musicais, as influências vão desde dEUS, Portishead, The Clash, Bill Evans, Radiohead, Placebo, Muso… Fora do universo musical, cada um dos elementos dos UMEED possui uma formação muito diferente o que acaba por ser decisivo na forma como compomos em grupo, reflectindo-se no resultado final do trabalho.

6 – Edição de autor do disco:
Actualmente, os UMEED têm um contrato de distribuição digital dos 9 temas que constituem o álbum Hustle and bustle com a LAD Publishing and Records. Não temos contrato de distribuição física dos CDs, vendemo-los nos concertos e a todos os fãs que nos contactam via email a partir do nosso website.

7 – Concertos de promoção ao disco:
Para 2008, já está a ser programada um tour nacional e um novo álbum com edição esperada no final do Verão.

8 – Mensagem final:
O espírito da banda é perseguir os sonhos incessantemente, sabendo que o percurso não será nada fácil.

http://www.umeed.net/ / www.myspace.com/umeedband

Project Creation - Entrevista

1 – O disco anterior “Floating World” já teve o selo da Progrock Records, a qual editou também este novo “Dawn On Pyther”. Como é que surgiu a colaboração com a Progrock?
Surgiu quando terminei o 2º álbum de Sonic Pulsar. Tinha algumas ideias para um segundo projecto que não se enquadravam na sua totalidade em SP. Peguei nestas ideias e enviei para a Progrock Records, que na altura estava com uma enorme visibilidade com as suas mais recentes releases.
Durante uma semana ouviram o álbum, ou as demos se assim quiseres, e depois recebi uma proposta para fazer parte da editora com Project Creation, o que foi excelente.

2 – Fala-me um pouco do processo de composição e gravação deste novo trabalho “Dawn On Pyther”.
Dawn on Pyther beneficiou de uma aprendizagem bastante grande com o 1º cd. Tinha tudo muito estruturado na minha cabeça, desde a composição até ao mix final.
A maneira de eu trabalhar é muito pensada e faseada. Começo com alguma ideias, que em 80% dos casos surgem através de simples melodias no synth e depois alio-as a ideias para a história e a coisa vai-se construindo e encaixando-se. Depois de ter as bases bem definidas passo para a gravação propriamente dita da minha voz, guitarras e baixo. Em paralelo envio as ideias principais para os músicos, para que estes possam ir gravando as suas partes e, no caso dos vocalistas, possam integrar-se no estilo do álbum. Depois é agendar com eles as gravações no meu estúdio. Entretanto vou sempre melhorando os mixs e melhorando as composições conforme necessário.
No final é o trabalho mais difícil e que não gosto tanto pois é muito stressante, estou a falar da mixagem. Terrível, no caso da 1º faixa Dawn on Pyther. Foi difícil, e só descansei quando ficou como queria, ou pelo menos a 99% (risos).

3 – Descreve o conceito lírico do disco, o qual iniciou no anterior “Floating World”, e terá o seu seguimento num próximo álbum.
O conceito e história pretendem atingir duas metas. A 1ª é que todos nós podemos ser criadores de outros seres e todo o álbum fala de 2 coisas, a vida e a morte, a luminosidade e a escuridão. Mas a vantagem vai sempre para o tema da criação e da vida. Pelo meio dou sempre umas ‘trancadas’ no modo de vida que vivemos, que na minha opinião é um modo de sobrevivência e não de vida. Nascemos, trabalhamos para sobreviver e depois temos um tempo para gozar os últimos anos de vida. Pode parecer muito obscuro mas é a realidade. A sociedade está construída desta forma pouco acolhedora, virada para o consumismo, para o lucro dos grandes e para a miséria e a guerra. É o que vemos todos os dias.
Não quero com isto dizer que acho que tudo é mau na vida, claro que não, e a música é um exemplo de algo de positivo e que pode mudar muita coisa, mas o Mundo podia ser bem melhor. O meu Mundo em Project Creation é isso mesmo. Todos fazem o que querem e aquilo para o qual estão vocacionados. Mesmo o sonho mais impossível, o da libelinha mecânica tornar-se humana, vai ser uma realidade no 3ª álbum a aparecer futuramente.

A segunda meta é a de simplesmente explorar um universo de ficção, escrever uma história e dar vida através da música. A meu ver a história de base tem elementos muito originais na abordagem que faz, mas a premissa de base não será assim tão nova. O Arthur C. Clarke já fez algo do género com Rama, temos o filme Dark City com uma cidade no espaço, ou seja, já quase tudo já foi inventado, o que pretendo é reavaliar os conceitos já escritos e redefinir a música e mesmo os filmes, através de Project Creation. Não pretendo ser o mais original, mas sobretudo inovar e revisitar temas já abordados.

4 – Além do conceito lírico, há também todo um trabalho muito cuidado em relação à apresentação do disco. A capa (e todo o livrete) é sensacional. Quem foi responsável pela arte gráfica? Estabelece um paralelo da arte com o conceito lírico.
Sou muito meticuloso no grafismo. Tem de estar tudo como pensei numa espécie de storyboard. A grafista genial é a Marie Guillaumet, em Aenemya.com
Gostei imenso do que ela fez e me mostrou com os protótipos, e a partir dai começou a colaboração.
Eu queria algo muito etéreo mas ao mesmo tempo terra-a-terra. Como deves ter visto, cada música tem o seu grafismo. A música todos a podemos ouvir e imaginar, mas que tal ver o que o grafista e o músico pensaram para a arte gráfica? Só pode ser bom e complementar o trabalho de som e de composição.
Fiquei muito satisfeito com os gráficos, estão de facto óptimos e a capa até mostra um cheirinho que está para vir no 3º álbum!

5 – Além disso há também vídeos preparados para temas deste e do anterior álbum. Isso está pronto? Que podes adiantar acerca desses vídeos? Tendo em conta que não serão vídeos a rodar na TV Portuguesa (nem mesmo nos canais de cabo), e que não foram incluídos nos CDs, como poderemos ter acesso aos mesmos?
Vou lutar para que os vídeos passem na TV, pelo menos na Sic radical, Mtv Portugal. Senão, temos sempre a net que hoje em dia é digamos o canal privilegiado para bandas que não sejam das editoras majors, ou seja, a maioria, pelo menos das que têm contrato discográfico.
No final deste ano vamos ter o vídeo do Floating World pronto, com som em 5.1 e uma apresentação inédita em Portugal via vídeo totalmente em CGI. Este vídeo demorou cerca de 2 anos a fazer, é todo em digital, e apresenta a história completa do 1º álbum. É muito muito ambicioso.

Estamos igualmente a preparar o vídeo com a Zara, que está a ficar muito porreiro também. Já estamos a meio da edição. Este será mais real combinado com algumas cenas em 3d.

6 – Fala-me um pouco dos músicos convidados neste disco. Quem são, como surgiu a sua colaboração, e qual foi o seu contributo ou “mais valia” para o resultado final.
Olha, em termos de voz a Zara é fenomenal. Já ouvi muita coisa, Zara ainda não tinha ouvido (risos). O Tiago ‘Linx’ continua a ser um dos meus vocalistas favoritos. A voz é excelente e não só a voz, o poder que ele tem para criar melodias, aliá-las a ritmos improváveis e gravar é genial e é uma mais-valia para o álbum. Há diversas ideias dele no álbum.
Uma palavra também para o Paulo Pacheco que, com menos anos de música que o Linx, muito bem soube agarrar os temas e pode-se ver por Forgotten Suns actual, tem uma óptima voz para Prog Metal.

Paulo Chagas é músico de eleição. Desta vez não apenas fez grandes melodias e solos de sax e flauta, como gravou e compôs a ultima parte da Voyage of the Dragonfly.
O Davis Raborn é uma novidade, e lida com a bateria de um modo muito prático. Ouviu as demos, e gravou por cima, com o seu toque pessoal ultra potente.
Depois temos o Vasco, cujos solos de guitarra continuo a invejar (risos) e o Fred Lessing que teve a ideia espectacular para o início da Flying Thoughts (faixa 2) e que mudou o rumo dessa música, para melhor obviamente. Estou a colaborar com ele no seu próximo álbum, onde participo com algumas vozes.

7 – Além de Project Creation, em que outros projectos é que andas envolvido actualmente? Que é feito dos Sonic Pulsar? No website há alguns temas soltos de outros projectos e/ou experiências anteriores. Pensas levar isso adiante e até editar esse material no futuro?
Olha, recentemente tive uma súbita vontade de começar algo novo e cortar durante uns meses com a extrema complexidade de PC. Assim, estou a gravar um álbum mais gótico, rock electrónico e mais simplista na abordagem musical. Devo colaborar com uma vocalista Sueca, mas para já ainda não posso revelar detalhes. Mas dentro de uma semana vai aparecer no nosso myspace e site oficial em sonicpulsar.com.
Sonic Pulsar está um pouco parado, porque PC é como que uma evolução de SP, ou seja Project Creation como que engoliu Sonic. Mas temos já letras e músicas para o 3º álbum de SP, mas não será para já.
Para além disto tudo tenho colaborado com o Fred Lessing e num tributo a Carlos Santana a ser editado pela Mellow Records, aliás penso já ter saído para o mercado. Deve estar em mellowrecords.com
Também iniciei um projecto puramente de metal, chamado Dimensions, mas primeiro quero concretizar o de rock gótico e iniciar o 3º Creation.
Também participei com uma música num projecto chamado Ghost Particle.

8 – Quais são as tuas influências musicais, cinematográficas, literárias, e outras, tanto neste Project Creation como nos teus outros trabalhos?
Eu tento ao máximo não ter influências, ou pelo menos não pensar nelas quando componho. Mas quando ouço a intro do Dawn on Pyther, não posso deixar de me lembrar do filme Mulholland Drive, cuja música foi feita pelo Angelo Badalamenti. Grande! Assim, como em tudo na vida, somos sempre influenciados por isto ou aquilo, e as nossas próprias influências são elas também por sua vez influenciadas. É um ciclo, ciclo esse onde se deve se reinventar ao nível da originalidade. Para dar nomes, e em termos de cinema, Stanley Kubrick, Andrei Tarkovsky, David Lynch e David Cronenberg, Alex Proyas, John Carpenter. Os filmes são 2001 Odisseia no Espaço, Solaris, Mulholland drive, Star Trek, Dark City, entre outros.
No campo literário, tenho menos tempo para ler, mas diria Stanislaw Lem, Arthur C. Clarke, Jean Christophe Grangé.
Tenho lido muita BD e novelas gráficas de mistério e horror: Steve Niles, Neil Gaiman, Scott Hampton,…
Na música será Devin Townsend, Angelo Badalamenti (trabalha muito com David Lynch), Dream Theater, David Arkenstone, entre outros.

9 – Como vês a cenas Progressiva, Rock e Metal actuais? Que comparações fazes com o passado? Que novas bandas (ou “velhas”) e discos tens ouvido actualmente e que queiras recomendar?
A Internet e a maior facilidade em gravar, está a criar um mercado enorme para os estilos progressistas o que se revela excelente para quem tem talento e quer mostrá-lo. Isto como sendo o lado positivo. Como negativo, há demasiada oferta, demais para o mercado actual, e vemos muita coisa feita sem grande qualidade. Depois temos outras que se destacam, mas que podem ser mais ou menos ofuscadas pelas produções menores que abundam. É bom e mau a meu ver, não tenho uma opinião certa a este respeito.
Vejo cada vez mais bandas a fazer o mesmo, tanto no campo do prog metal como do prog rock mais tradicional. Sempre os mesmos ritmos, estruturas, clichés. É o que ouço, Mas há sempre aquele projecto ou aquela banda que ainda me surpreendem, e ouço isso tanto nas rádios online de progressivo como em locais grandiosos como o myspace. O fenómeno myspace é algo a estudar, porque não é um espaço para projectos não editados, bem pelo contrário, é sobretudo para os grandes projectos. Depois também vemos outros com menos possibilidades, e tenho sido agradavelmente surpreendido por aquilo que encontro, tanto ao nível da música como do vídeo e grafismo. Encontrei, inclusive, um grupo de comediantes nos US absolutamente fantásticos, pouco conhecidos, ao nível dos Monty Python ou dos nossos Gatos.

Tenho ouvido várias bandas da Progrock Records, como Ghost Circus, Joey Vera, e depois muito Devin Townsend, algum Ayreon, entre outros. Agora comecei também a ouvir o novo som dos antigos Europe! Bastante bom e forte, nada a ver com os 80’s.

10 – A mesma questão, mas agora em relação à cena musical Portuguesa. Novas bandas, discos e outros. Comparações do presente com o passado.
A cena Portuguesa de prog é quase inexistente infelizmente. Não há bandas ou projectos em número suficiente para que haja de facto um género progressivo bem patente. Não ouço nas rádios géneros de música mais desafiantes, apesar de algumas incursões em rádios mais modestas. Há de facto poucos mas felizmente óptimos programas dedicados ao género e que passam progressivo. Falo do País relativo na RUA, Metalmorfose, Circulo de fogo, programa FEEDBACK na rádio de Santa Maria da feira, entre outros,…
Não posso apontar novos discos (2007) que sejam genuinamente de um género que considere rock ou metal progressivo, em Portugal, à parte um ou outro projecto menos divulgado.

11 – Podes deixar agora uma última mensagem, o espaço é todo teu.
Quero deixar uma mensagem que muitos vão achar como sendo contra a Internet e os tempos modernos, mas não é. Ora bem, há imensos blogs, sites de sharing, onde milhares de cds são trocados. No outro dia encontrámos um site com mais de 200 downloads do último álbum de Project Creation… e, sabem uma coisa? O álbum ainda nem sequer tinha saído. Isto foram 200 downloads numa semana, imaginem num mês… Project Creation e produções recentes poderiam vender muito mais, e já sabem qual é o problema….Os donos desses blogs e sites dizem que fazem um favor à música ao ajudar as labels mais pequenas e destruindo as chamadas Major. Pois meus amigos, desenganem-se, estão literalmente a matar as labels e projectos independentes. Vejam a Lion Music que já não aceita novas bandas. As vendas REAIS de Sonic Pulsar e Project Creation são baixíssimas. O meu investimento na música não será, a médio prazo, recuperado. Por isso, a net muito bem, é boa, não viveria sem ela hoje, mas por favor, ouçam os samples, ou 2 mp3s e depois COMPREM OS CDS, só assim poderemos sobreviver. Eu e todos agradecemos, e é a única forma destes géneros mais diversos poderem sobreviver. Não se esqueçam, um cd tem música e gráficos, mas podem comprar só a música por metade do preço em Mindawn.com por exemplo ou noutros sites de dowloads, há sempre uma solução para apreciar a música e lutar para que esta continue a ser produzida.
Um abraço aos amigos e fãs, e em especial para a Fénix que tem sido 5***** ;)

Hugo Flores
SonicPulsar.com

http://www.sonicpulsar.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Friday

Der Blutharsch – The Philosopher’s Stone (2007) – WKN / Tesco Distribution

Depois de um disco ao vivo (“Live In Copenhagen” 2006, WKN / Tesco) eis que os Der Blutharsch surgem com novo trabalho de estúdio. “The Philosopher’s Stone” é um disco que faz a fusão de Dark Folk, NeoFolk, Martial e Rock Gótico, quase sempre com um orientação mais roqueira que os seus pares. Negro, obscuro, intenso, enérgico, é assim o ambiente deste trabalho. Além dos músicos integrantes (Marthynna, Jörg B., Bain Wolfkind e Albin Julius) há ainda participações especiais de Christine R. (clarinete) e de Matt Howden (violino) em uma faixa cada. Mais uma obra essencial na carreira destes Austríacos. Segundo parece, vão dar por encerrada a sua carreira após 10 anos de a terem iniciado, inventado o Military Pop e terem-se tornado um dos nomes mais influentes da cena Dark / NeoFolk / Martial. Será verdade? Se assim é, o canto do cisne é, sem dúvida alguma, o mais belo de todos! 90% http://www.derblutharsch.com/ / http://www.tesco-germany.com/
RDS

Bain Wolfkind – Wasteland EP (2007) – Hau Ruck! / Tesco Distribution

Este é já o 4º trabalho a nome próprio do Austríaco Bain Wolfkind (baterista / vocalista de Der Blutharsch). Trata-se de um MCD com 4 faixas numa linha Dark Folk / Neofolk. Este “songwriter” sombrio auxilia-se de uma guitarra para criar a sua música, utilizando por vezes órgão, pandeireta, maracas e pouco mais, apenas para dar mais alguma cor (outros tons de cinzento, entenda-se) ao resultado final. A música, essa, é negra, soturna, melancólica, depressiva, decadente. Como vem referido na nota de imprensa “pensem em Leonard Cohen, Townes Van Zandt, Steve Young, Hank Williams e Michael Gira numa pensão Mexicana com uma guitarra barata, uma caixa de tequila e um gravador de cassetes”. Nenhuma destas faixas ficaria desenquadrada num filme de Quentin Tarantino ou numa sequela de “Aberto Até De Madrugada” (“From Dusk Till Dawn”). Isto é bom, muito bom, mas sabe a pouco! Nem aos 12 minutos chega! Tenho que ir procurar os seus trabalhos anteriores imediatamente! Se forem assim tão bons quanto este “teaser”… Para fãs de Leonard Cohen, Nick Cave, Death In June, Current 93, Sol Invictus, Hank Williams, Michael Gira, In Gowan Ring. 95% www.myspace.com/bainwolfkind / http://www.hauruck.org/ / http://www.tesco-germany.com/
RDS

Thrudvangar – Zwischen Asgard Und Midgard (2007) – Einheit Produktionen

Terceiro disco para os Teutónicos Thrudvangar. Pagan Metal de contornos Black é o que nos é apresentado nos 8 temas de “Zwischen Asgard Und Midgard”. Pessoalmente, gosto mais de um Pagan Metal mais limpo, melódico, com muita influência Folk e até Doom, não me inclinando muito para esta vertente mais “pesada”. No entanto, este disco tem os seus pontos de interesse. Há por aqui algumas boas ideias de guitarra, ambientes épicos bem conseguidos, melodias cativantes e trejeitos Folk a apimentar a coisa. Destaco os meus temas favoritos “Runenstein”, “Swei Raben” ou “Heimwärts”, que estão mais direccionados para as já referidas vertentes da minha preferência. Fãs “diehard” do género irão gostar com certeza. Os outros, esses poderão encontrar motivos de interesse nos Thrudvangar se apreciam o trabalho de nomes como Bathory, Nightfall, Rotting Christ, Misanthrope, Moonsorrow ou Primordial, p.ex. 75% http://www.thrudvangar.com/ / http://www.einheit-produktionen.de/ / http://www.archetype-promotion.de/
RDS

Neaera - Interview

Neaera (meaning of the name, short bio, discography, highlights, …):
Neaera is a whore in Greek History. She was slaved and gained her freedom after a while. That’s the short version.
We chose the name because it looks cool and the dramatic story behind it is a good background for our critical lyrics and brutal sound.
We founded in 2003 and released 3 albums. The Rising Tide Of Oblivion, Let The Tempest Come, Armamentarium.
We did a lot of shows and tours within the last three years. We toured with Bands like As I Lay Dying, Kataklysm or Caliban and played some cool festivals like Wacken and With Full Force.
-
“Armamentarium” (rehearsing / writing process, recording process, label, …):
We wrote the album within a couple of months. The songs are written by the two guitarists Tobi and Stefan and the drummer Sebastian. We usually meet in the rehearsal room once a week and jam around with some ideas the guitarists come up with.
The lyrics are written by our singer Benny, Stefan and Benjamin our bass player.
We recorded Armamentarium again in the Danish Hansen Studios.
Jacob the producer did a great job on our last Album, so we decided to work with him again. Benny our singer recorded the voice together with our friend Ali Dietz from Heaven Shall Burn in the Rape of Harmonies Studios in Germany.
This is our third album on Metal Blade records.
-
Lyrics (influences, subjects, ideas, messages, …):
The lyrics criticize mostly social and political aspects of the world today.
We have also a few personal texts dealing with inner conflicts and grief and the individual problems of our time.
-
Album frontcover / artwork (who, why, meaning, …):
The entire artwork and cover was done by the great Norwegian artist Terje.
It expresses the social isolation of the individual. A topic stressed for example in the Title Track Armamentarium.
-
Live tour to promote the new record:
We already did a German and south European tour to play the new songs and promote the new album. Both went great and showed us the live potential of the new songs.
It`s amazing to see that after such a short while people sing along with the new stuff.
Musical (and other) influences:
-
On Armamentarium we decided to slow down the tempo a bit and add more groove.
I think Bolt Thrower or Morbid Angel was an important influence on that one.
-
Metalcore / Deathcore. Your opinion:
Decide yourselves! I don`t know. Is this important? And ain`t that the same?
-
Final Message:
Thanks for your interest. Stay brutal!
-
Questions: RDS
Answers: Sebastian (drums)
-

Thursday

Infected Records DIY

A Infected Records DIY é uma editora independente lusa e, tal como o nome pode indiciar, apoia-se na ideologia “do it yourself” (faça você mesmo), tendo como orientação o Punk e o Hardcore. A maior parte das suas edições são demos e EPs em CD-R com capas fotocopiadas (a cores), tendo ainda alguns lançamentos conjuntos com outras editoras. O João Alves da Infected enviou-me algum material que passo em revista a seguir.

Inicio com “Estaca Zero!”, demo dos Portugueses Zero À Esquerda, datada de 2005. São 5 temas com influência directa de Censurados, Peste & Sida e K2O3. Punk sing-a-long com carácter interventivo e muito humor à mistura (a fazer lembrar as bandas já citadas). Há ainda tempo para um tema Ska (“E Tu A Vê-lo Fugir”) e outro Reggae (“Curtir Até Cair”). As letras são muito simples e algo “naive” até. Gosto disto mas com algum cuidado adicional nas letras ficava ainda melhor. 65%

Seguem os Sat On The Cat com “Once we went to the Ritz Club to see Murphy’s Law but they didn’t show up” (2007). EP com 3 temas originais e uma versão de “Spaceman” dos Babylon Zoo. Punk Rock speedado mas melódico linha Satanic Surfers, NOFX, Lagwagon, e outros que tais. Também com muito humor à mistura. Gosto muito da parte instrumental mas, tal com a banda anterior, as letras são muito simplórias. Se há alguma dificuldade em escrever em inglês, então mais vale ficar escrever e cantar em Português. A versão já referida é que era algo escusada. Qual é afinal a “mística” deste tema? Já não é a primeira vez que ouço uma versão do mesmo. Além disso, nem a roupagem apunkalhada que aqui se encontra o safa! 65%

“Anthems From The Cities” (2007) é um EP que reúne os Finlandeses Flippin’ Beans (www.myspace.com/flippinbeans) e os Portugueses Decreto 77 (www.myspace.com/decreto77). São 3 temas para cada uma das bandas. Segundo parece os Flippin’ Beans deram por encerrada a sua curta carreira há bem pouco tempo. É pena! O seu Punk Rock rápido e melódico linha Pennywise é bem interessante. Bad Religion, Descendents, The Living End e outros que tais também podem ser apontados como influências. O tema “Die Die Die” é uma fantástica malha de Punk Rock melódico. Mais uma vez, é pena a separação. Os Decreto 77 andam numa linha mais velha escola que tanto vai beber à linha mais melódica como ao Punk 77 ou ao Hardcore straight-edge e Norteamericano em geral dos 80s. Poison Idea, Circle Jerks, Minor Threat, Teen Idles ou Mata Ratos, por exemplo, vêm à memória. Gostei muito mas soube-me a pouco! Esta é uma edição conjunta com a Finlandesa Fast Rock Factory (http://www.fastrockfacytory.fi/). 85%
Entramos agora no material vindo do estrangeiro. Os Skarmento (http://www.skarmento.com/) são Galegos e este é o disco “Musica Anti-Sistema” (2006), uma edição conjunta da Infected com mais 9 editoras europeias. Sempre gostei muito do Hardcore Galego. Bandas como Mol, Me La Pela, Dirty Barriguitas, Fame Neghra, etc, fizeram a banda sonora de uma adolescência imersa no Underground deste vosso amigo. Os Skarmento fazem-me lembrar esses tempos. Hardcore rápido mas com alguma melodia e alguns toques Punk Rock tipicamente Espanhol. A maior parte dos temas são vocalizados em galego. Fantástico! O melhor disco desta fornada. Entre uma introdução e 12 temas originais há ainda tempo para 3 versões. Uma é “Santiago de Chile”, original da qual não sei a quem pertence. Na ficha do disco aparece creditada a Sílvio Rodriguez. Há ainda letras adaptadas para temas de The Exploited (“Punk’s Not Dead” transformada em “Muerte Al Rey”) e Cock Sparrer (“Están Ardendo as Rúas”, não consigo identificar o original). 90%

Hate Is Just A Feeling (http://www.hateisjustafeeling.com/) é uma banda Sueca que viu este “The Road To Kingdom Come” (2007) lançado pela Infected em parceria com a Britânica Record Rebellion (www.myspace.com/recordsrebellion). 12 temas compõem este álbum pleno de temas Hardcore com toques Folk-Punk e Streetpunk. Pode-se apontar nomes como Dropkick Murphys, D.O.A., Rancid, Roger Miret & The Disasters, Bouncing Souls, Murphy’s Law ou outros. Não é do melhor no género, mas até se ouve bem. Já tenho ouvido muita coisa má nesta linha mas este safa-se. Um novo trabalho deve vir melhor. 70%

Junto com as edições Infected foi-me enviada também uma Demo dos Belgas Gino’s Eyeball (http://clix.to/ginoseyeball). São 3 temas de Punk Rock melódico linha Satanic Surfers, NOFX, Lagwagon e outros nomes da Fat Wreck Chords ou da Burning Heart dos inícios. Mais do mesmo, portanto. Não é mau, pelo contrário, está bem feito, mas é cliché demais para o seu próprio bem. Além disso, o som nesta Demo não é dos melhores. Isto tudo a propósito da Infected estar a preparar a edição do disco de estreia desta banda para 2008. Aguarda-se o disco então. Pode ser que um som melhor e um pouco mais de experiência nos proporcione algo melhor. 60%

Ufa! Finalmente o último CD! Este é mais fácil de criticar. Trata-se de uma compilação em CD-R. Contém 21 temas para o mesmo número de bandas. É a típica compilação de editora que dá a conhecer as bandas com quem esta trabalha ou trabalhou. Desde o Punk 77 ao Hardcore mais “old school”, do Punk Rock melódico ao Streetpunk, passando pelo Post-Hardcore, há um pouco de tudo. Este nem leva pontuação.

Infected Records DIY: www.myspace.com/infectedrecordsdiy

RDS